Documentário traz de volta a saudosa TV Manchete - Confira o Teaser

sábado, 14 de novembro de 2009

'Super street fighter IV' é um jogo novo e não uma atualização, diz produtor

Seth Killian afirma que conteúdo do game justifica lançamento em disco.
Capcom poderá patrocinar campeonato de jogo de luta no Brasil em 2010.

Os fãs dos jogos de luta estão divididos. Alguns reclamam que é cedo para “Street fighter IV”, lançado em fevereiro deste ano, receber um novo título em disco, e não por download, que trará batalhas mais equilibradas, mas poucos personagens novos. Outros comemoram a chegada da maior atualização já feita na franquia de luta da Capcom que será lançada em março de 2010 nos Estados Unidos. O jogo trará tudo o que a maioria dos fãs sempre desejou como novos modos on-line e o preço reduzido de US$ 40.

O G1 conversou com exclusividade com Seth Killian, gerente de comunidade sênior da Capcom e que trabalha na produção de “Super street fighter IV”. Ele conta os detalhes da produção e que a empresa poderá trazer um campeonato mundial de jogos de luta em julho do ano que vem ao Brasil. O jogo é produzido para PlayStation 3 e Xbox 360.

G1 – Como foi feita a escolha para os novos personagens no jogo? Os pedidos dos fãs serão atendidos?
Killian –
A inclusão de Dee Jay e T. Hawk veio do desejo de Ono –san [o produtor Yoshi Ono] de ter todos os personagens de “Street fighter II” em “Street fighter IV”. Entretanto, isso não foi possível no primeiro jogo. Em relação aos outros personagens, sim, tivemos grande influência dos fãs do game e, certamente, atenderemos a maioria dos seus pedidos.

Foto: Divulgação

Um dos novos lutadores de 'Super street fighter IV',Dee Jay, ganha a batalha do veterano Rufus.

G1 – Alguns jogadores estão reclamando que “Super street fighter IV” não é um conteúdo por download de “Street fighter IV” e, sim, um jogo novo que será lançado em disco. Por que o time de produção optou por este caminho?
Killian – O que estamos fazendo é diferente de adicionar um chapéu para Chun-Li ou algumas cores novas para a roupa do Ken. Além de trazer novos personagens, inclusive alguns que não foram revelados, estamos refazendo todo o modo de jogo on-line, os modos off-line, o sistema de menus e muito mais. É praticamente um jogo novo em folha e eu acredito que, com todo o conteúdo que estamos criando e que será lançado a um preço reduzido “Super street fighter IV” será um grande título. É a maior atualização na história de “Street fighter”.

G1 – Os jogadores também reclamaram que os lutadores Seth e Sagat são muito fortes em “Street fighter IV”. Como a Capcom trabalha no equilíbrio dos personagens na nova versão? Como esse novo equilíbrio afetará as batalhas no jogo?
Killian –
A Capcom está trabalhando muito para equilibrar tanto os lutadores novatos como os que estão retornando nesta versão. Embora esse equilíbrio seja aprimorado e afetará o ranking das disputas on-line, “Street fighter IV” é considerado o game de luta mais equilibrado pelos jogadores de luta veteranos. Se você observar seus rankings verá que, embora personagens como Sagat estejam no topo, eles são “levemente” melhores do que os outros personagens em qualquer batalha. Isso significa que lutar contra eles não é tão injusto assim. Com isso, quero dizer que qualquer bom jogador irá vencer a maioria das batalhas on-line sem importar qual personagem for escolhido.

Foto: Divulgação

Na nova versão do game de luta, as batalhas serão mais equilibradas.

G1 –No modo de partidas on-line, será possível os jogadores que possuem “Street fighter IV” jogar contra aqueles que têm “Super street fighter IV”?
Killian – Infelizmente, não. Realmente refizemos o jogo quase do zero e, com isso, os dois acabaram se tornando títulos distintos. Além dos problemas técnicos de unir as duas versões, de uma perspectiva de jogo, jogar contra Guile de “Street fighter IV” e o mesmo Guile de “Super street fighter IV” será uma experiência muito diferente. Mesmo que fosse tecnicamente possível, isso não se encaixaria em nosso objetivo de equilibrar os lutadores e de mudar o game como estamos tentando fazer.

G1 - O “Capcom fight club”, evento que aconteceu no final de outubro em Nova York, teve grande repercussão entre os fãs de jogos de luta. É possível que este evento viaje o mundo e venha para o Brasil?
Killian –
Realmente nosso “clube da luta” foi um sucesso. Sabemos da existência de campeonatos de jogos de luta no mundo e damos suporte para alguns. Definitivamente, planejamos fazer mais “clubes da luta” nos Estados Unidos. Mas um “clube” internacional é algo que eu adoraria ver. Eu conheço de perto a dedicação e a habilidade dos jogadores brasileiros de “Street fighter”. No próximo verão [nos Estados Unidos] eu irei participar do meu primeiro torneio internacional em São Paulo. Mas ainda não posso falar sobre isso.

Foto: Divulgação

O grandalhão T. Hawk, é outro novo lutador que estará em 'Super street fighter IV' que será lançado em disco em 2010

Candidatos devem receber cartão da prova do Enem até 30 de novembro

Em caso de não recebimento, inscrito terá telefone e internet para reclamar.
Exame será aplicado em 5 e 6 de dezembro a 4,2 milhões de estudantes.

Até o dia 30 de novembro, o Ministério da Educação vai enviar, por correio, os cartões de confirmação de inscrição a todos os 4,2 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para ocorrer entre os dias 5 e 6 de dezembro. A partir do cartão, os candidatos serão informados sobre a hora, a data e o local de realização da prova.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPgUVy1hN7oT4dloGfDmUTcEfH2KIOHMoF8FdtkhZIOCNl0M003WxVIA_AWIFiMoM-dBWO5Pah6WWH4F2EkaExfT4gVH9u6secWch3tNuSrbnA19DU0sQ4ya3wzrGr4u4JlwD6GndsgFmn/s400/enem.jpg

A especificação do prazo foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (3) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Segundo a portaria, o candidato que não receber o cartão dentro do prazo fixado pelo MEC terá duas formas de acessar informações sobre a prova: “Entrar em contato com o Programa Fala Brasil pelo telefone 0800-616161 ou acessar a página do Inep na internet.”

