Documentário traz de volta a saudosa TV Manchete - Confira o Teaser

sábado, 2 de maio de 2009

O estresse pode ser bom para você

Pesquisas sugerem que o estresse em pequenas doses permite maior atenção e um sistema imunológico mais forte. ÉPOCA traz uma avaliação para você saber se o seu nível de estresse está dentro dos limites benéficos

Shutterstock
TENSÃO
Episódios de nervosismo, desde que não sejam constantes, podem ajudar o sistema imunológico

Da próxima vez que você reclamar que seu chefe lhe deu muito trabalho e que sua rotina está pesada demais, saiba que isso pode ser bom para sua saúde. Várias pesquisas estão sendo desenvolvidas para analisar os efeitos positivos que o estresse do dia a dia pode gerar. Por enquanto, a conclusão é que, em pequenas doses, um estado de tensão traz benefícios (confira, ao final do texto, um questionário para saber em que estado de estresse você se encontra).

Para o médico Marios Kyriazis, especialista em geriatria e presidente da Sociedade Britânica de Longevidade, o estresse não é uma via de mão única, que leva sempre a uma doença. Curtos períodos de estresse podem ser benéficos ao seu sistema imunológico e diminuir os riscos de doenças como Alzheimer, artrite e alguns tipos de câncer. “Temos uma tendência a culpar o estresse por tudo, da exaustão ao mau humor, até doenças cardíacas, mas isso é um mito”, diz Kyriazis.

O que conta é o nível do estresse. Pequenas doses espaçadas no tempo, como tarefas a serem cumpridas rapidamente durante o expediente, são suficientes. “Muitas pesquisas estão apontando que níveis moderados de estresse favorecem a produção de proteínas regenerativas que sustentam células do cérebro, fazendo-o funcionar na capacidade máxima. Essas células fortalecem as conexões neurais que se deterioram com a idade”, afirma o médico.

Pesquisas mostram ainda que, nas mulheres, o estresse aumenta a produção de estrógeno, auxiliando na proteção do câncer de mama. Outros estudos descobriram que doses moderadas podem ser benéficas para a recuperação no período pós-operatório. As pessoas observadas no estudo que sofreram um estresse moderado tiveram uma recuperação melhor do que as que passaram por grandes doses de tensão. Um levantamento da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, sugere que pessoas que passam a maior parte da vida em empregos sem muita demanda de tarefas têm 43% mais chances de morrer prematuramente. “É totalmente lógico. Se seu corpo se estressa, ele é estimulado e sua defesa imunológica é provocada e testada. Logo, ela fica fortalecida”, diz o médico Kyriazis.

Para distinguir o bom estresse do mal é preciso perguntar a si mesmo se você sente satisfação e excitação durante as tarefas estressantes ou depois delas. Sensação de opressão pode ser sinal de um estresse ruim. Os benefícios do estresse só serão válidos se ele não durar mais de 24 horas. Segundo a psicóloga especialista em estresse, Marilda Lipp, do Centro Psicológico do Controle de Estresse, 24 horas é o tempo necessário para que o corpo volte ao equilíbrio de seu funcionamento. Por isso, de três a cinco doses de tensão por dia são o máximo que se pode considerar saudável, pois levam a pessoa a entrar na primeira fase do estresse, chamada “fase de alerta”. “Nesse período, o corpo produz adrenalina que dá força, vigor e energia”, diz. Durante um dia, as pessoas entram e saem dessa fase com facilidade sem grandes prejuízos ao corpo. É o estresse positivo.

A segunda fase é caracterizada por sintomas como cansaço e falta de memória de informações corriqueiras, como um número de telefone usado sempre. Ela se inicia quando há uma constante liberação de adrenalina ou situações em que a pessoa não tem como resolver, como um assalto, um sequestro ou até uma conta a se pagar quando não se tem dinheiro no banco. “Nessa fase, a pessoa precisa ter cautela e se poupar para se proteger, diminuindo o ritmo de trabalho e mudando a rotina para não entrar nas fases seguintes do estresse, que são mais graves”, diz Marilda. As duas últimas fases estão ligadas e são chamadas de “fase de exaustão” e ocorrem quando a pessoa já não tem resistência física. É comum que doenças surjam e estejam relacionadas ao estresse, como queda de cabelo, acne, gastrite e alteração da pressão arterial.

