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sábado, 28 de fevereiro de 2009

ESPECIAL - COLUNA DICAS NO VESTIBULAR

http://www.blogmail.com.br/fotos/2008/11/downloads-apostilas-vestibular.jpgFeras do vestibular: segredo é estudar
Agora calouros de cursos concorridos em faculdades de renome, estudantes contam o quanto batalharam no ano passado
Ricardo Santana
Não há fórmula mágica. Conseguir passar no vestibular em uma boa universidade, em um curso concorrido, requer estudo, muito estudo. Ter o privilégio de escolher entre várias instituições de renomes então, mais ainda. É o que afirmam calouros que agora estão descobrindo o mundo universitário, mas que no ano passado “deram duro” nos livros, apostilas e sacrificaram horas de lazer e até de sono. Aliado a isso, também relatam que é necessário calma na hora do vestibular.

Para Bruno Neme Farah, 19 anos, estar calmo foi fundamental para conseguir enfrentar a maratona de cinco vestibulares concorridos para o curso de engenharia. Para conseguir a vaga na engenharia civil da Poli/Universidade de São Paulo (USP), teve que mudar um pouco seu ritmo de estudos. Quando fez o ensino fundamental e o médio, Bruno lembra que não estudava exaustivamente. Porém, para o vestibular, empregou a máxima “rachar de estudar”.

Porém, ele ressalta que não adianta estudar muito se, na hora da prova, bater o nervosismo que pode acarretar o famoso “branco”. “Tem que se estar relaxado”, sugere ele que conquistou vaga no curso de engenharia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Mackenzie; engenharia de produção na Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp). Em 2007,ele prestou vestibular para medicina em Catanduva e Jundiaí.

No início de 2008, quase começou o curso em Jundiaí quando, na dúvida, jogou tudo para o alto e voltou para o cursinho pré-vestibular. Daí para frente foi um ano de estudos preparatórios em tempo integral no D’Incao e mais uma carga extra de duas horas diárias de revisão em casa. Tudo para agora estar na semana de integração dos “bichos” da Poli, em São Paulo.

Festas de Natal e Ano Novo foram colocadas em segundo plano por Danilo Ecidir Budoya, 19 anos. Como compensação, conseguiu vaga no curso de ciências da computação na USP de São Carlos. Poderia optar pelo mesmo curso na UFSCar ou aguardar uma convocação da Unesp, pois seu nome apareceu na lista de espera. Danilo comenta que adotou o hábito de estudar todas as matérias, inclusive as que ele achava mais “indigestas”.

A carga de estudos aumentou em outubro, com a aproximação dos exames vestibulares. Além da freqüência diária no pré-vestibular integral do Preve-Objetivo, também aproveitou os finais de semana para revisar os estudos. Gabriel Henrique Marques Gonçalves, 20 anos, diz que não há nada de especial para conseguir passar em vários vestibulares desde que o candidato faça uma boa redação e cumpra com o currículo proposto nas aulas.

Ele passou em cinco vestibulares para o curso de medicina – USP Ribeirão, Famema, Unicamp, Universidade Estadual de Londrina (UEL) e UFSCar. No meio do ano passado, foi primeiro colocado no vestibular para engenharia de produção da Unesp, mas continuou firme na preparação, estudando no Espaço Poliedro. Ontem, já estava em Ribeirão Preto se adaptando à vida universitária.


Confiança é tudo

Muitos professores de cursinhos recomendam que o vestibulando evite estudar horas antes de fazer os exames. Maíra Martins Garcia, 19 anos, diz que não conseguiria enfrentar a maratona de provas sem passar os olhos em anotações e resumos momentos antes das provas. “Sempre anotei e lia algo antes e me sentia mais confiante”, revela.

Esse costume lhe garantiu cinco aprovações, todas em renomadas universidades públicas do País. Ela optou em cursar engenharia física na UFSCar, em São Carlos. Entretanto, poderia ter iniciado engenharia de produção na Unesp já no meio do ano passado, curso que voltou a prestar no final de 2008 e novamente foi aprovada. Também conseguiu vagas para o curso de engenharia elétrica da USP e Unicamp.

Como aluna, ela acredita que poderia estudar mais no ensino fundamental e médio. Para Maíra, funcionou bem estar atenta às aulas e fazer tarefas. No cursinho integral no Colégio Fênix acrescentou a prática de estudar muito à noite.


Importância de desacelerar

José Vitor Mangiolardo Martins, 19 anos, acrescenta que jamais dispensou dar uma desacelerada nos estudos para organizar as idéias. Ele comenta que estudou diariamente em três períodos, inclusive nas aulas complementares oferecidas à noite após cursar o período integral no D’Incão. Ele é do tipo de aluno que se desdobra para anotar tudo e, simultaneamente, presta o máximo de atenção nas explicações do professor.

“Meu maior desempenho é durante as aulas”, ressalta. Ele acrescenta que, se estivesse em casa, talvez não estudasse o suficiente. Ao término do ensino médio em 2007, prestou administração na Instituição Toledo de Ensino (ITE). Como muitos estudantes, acreditou que o esforço de ralar um ano no pré-vestibular lhe credenciaria na disputa de uma vaga em universidade pública.

Passou em administração em três públicas – UFSCar, Unesp e Unicamp – e no Mackenzie. Na Unesp, foi classificado em 11º lugar entre 1.250 candidatos. João Vitor preferiu o curso de gestão de empresas – equivalente à administração – na Unicamp.

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