Em caso de não-recebimento do cartão de confirmação da inscrição, o candidato poderá apresentar o comprovante de inscrição, juntamente com um dos documentos de identificação pessoal.

Além do local de realização da prova, o cartão que será enviado por correspondência ao endereço informado pelo candidato, vai informar o número de inscrição, a senha de acesso aos resultados individuais e a folha de leitura óptica para as respostas do questionário socioeconômico. “No caso de o cartão não especificar corretamente o tipo de atendimento especial solicitado na ficha de inscrição, o inscrito deverá entrar imediatamente em contato com o Inep para as providências necessárias até o dia 30 de novembro”, avisa o Inep.

A portaria relembra que o local de realização da prova não será mais modificado: “Não será permitida a mudança do local em hipótese alguma.” Cada candidato será responsável por conferir os dados do cartão. Sobre a taxa de inscrição, a portaria também informa que não será possível pedir a devolução: “O valor referente ao pagamento da taxa de inscrição não será devolvido, salvo em caso de cancelamento ou adiamento do certame por conveniência da Administração Pública.”

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Robô Asimo ganha bolo para comemorar seu aniversário de 9 anos

Equipe trabalhou por 14 anos até o humanoide ser lançado em 2000.
Festa aconteceu no showroom da Honda em Tóquio, no sábado.
Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

O robô humanoide Asimo, da Honda Motor’s, ganhou um bolo em homenagem ao seu aniversário de nove anos, durante evento comemorativo no showroom da montadora, em Tóquio, no sábado (31). Pesquisadores trabalharam 14 anos antes de o humanoide ser oficialmente lançado em 2000.

Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

O humanoide Asimo imita o movimento de artista japonês durante performance em comemoração ao aniversário de nove anos do robô criado pela Honda Motor’s, no Japão.

Foto: Kim Kyung-Hoon/Reuters

Mímicos japoneses brincam com o 'baixinho' Asimo, de 1,30 metro, durante a festa em comemoração pelo nono aniversário do humanoide desenvolvido pela Honda, em Tóquio, no Japão.

Casa da árvore gigante

Muitas crianças sonham em ter uma casa na árvore, mas, ao que parece, o desejo também faz parte do imaginário de alguns marmanjos. Cerca de 15 anos atrás, após passar pelo que considerou ser uma visão divina, o arquiteto norte-americano Horace Burgess diz ter tido inspiração para iniciar a obra que, segundo o próprio idealizador, hoje é a mais alta casa da árvore do mundo.

Construída inteiramente com madeira reutilizada – recolhida em galpões, celeiros e garagens – a casa tem aproximadamente 100 pés de altura (ou 30 metros), distribuídos em dez andares. Burgess afirma que já investiu US$ 12 mil no local, boa parte gasta para comprar os 258 mil pregos utilizados.

A relação afetiva do arquiteto com a obra é tão grande que em seu 11º aniversário de casamento ele presenteou a esposa com uma torre na casa, onde os dois comemoraram a data. Além disso, Burgess projetou um jardim cujas flores, vistas do topo da construção, formam a palavra “Jesus”. “A ideia é que quem suba ao topo da casa veja Jesus”, explica.

Dentro do “imóvel” há escadas em espiral, um santuário, inúmeras salas e varandas e até uma quadra de basquete. Diante de tanta grandiosidade, dá até para chamar o local de mansão da árvore…

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capa protetora para videogame permite tirar fotos e enviar ao Facebook

Acessório para o Nintendo DSi tem lente de zoom óptico de 8x.
Em material resistente, Zoom Case tem preço sugerido de US$ 25.
Foto: Divulgação

Apontar, fotografar, compartilhar! O Zoom Case é uma nova capa protetora para o videogame Nintendo DSi com uma lente de zoom óptico destacável de 8x, que permite ao usuário tirar fotos nítidas de distâncias maiores e enviá-las diretamente para o Facebook. De material resistente, o case lançado pela Nyko Technologies tem preço sugerido de US$ 25 (cerca de R$ 44).

Foto: Divulgação

Lente destacável de 8x permite tirar fotos de objetos a grandes distâncias


Foto: Divulgação

Modelo faz pose com o Nykon Case para DSi, lançado esta semana.

Crescimento desorganizado afeta paraíso de Darwin

Em Galápagos, espécies observadas por cientistas correm perigo.
Introdução de espécies como ratose gado ameaça os animais nativos.

Os montes de lixo malcheirosos na fronteira desse frágil arquipélago, a 965 km da costa Pacífica do Equador, cuja vida selvagem única inspirou a teoria da evolução de Darwin, são uma prova viva de que uma espécie está prosperando: o homem.

Pequenos pintassilgos cinza, descendentes dos pássaros que foram cruciais para a sua teoria, sobrevoam o aterro, que serve a uma cidade em desenvolvimento de equatorianos que se mudaram para a ilha para trabalhar na indústria do turismo local, cada vez maior.

O crescimento da população nas Galápagos, que duplicou para cerca de 30 mil na última década, tem deixado os ambientalistas horrorizados. Eles apontam evidências de que o desenvolvimento já está prejudicando o ecossistema, que fez com que os habitantes mais famosos da ilha – entre eles tartarugas gigantes e atobás de pés coloridos – evoluíssem em isolamento, antes da colonização das ilhas, há mais de um século.

Foto: Ruth Fremson/The New York Times

Em dez anos, população de Galápagos duplicou para cerca de 30 mil pessoas.

O crescimento já está ameaçando tanto o meio ambiente que até mesmo o governo, que ainda estimula o crescimento do turismo, começou a tomar decisões políticas não-populares, como expulsar centenas de equatorianos pobres da província, da qual eles se consideram legalmente proprietários.

Porém, as novas medidas também estão gerando um protesto por parte dos migrantes, que afirmam sentirem-se castigados, enquanto o país continua a desfrutar de dezenas de milhões de dólares trazidos pelos turistas ao Equador, uma das nações mais pobres da América do Sul.

“Estão dizendo que uma tartaruga para um estrangeiro rico fotografar vale mais do que um cidadão equatoriano”, disse Maria Mariana de Reina Bustos, 54 anos, que veio de Ambato no Vale Andino central do Equador. Sua filha, Olga, de 22 anos, foi recentemente detida pela polícia perto da favela de La Cascada, e deportada para o continente.

Colonização

Os primeiros colonos vieram para as ilhas para viver da terra, como pescadores, criadores de gado e fazendeiros. Agora, a maioria das pessoas, que fazem um vôo breve de Quito, a capital do Equador, ou que chegam sorrateiramente à ilha de barco, é atraída por diferentes tipos de riqueza: um salário relativamente alto que podem ganhar como motoristas de taxi, empregadas domésticas ou trabalhadores da burocracia crescente do local.

Durante décadas, os líderes do país fizeram muito pouco para prevenir que as pessoas viessem para cá, de certa forma para construir a indústria de turismo e, em seguida, para garantir que o governo tivesse uma presença entre os pioneiros. Parecia haver algum limite natural em andamento: o país reservou 97% do arquipélago como área natural.

Contudo, como o turismo e a migração cresceram na última década, a pressão começou a aumentar dentro da comunidade ambiental e científica e no exterior para o Equador restringir a população da ilha. Em 2007, a ONU incluiu Galápagos em sua lista de patrimônio natural ameaçado.

Os cientistas alegam que as pessoas já causaram danos significativos e apontam derramamento de combustível, caça de tartarugas gigantes e tubarões, e a introdução de espécies invasivas - ratos, gado e formigas-de-fogo – que ameaçam os animais nativos.

Até mesmo atividades humanas aparentemente inofensivas – como possuir um animal de estimação- podem trazer grandes consequências.

“Com as pessoas vêm os gatos, e os gatos ameaçam certos animais que não existem em nenhum outro lugar do mundo”, disse Fernando Ortiz, coordenador do Programa de Galápagos para a Conservação Internacional.

'Migra'

O conflito é proveniente das próprias regras que fizeram com que Galápagos fosse colonizada, apesar da falta de água doce no arquipélago. Tecnicamente, a moradia é concedida para um número limitado de habitantes, incluindo os nativos e seus cônjuges, pessoas que chegaram antes de 1998, e aquelas com visto de trabalho temporário.

A polícia, conhecida como “migra” – por deterem os imigrantes ilegais - estabeleceu pontos de controle improvisados por toda a ilha. No entanto, o mesmo governo que paga o salário dos policiais também oferece subsídios que iniciaram quando o Equador estava interessado em aumentar a população. Um desses auxílios faz com que a gasolina tenha o mesmo custo do continente.

Outro permite que os moradores viagem de uma ilha para outra, ou para Quito, pagando o mesmo valor dos estrangeiros. As falhas do governo também aumentaram, como por exemplo, o mercado negro de moradia, que está cada vez maior: imigrantes se casam com residentes estabelecidos para obter o tão desejado documento de identidade.

Resultado: as ruas de Puerto Ayora atraem as pessoas com discotecas, bancas de comida e lojas de suvenires. Na periferia, um outdoor com a imagem de Leopoldo Bucheli, prefeito em prol do desenvolvimento, celebra um projeto chamado “El Mirador”, que está limpando uma área nos arredores da cidade para que mil novos lares sejam construídos.

“Tudo o que queremos, assim como todas as pessoas desse planeta, é uma existência digna”, disse Yonny Mantuano, 36 anos, que comprou um terreno para construir uma casa em El Mirador.

Foto: Ruth Fremson/The New York Times

Crescimento desorganizado marca a história do arquipélogo

A noção de vida um tanto esquisita do governo de Galápagos é ecoada pelo sentimento das pessoas. Margarita Masaquiza, uma índia de 45 anos, que chegou aqui aos 14 anos, abomina as expulsões do governo.

“Construímos esta província com nossas próprias mãos. Dói ver o nosso povo deportado como animais”, disse ela. “Afinal das contas, somos equatorianos indígenas. Como podemos ser ilegais em nosso próprio país?”

Todavia, quando questionada sobre o impacto de novos migrantes para seus 4 filhos e 4 netos, Masaquiza respondeu com outro tom. “Devemos preservar as oportunidades para as nossas famílias”, disse ela.

Crescimento

A maioria das pessoas em Galápagos mora em San Cristobal, uma ilha que, há décadas, foi uma colônia penal, e em Santa Cruz, onde fica Puerto Ayora. O desenvolvimento também está se espalhando para outras partes do arquipélago.

De Isabela, a maior das ilhas, é possível ver a fronteira de Galápagos.
Apesar das ruas de areia, Puerto Villamil, a principal cidade de Isabela, se parece com uma cidade em desenvolvimento.

Operários trabalham fervorosamente em 200 novas casas de blocos de cimento na fronteira da cidade. Apenas cerca de 2 mil pessoas vivem na cidade, apesar de o lugar ostentar uma das maiores taxas de crescimento populacional de Galápagos, aproximadamente 9% ao ano.

“Eu ganho 1.200 dólares por mês aqui, enquanto no continente, eu ganharia apenas 500 dólares”, revela Bolivar Buri, de 26 anos, operário da construção civil nascido em Puerto Villamil, que fez uma pequena fortuna este ano ao vender um terreno por 8 mil dólares que comprou há seis anos por apenas 600.

Entretanto, até mesmo nas áreas menos deterioradas da ilha, não restam mais dúvidas de que esta já não é mais a terra que Darwin deixou.

Na estrada que vai de Puerto Villamil para a cratera do vulcão da Sierra Negra, caçadores vão a cavalo em busca de porcos selvagens, uma espécie trazida por marinheiros há mais de um século. Garças-brancas, outra espécie trazida para a ilha, voam sobre eles.

Há poucos dias, Manuel Lopez, um imigrante fazendeiro de 36 anos que cuida do rebanho no nevoeiro do vulcão, saiu do interior da floresta repleta de goiabeiras, parou debaixo do sol equatorial, encolheu seus olhos e disse: “Se for o desejo de Deus, eu permanecerei nesta ilha”.

“Estamos em Galápagos por um motivo”. E continuou, questionando um visitante: “É ou não é?”

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Grupo cria simulador de trânsito para reeducar motoristas imprudentes

No jogo de conteúdo sério, usuário é alertado ao cometer infrações.
Criado por empresa privada e universidade, sistema terá uso institucional.

Caótico, confuso, perigoso: adjetivos como estes são utilizados com frequência para descrever o tráfego nas grandes cidades brasileiras. Um dos motivos para a desordem, em grande parte, são os motoristas imprudentes que, por desrespeito às leis de trânsito, põem em risco a vida de pedestres e de outros motoristas.

De olho nisso, o grupo formado pela empresa Technology & Trainning (T&T), com a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) desenvolveu o “Serious Game – simulador de direção defensiva”, nome provisório de um jogo eletrônico que tem como objetivo reeducar aqueles que cometem infrações.

“O maior índice de mortos e mutilados no Brasil tem origem nos acidentes de trânsito. É uma realidade muito triste. Por conta disso, tivemos a ideia de aplicar o conceito do ‘serious game’ no processo de direção defensiva”, diz a coordenadora do projeto Cristina Araújo, da T&T.

Ela explica que "serious games" — ou “jogos de conteúdo sério” —, que começam a chegar ao Brasil, já são utilizados no exterior com comprovados resultados positivos nas áreas educacional, política e corporativa. “Os jogos são a melhor interface interativa para o ensino: tem diversão, desafio e estratégia. Isso tudo motiva o jogador”, destaca a coordenadora.

Entregas em tempo limitado

Baseado em games de sucesso como “Crazy taxi” e “Grand theft auto” (conhecido simplesmente por “GTA”), o software é bem parecido com um jogo comum de carro. O motorista deve realizar uma série de entregas em diversos pontos de uma cidade. Cada itinerário tem que ser concluído em um determinado prazo. Durante esses trajetos, o jogador será submetido a situações em que terá a liberdade de tomar decisões como, por exemplo, atender ou não a ligação em um telefone celular enquanto dirige.

“Selecionamos os abusos mais comuns cometidos pelos motoristas. Sempre que o jogador agir com imprudência, será alertado e vai sofrer as consequências de suas escolhas”, explicou Cristina.

Segundo a coordenadora, dois dados conspiram para que o software alcance seu objetivo. “Os mais atingidos pela violência no trânsito são do sexo masculino e têm entre 18 e 35 anos: exatamente a mesma faixa que consome games. Estamos utilizando a melhor forma de linguagem para nos comunicarmos com esse público”, contou Cristina, que revelou ainda que até a equipe que trabalhou no projeto já foi influenciada de maneira positiva pelo simulador.

Distribuição gratuita

Orçado em cerca de R$ 500 mil, "Serious game - simulador de direção defensiva" vem sendo desenvolvido há um ano e tem lançamento programado para este mês. A princípio, o jogo deve ter distribuição gratuita por meio de ações de marketing junto a companhias seguradoras, distribuidoras de combustíveis e sites governamentais na internet.

“Não estou afirmando que, sozinho, o jogo vá solucionar a problemática do trânsito no Brasil, mas acredito que possa se tornar uma ferramenta de forte impacto para melhorar a situação”, conclui.

Saiba como escolher um navegador GPS

Confira informações importantes na hora de adquirir esse produto.
Google anunciou entrada nesse mercado com software para celulares.

Nesta semana, o gigante das buscas Google anunciou que a nova versão de seu sistema operacional para celulares, o Android, vai incorporar tecnologia GPS para traçar rotas e localizar endereços. A novidade reforça duas tendências. Primeiro, a popularização de um item muitas vezes considerado supérfluo para o público em geral. E depois que, além de produtos específicos para a função, as ferramentas GPS estão cada vez mais presentes nos telefones celulares.

Confira abaixo o que você precisa saber antes de comprar um GPS portátil.

>>> O que é GPS?
O sistema de posicionamento global (Global Positioning System ou GPS), desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, é formado por satélites que orbitam a Terra e seus receptores, oferecidos comercialmente para qualquer pessoa que queira comprá-los. Esse tipo de equipamento pode ser usado para diversas aplicações – inclusive apontar a localização de seus usuários e traçar rotas. As dicas dessa reportagem são para esse tipo de público, que pretende usar o sistema de navegação com esse propósito.

Foto: Divulgação

Usuário deve escolher modelo que se encaixe melhor às suas necessidades e ao seu bolso. À esquerda, aparelho TomTom GO 720. À direita, o T945B, da Airis. Ambos têm tela de 4,3 polegadas

>>> Para quem é esse tipo de produto?
Um localizador no telefone celular pode ser útil para qualquer pessoa – em uma região desconhecida da cidade, por exemplo, fica muito mais fácil se encontrar com essa ferramenta. Mas um navegador GPS, que traça rotas entre dois pontos, pode não valer a pena para todos os públicos. Esse eletrônico não é barato (pode custar até R$ 2 mil no Brasil) e deve ser adquirido por quem realmente sente a necessidade de um “copiloto” para ser orientado ao volante.

Respondendo a essa pergunta de uma forma direta, o GPS vale a pena se ele reduzir a preocupação e o estresse do motorista, levando em conta a relação custo/benefício do produto.

>>> Qual o preço de um GPS no Brasil?
Como acontece com qualquer eletrônico, os valores dependem da marca e dos recursos oferecidos pelo eletrônico. Em lojas on-line, é possível encontrar modelos para automóveis que vão de R$ 500 a cerca de R$ 2 mil. Muitos desses equipamentos têm funções que vão além de indicar o caminho, como transmissor FM, via voz Bluetooth (para conexão com celular), MP3, jogos e até bafômetro.

>>> Que características devo ficar atento antes da compra?
Para responder a essa pergunta, o consumidor deve ter em mente que tipo de uso fará desse equipamento. Se for uma pessoa que viaja para diversas partes do mundo, por exemplo, é interessante comprar um produto que ofereça facilidade e também bom preço na hora de baixar novos mapas. E se tiver em mente que vai guardar grande quantidade de informações nesse aparelho, o usuário também precisa se preocupar com capacidade de armazenamento (além da capacidade interna, alguns modelos ainda são compatíveis com cartões de memória).

Foto: Reuters

Droid, da Motorola, vai usar ferramenta GPS do Google.

Outra função importante é a de o navegador dar as coordenadas, em voz alta, do que o motorista deve fazer – dessa forma, não é necessário olhar a tela do equipamento enquanto dirige. Portanto, confira se o produto oferece uma língua com a qual você esteja familiarizado. Uma característica quase predominante nos GPS é a tela sensível ao toque. Alguns sistemas podem ter uso mais intuitivo que os outros, e o ideal é que o usuário teste antes da compra qual interface se adapta melhor.

Em relação à tela, o consumidor deve escolher um tamanho que o deixe confortável para visualizar informações a distância (quando o carro não estiver em movimento) e que funcione bem sob diferentes condições de luz. O tamanho das telas varia entre 2,5 polegadas e 5 polegadas: enquanto a menor alternativa dificulta a visualização dos dados e inserção de informações, a maior pode tornar mais incômodo carregar o portátil. Aí vai do que é prioridade para o usuário.

Para Ricardo Kamel, diretor-executivo da Airis para a América Latina, os consumidores devem ficar atentos a dois pontos antes de comprar um GPS. “A origem do produto é importante, para que a relação do investimento por tempo de uso seja válida. Além disso, hoje uma característica importante é a oferta de conteúdo atualizado constantemente”, disse ao G1. Os aparelhos da Airis têm atualização semanal, feita via cabo USB, com informações sobre shows, teatros, cinemas e radares.

Ainda no quesito conteúdo, compare entre as opções disponíveis a quantidade de pontos de interesse: hotéis, restaurantes, postos de gasolina e atrações turísticas, por exemplo. Essas dicas podem enriquecer uma viagem e até salvar o turista de roubadas.

>>>Como atualizar os mapas?
Geralmente os mapas do aparelho GPS são atualizados via computador. Esses equipamentos vêm com um software que puxa informações da internet e as repassam para o portátil via cabo USB. Em muitos casos, esses mapas são pagos.

>>>Quais as ferramentas GPS disponíveis para celular?

TomTom oferece por US$ 120 um aplicativo com funções de navegador que transforma o iPhone em um GPS.

Atualmente são muitas alternativas, pagas e gratuitas. O iPhone 3G já vem com uma ferramenta de localização integrada, e o Google anunciou nesta semana que os aparelhos a nova versão de seu sistema operacional para celulares, o Android, terão GPS. O celular Droid, da Motorola, chegará ao mercado norte-americano no dia 6 de novembro com essa função.

Já a TomTom oferece por US$ 79 um aplicativo com funções de navegador que transforma o iPhone em um GPS.

“Temos a estratégia de disponibilizar nossa tecnologia em múltiplas plataformas, para que as pessoas interessadas possam utilizá-la da maneira que preferirem. A disponibilidade no iPhone é mais um passo para colocar essa estratégia em prática, e expande o interesse pela navegação. Isso porque faz essa tecnologia chegar até pessoas que antes talvez não considerassem comprar um equipamento de navegação”, afirmou ao G1 Elias Kabeche, gerente geral da TomTom para a América Latina.

>>>Um GPS no celular é tão bom quanto um produto dedicado?
Depende do tipo de uso que o consumidor busca. Se ele não gosta de carregar diversos eletrônicos e quer um produto que integre tudo, um celular com GPS pode ser uma boa escolha. Mas se o GPS é uma ferramenta realmente útil em sua vida e ele tira o melhor proveito possível dessa ferramenta, talvez seja interessante comprar um produto dedicado.

“O celular com navegação sem dúvida é uma grande conveniência, um excelente complemento, mas certamente não substitui o GPS. Os telefones portáteis também tiram fotos, mas quando as pessoas vão viajar elas levam suas câmeras digitais”, compara Kamel, da Airis. Ele afirma, por exemplo, que os aparelhos de navegação são maiores que os telefones, assim como a bateria dos GPS. Por isso, a carga dura mais. “Qualquer bateria de celular vai acabar em uma hora, se o produto for usado como um GPS”.

>>> Posso comprar no exterior um aparelho que será usado no Brasil?
Sim. É importante, no entanto, fazer atualizações de mapa para o usuário ter informações referentes ao Brasil. Uma boa dica é conferir se o modelo a ser adquirido no exterior está disponível oficialmente por aqui – se isso acontecer, é grande a chance de o fabricante oferecer mapas locais aos brasileiros.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Conheça as mudanças do 'novo Orkut'

Google apresentou nova cara do site nesta quinta-feira (29).
Migração de todos os usuários será concluída até metade de 2010.

O Google anunciou nesta quinta-feira (29) que o Orkut, a rede social mais popular do Brasil, vai passar por mudanças: o site foi todo redesenhado para trazer recursos mais modernos aos usuários, como interação mais aprimorada com seus amigos e aplicativos. A adesão à novidade será gradual e feita por meio de convites. Veja abaixo algumas das novidades.

A nova versão permite uma organização maior das informações de amigos, além de oferecer uma navegação mais rápida. Será mais fácil navegar pelas fotos e vídeos de outros usuários e saber mais facilmente suas atualizações: tanto de humor quanto sobre o que estão fazendo naquele momento, por exemplo.

Um dos destaques é a facilidade para troca de fotos. De acordo com Victor Ribeiro, diretor de produtos do Orkut, cerca de 80 milhões de imagens são publicadas diariamente no Orkut. Será possível importar diversas fotos ao mesmo tempo no site, editar e compartilhar -- funções que, segundo a empresa, ficaram muito mais rápidas. Na nova versão, o usuário poderá criar grupos de compartilhamento de imagens, incluindo também pessoas que não estão na rede social. Enquanto se espera que as imagens sejam enviadas para o site, é possível colocar legendas.

Mais opções para personalizar a página é outra mudança no novo Orkut. Na área “Sobre mim”, será possível mudar cores, adicionar fotos e aplicativos, além de deixar testemunhos aos amigos por meio de vídeos.

As comunidades -- segundo Ribeiro, somam quatro milhões atualizadas diariamente -- também entram no pacote de transformações. Agora, o usuário poderá navegar por elas diretamente de sua página inicial, sem a necessidade de abrir novas telas. Ele também manterá contato com as informações dos amigos tornando a navegação mais rápida e simples.

Ainda, os usuários receberão sugestões de amigos para adicionar à rede. Contatos frequentes com pessoas por meio de serviços do Google, como o Gmail, por exemplo, aparecerão como possíveis amigos a serem adicionados no Orkut.
Para utilizar o novo Orkut, que traz tecnologias atuais da internet, o Google recomenda que os usuários tenham as últimas versões dos navegadores instaladas no computador.

Para entrar no novo Orkut

Migrar para o novo Orkut pode ser uma missão difícil. Para utilizá-lo, o usuário deverá receber um convite de um amigo. Entretanto, usuários que o Google considera “viciados” no Orkut poderão receber um convite a partir desta quinta-feira (29). A empresa monitorou o Orkut para escolher as pessoas, mas não revelou detalhes da seleção.

Um personagem chamado Danilo Miedi foi criado para adicionar pessoas ao novo Orkut. Os ingressos serão sorteados entre os “amigos” do personagem no site de relacionamentos, entre os participantes da comunidade “Quero convite pro novo Orkut”, no twitter do personagem (@danilomiedi) e pelo “Blog do Danilo Miedi”. O sobrenome Miedi é uma brincadeira com o termo “me add”, utilizado pelos usuários do Orkut ao solicitar sua inclusão na rede de um amigo.

Segundo o Google, essa mudança não terá impacto na experiência ou nos dados dos usuários: as informações serão todas mantidas nas páginas, e aqueles com a versão antiga do site poderão se comunicar normalmente com os adeptos do novo modelo. A intenção é que todos os usuários tenham migrado para o novo Orkut até metade de 2010.

Dupla de 'Me joga no Google' mostra regras da etiqueta na web

Ana Elisa e Mariana ajudam você a não fazer feio on-line.
Dicas incluem uso correto de redes sociais e celulares; confira.

Autoras do hit sertanejo “Google”, as irmãs Ana Elisa e Mariana fizeram o público cantar, na última Festa do Peão de Barretos, a música com refrão “Me joga no Google/ Me chama de pesquisa/ E diz que eu sou tudo que você procurava”. A pedido do G1, a dupla de sertanejo universitário mostrou algumas regras de etiqueta para que você não faça feio na internet nem no uso de telefones celulares. Conheça.


Com quatro perfis no Orkut, Ana Elisa e Mariana (morena e loira, respectivamente) usam a web para se comunicar com fãs e mostram, em seu site oficial, diversas páginas onde divulgam seu trabalho: YouTube, Flickr e MySpace, além de fotos e arquivos de suas músicas. Para ouvir “Google”, vá até o site oficial da dupla sertaneja e escolha a segunda canção, oferecida ao lado direito da página.

Fãs declaradas de internet e celular, elas aparecem no ensaio do G1 com base nas novas regras para o uso de tecnologia, publicadas recentemente pela revista “Wired”.

“Sou viciada em internet, não vivo sem checar meus e-mails ou entrar no Orkut. Nesta semana mesmo comecei um perfil pessoal novo, porque o meu lotou”, conta Ana, que vai ainda mais longe. “Não fico sem celular de jeito nenhum. Quando esqueço em casa, parece que estou sem a mão”, exagera uma das compositoras de “Google”, cheia de simpatia.

Sua irmã mais velha segue o mesmo caminho. “Interajo com os fãs pelo Orkut, MSN. Gosto de saber o que eles estão falando sobre a gente, a repercussão, a opinião. Também uso muito toca-MP3 para ouvir as músicas do show”, diz Mariana. Ela diz não ter eletrônicos sofisticados, mas vários deles constam em sua lista de desejo: iPhone, MacBook e uma TV LCD enorme, “a maior que tiver”, brinca.

Na faixa dos 20 anos – elas não revelam a idade exata --, as irmãs naturais de Paranavaí (PR) moram hoje no interior de São Paulo. Parte do sucesso das garotas pode ser atribuída justamente a um empurrãozinho da internet. No início do ano, elas gravaram um CD para amigos, essas músicas foram parar na web e as canções começaram então a tocar nas rádios. “Google”, no entanto, não fazia parte do repertório: só estreou na Festa do Peão, em agosto.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Nintendo confirma rumores e lança portátil com tela maior

DSi LL, com tela de 4,2 polegadas, será lançado em novembro no Japão.
Em termos de funcionalidade, novo modelo é parecido com versão anterior. Foto: Divulgação

DSi LL, com tela de 4,2 polegadas, será lançado em novembro no Japão.

O fabricante japonês Nintendo vai lançar, no próximo mês, uma versão avançada de seu console portátil DSi, o DSi LL, que tem como principal novidade uma tela maior que a do modelo anterior.

O Nintendo DSi LL chegará às lojas no Japão no dia 21 de novembro por 20 mil ienes (cerca de R$ 390) e terá uma tela de 4,2 polegadas, contra 3,25 polegadas do DSi, o que o equipara em tamanho ao portátil PSP, da concorrente Sony.

A empresa japonesa tornou assim oficiais os rumores que há dias vinham anunciando o lançamento da versão avançada do DSi. Um porta-voz da companhia disse nesta quinta-feira (29) que o novo DSi LL deve chegar à Europa entre janeiro e março de 2010, e, por enquanto, não se sabe a data de comercialização na América Latina.

Segundo ele, a tela oferece maior ângulo de visão, o que permitirá que várias pessoas possam vê-la com conforto de forma simultânea. Em termos de funcionalidade interna, o DSi LL é similar ao antecessor, com a possibilidade de se conectar à rede através de Wi-Fi (rede sem fio).

A bateria tem duração de 9 a 11 horas, com a tela em condições normais, enquanto, com brilho máximo, é de até cinco horas. Com um tamanho de 16 cm x 9 cm e espessura de 2,12 centímetros, o novo modelo da Nintendo conta com uma espécie de caneta para facilitar as operações na tela.

Foto: Divulgação

Nintendo DSi LL chegará às lojas no Japão no dia 21 de novembro por 20 mil ienes (cerca de R$ 390) e terá uma tela de 4,2 polegadas, contra 3,25 polegadas do DSi.

O anúncio do lançamento do DSi LL coincidiu com a divulgação dos resultados semestrais da companhia, que reduziu seu lucro entre abril e setembro em 52%, para 522 milhões de euros.

A Nintendo levou ao mercado o console portátil DS em dezembro de 2004 e, em novembro do ano passado, apresentou a versão DSi, equipado com câmara e reprodutor de áudio. Até agora, a Nintendo vendeu 113,48 milhões de consoles da linha DS, incluindo 28,12 milhões no Japão.

Cão de quase 21 anos é coroado o mais velho do mundo

Dono disse que tem 'Otto' desde que ele tinha seis semanas.
'Chanel', que era o cão mais velho do mundo, morreu em agosto.
Foto: Reprodução/Daily Mail

Cão 'Otto' foi coroado como o mais velho do mundo

ais velho do mundo. Ele tem 20 anos e oito meses --a idade equivale a 145 anos humanos, segundo reportagem do jornal inglês "Daily Mail".

"Otto" ficou com o título após a morte de "Chanel", de 21 anos, que morreu em agosto deste ano. Além dele, outros dois cachorros reivindicam o título vago. Um teria 25 anos e o outro, 23. No entanto as idades não foram confirmadas.


O proprietário Peter Jones, de 68 anos, que mora em Shrewsbury (Reino Unido), disse que tem "Otto", que nasceu do cruzamento das raças dachshund e terrier, desde que ele tinha seis semanas. Sua mulher Lynn, de 53, guarda um certificado que comprova a idade do animal.

Jones afirmou que, quando descobriu que "Chanel" tinha morrido e era o mais velho do mundo, pensou que "Otto" poderia ficar com o título de cão vivo mais velho do mundo.

Os proprietários Lynn e Peter Jones atribuem a longevidade de seu animal de estimação a três fatores: muito amor, comida boa e check-ups regulares em clínicas veterinárias.

domingo, 8 de novembro de 2009

"Avaliar ensino e não fazer nada é medir a febre e não medicar'

Crítica é do pesquisador peruano Santiago Cueto, especialista na área.
Para ele, as políticas devem levar em conta o resultado em avaliações.
Foto: Fabio Tiéri/Divulgação

Santiago Cueto é especialista em avaliação educacional

De nada adianta submeter os estudantes de um país a exames de rendimento se os resultados não forem analisados e levados em conta para melhorar o sistema de ensino, opina o pesquisador peruano Santiago Cueto, 49 anos, um dos principais especialistas em avaliação educacional na América Latina.

“Se só olharmos os resultados, é como se colocássemos o termômetro muitas vezes ao dia no paciente, mas não déssemos nunca remédio nem fizéssemos outro diagnóstico”, diz. Doutor em psicologia educacional pela Universidade de Indiana, nos EUA, ele publicou dezenas de artigos em livros e revistas especializadas no assunto.

Em visita ao Brasil, onde veio como conselheiro da Avalia Educacional, empresa brasileira que desenvolve projetos de análise em redes de ensino, Cueto concedeu uma entrevista ao G1 num hotel de São Paulo nesta segunda-feira (26).

Participou da conversa o professor José Francisco Soares, do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e um dos mais importantes pesquisadores brasileiros na área.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

G1 - Como o sr. vê a situação brasileira em relação à educação?
Santiago Cueto -
Assim como no Peru, o grande problema no Brasil é a desigualdade associada ao nível socioeconômico do estudante. O sistema é injusto porque os estudantes mais pobres reproduzem o círculo da pobreza dos seus pais através do sistema educacional.

G1 - O que pensa sobre os sistemas de avaliação no Brasil?
Cueto -
O Brasil é provavelmente um dos países da América Latina com mais programas de avaliação, o que me parece bom para o desenvolvimento de políticas baseadas em evidências empíricas. Porém, falta dar um bom uso às informações. Em muitos países latino-americanos, como o Peru, quando saem os resultados ruins nas provas, as manchetes dos jornais são só sobre isso, mas ninguém faz nada depois. Se só olharmos os resultados, é como se colocássemos o termômetro muitas vezes ao dia no paciente para medir a febre, mas não déssemos nunca remédio nem fizéssemos outro diagnóstico. Então, é importante pensar a reforma do sistema educacional, em como as avaliações vão ser parte disso e como será usada a informação para melhorar o sistema.

José Francisco Soares - O que acontecia até muito recentemente é que as pessoas diziam: 'Essa escola é uma boa escola'. Mas, de repente, houve uma mudança e não foi só no Brasil. Perguntamos: 'As crianças nessa escola aprendem?'. E isso mudou drasticamente, porque começamos a perceber que nem sempre a escola que era dita boa estava a favor do aluno.

G1 - Que exemplo pode citar?

Cueto - Em 2000 ou 2001, o Peru foi o último no Pisa (exame que compara estudantes em 57 países), com 0,1% de rendimento. O que aconteceu, e imagino que seja típico na América Latina, é que esse assunto foi notícia em todos os jornais. O governo disse que educação era uma emergência, mas, basicamente, não fez nada desde então. Não houve um programa para melhorar o rendimento. O governo poderia ter aproveitado os resultados para comparar os níveis de exigência do Pisa e das escolas peruanas. Como bons católicos, suponho, nos golpeamos: 'Pecador, pecador, pecador, último lugar, terrível', mas nada aconteceu e a vida continuou. Meu país tem pouca tradição de olhar os resultados em educação. Os educadores têm mania de fazer teoria, o que é importante, mas não de olhar os resultados das pesquisas.

G1 - No último Pisa, os alunos brasileiros ficaram na 53ª posição em matemática, na 48ª em leitura e 52ª em ciências. Como avalia esses desempenho?
Cueto -
Os informes do Pisa sobre o Brasil mostram que os piores resultados são apresentados pelos estudantes que haviam repetido e tinham mais idade para o nível em que deveriam estar. Esses estudantes são os mais pobres. O que mostra o Pisa e todas essas avaliações é que o Brasil está colocando a educação como uma de suas prioridades. Para se conseguir algo, é preciso se pensar nas grandes diferenças entre ricos e pobres, entre as regiões e as diferentes cores da pele, assim como se o estudante tem o português como língua materna ou a língua materna indígena.

Chupeta e dedo: como lidar com esse hábito dos filhos

O dedo é ainda pior que a chupeta e um estudo revela que ambos podem afetar o desenvolvimento da fala da crianças
Beto Tchernobilsky

Você está com dificuldade de tirar a chupeta do seu filho? Saiba que não está sozinha. Muitos pais ficam apreensivos na hora de eliminar esse acessório da vida das crianças. Assim como chupar o dedo, esse hábito é aceitável até os 2 ou 3 anos. Crianças de 4 ou 5 anos já devem estar longe do dedo, da chupeta e também da mamadeira.

Cientistas da Universidade de Washington analisaram 128 crianças entre 3 e 5 anos e revelaram que aquelas que usaram chupeta por pelo menos três anos apresentaram mais chance de ter dificuldades para falar se comparadas àquelas que não tinham o hábito. O mesmo risco apareceu para quem chupava o dedo.

O estudo ainda mostrou que crianças que eram amamentadas por mais tempo (em torno de 9 meses) tinham menos chance de ter problema. De acordo com os pesquisadores, sucções fora do aleitamento materno, como chupeta, dedo e até mamadeira, podem ser prejudiciais para a criança, porém outras pesquisas são necessárias para comprovar esses resultados.

Para ajudar você a tirar as dúvidas mais comuns de quem está passando por essa fase de eliminar a chupeta e o dedo do dia a dia do filho, selecionamos algumas dicas sobre o assunto:


Toda criança adquire o hábito?
Alguns bebês sugam o polegar desde a fase intra-uterina. É um reflexo de sucção. A chupeta, oferecida pelos pais, pode ou não ser aceita pela criança, dependendo de sua necessidade de sucção. Para algumas, sugar o peito da mãe basta. Outras precisam mais, relaxam, acalmam-se com a chupeta. Mas não há aí relação com a personalidade futura do filho. Sugar é a forma que os bebês têm de se acalmar.

É pior chupar dedo? Por quê?
É pior, pois será mais difícil a criança abandonar o hábito. O bebê não pega a chupeta sozinho, mas pode colocar o dedo na boca mesmo dormindo.

Dedo ou chupeta fazem mal para os dentes e para a fala?
Sim. A posição da língua na boca fechada é atrás dos incisivos centrais superiores (os dois dentes da frente). Na sucção, ela fica abaixo da chupeta em movimento de vai-e-vem. Isso muda as relações entre os músculos da face, deixando o palato mais alto, os dentes mais protrusos e a musculatura não adequadamente desenvolvida. Mas leva tempo para acontecer. Uma criança de 5 anos que chupa dedo ou chupeta corre mais risco de ter todos esses problemas.

Quando o hábito deve ser interrompido?
Por causa dos problemas citados, é aceitável manter esses hábitos até no máximo os 3 anos, quando ainda é fácil corrigi-los. A maioria das crianças abandona o uso da chupeta nessa época. A sucção do dedo pode demorar mais, por estar muito acessível. Porém, o melhor é interromper esses vícios o mais cedo possível. Quando prolongados demais, o risco de problemas bucais aumenta. Há casos em que apenas a colocação de aparelhos nos dentes permanentes poderá corrigi-los.

Qual é a melhor maneira de fazer a criança largar?
Não tem um jeito fácil de deixar hábitos. Mas colocar substâncias ruins no dedo ou na chupeta está fora de questão. O melhor é proporcionar à criança um ambiente tranqüilo, seguro e elogiá-la, sem exageros, sempre que não estiver sugando. Não convém também fazer chantagens (oferecendo prêmios para que a criança pare com a mania), ameaças ou comparações do tipo "você fica feia quando chupa o dedo". O ideal é nem mencionar muito o hábito, para que não ganhe proporção além da conta. O recomendável é levar a criança a abandonar o dedo ou a chupeta aos poucos, apresentando-lhe outras opções de distração que usem as mãos. No caso da chupeta, é possível tomar algumas medidas. Não deixe mais de uma chupeta acessível à criança e evite mantê-la presa à sua roupinha para que não seja usada com freqüência. Restrinja o uso apenas para a hora de dormir e retire a chupeta logo que a criança adormecer. Não mergulhe a chupeta em substâncias doces nem a ofereça toda vez que a criança manifestar insatisfação e desejo.

Há circunstâncias mais favoráveis à retirada?
Não é boa hora retirar a chupeta se a criança estiver passando por alguma situação nova, de mudança, em casa ou na escola. Uma coisa de cada vez. Mas o nascimento de um irmão, por exemplo, não é justificativa para que o mais velho fique com chupeta (ou mamadeira) pelo período que o outro estiver usando. Dessa forma não se está protegendo, mas prejudicando o mais velho em seu desenvolvimento.

Quando a criança reage muito mal à retirada da chupeta, é aconselhável devolvê-la?
Deve-se limitar o uso da chupeta gradualmente, desviando a atenção para outros objetos, dando mais apoio e segurança ao filho. Mas chorar é a reação normal e esperada de qualquer criança. Nada agradável, mas esperada. Os pais precisam estar de acordo com o momento da retirada. Porque, se um dos dois não está convencido, provavelmente o hábito vai permanecer. É comum ter pena da criança como se ela estivesse perdendo algo bom, importante. Mas, se ela não pode nunca chorar sem causar extrema ansiedade na família, provavelmente a chupeta se tornou importante para os pais. E um filho considera importante, estressante, perigoso, amedrontador o que os pais acham.

Que reações a criança costuma ter na hora de abandonar o dedo ou a chupeta?
Um pouco de ansiedade, insegurança, birra e possivelmente acordará um pouco mais à noite. É comum. Mas, em geral, dura pouco.

É recomendável oferecer a chupeta para a criança deixar de chupar o dedo ou permitir que pegue o dedo ao abandonar a chupeta?
Pegar o dedo após a chupeta não é comum, mas, tanto em uma situação quanto na outra, não há vantagem em trocar de hábito. Melhor seguir firme nas tentativas, nunca castigar, dar proteção e muito reforço positivo, além de distrair a criança com outras opções. Ela mesma vai se encantar ao descobrir que há coisas mais interessantes no mundo do que chupar o dedo ou a chupeta.