A seguir, Marilda Lipp elaborou uma avaliação para que os leitores descubram em que fase do estresse se encontram. Confira se já está na hora de você tirar férias ou se a rotina está ajudando seu corpo a ser mais forte.


Israel apresenta a menor Bíblia eletrônica do mundo

Livro sagrado em hebraico coube em chip de 0,5 milímetro.
Objeto será dado de presente ao Papa Bento XVI.
Foto: AFP/Technion

O chip com 0,5 milímetro carrega todos os textos da bíblia em hebraico e será dado de presente ao Papa Bento XVI. Projeto foi desenvolvido pela Technion, Instituto de Tecnologia de Israel

Foto: Dan Balilty/AP

Microbíblia, do tamanho de um grão de areia, tem as mais de 300 mil palavras da Bíblia

Movimento prega volta das fraldas de pano, pelo bem do planeta

Ecologicamente corretas, elas agora têm mesmo formato das descartáveis.
Biólogo diz que é preciso considerar gasto de água e uso de detergente.

Preocupadas com o planeta em que seus bebês vão viver no futuro, mães no Brasil e pelo mundo afora vêm embarcando numa viagem ao passado. É um movimento que prega a volta das fraldas de pano como uma alternativa aos modelos descartáveis, com o objetivo de causar menos danos ao meio ambiente.

No Rio, essa moda ecologicamente correta ainda está engatinhando, mas já encontra seguidoras, como a carioca Raquel de Lucena. Depois de ter Zahra por meio de parto natural, há quase sete meses, ela decidiu que tudo da filha seria “o mais natureba possível”. Optou pelas fraldas de pano tradicionais, que foi buscar na mesma fábrica que sua mãe comprou as suas, quando bebê.

“Fizeram um chá de fralda surpresa, mas eu queria não usar muito as descartáveis. Decidi que ia ficar com as que ganhei e usar as de pano junto. Toda vez que posso deixo ela só no pano, com a fralda caretona mesmo, tradicional. Nem usei alfinete, só amarrei”, conta Raquel.

Foto: Álbum de família

Zahra com as fraldas de pano compradas por sua mãe, Raquel: opção por menor impacto no meio ambiente

“Utilizando a de pano sempre que posso, eu me sinto diminuindo a quantidade de fraldas descartáveis despejadas nos lixões, além da sensação boa em deixar minha filha mais livre e ‘ventilada’.”

Por menos fraldas nos lixões

Hoje, os modelos de pano ganharam nova roupagem, com o mesmo formato das de plástico. A diferença é que, após o uso, em vez do lixo, vão direto para o tanque e ou para a máquina de lavar.

Foram essas que a jornalista Ana Paula Calabresi, carioca que mora desde 2007 em Vancouver, no Canadá, decidiu usar com a filha Alice, de 6 meses, pelo menor impacto que têm no meio ambiente. Por não ter quantidade suficiente dos modelos de pano, ela as alterna com as descartáveis.

“Dão mais trabalho, mas é como lavar roupa normal. Tem toda a questão do uso da água, mas a água é tratável. Os lixões só acumulam mais e mais as fraldas de plástico, que demoram centenas de anos para se decompor”, conta Ana, que comprou as suas pela internet, da marca Fuzzi Bunz, que comercializa seus produtos em países como o Canadá, o Chile e os Estados Unidos. A escolha ecologicamente correta também se traduziu em economia.

Foto: Álbum de família

Ana Paula e a filha Alice, que usa fraldas de pano modernas, compradas pela internet

“Apesar do custo inicial das fraldas de pano ser maior (elas não são tão baratinhas), no longo prazo o investimento se paga e acho que você ainda sai no lucro”.

Biodegradáveis

A analista de sistemas Suzana Velloso usou fraldas de pano, compradas nos Estados Unidos, até os 5 meses de seu filho Otávio.

“O que mais me fez usar foi uma questão dele não ter contato com fralda descartável tão novinho, porque dá muita assadura. Essa fralda de pano não dá assadura, não precisava usar creme nenhum”, conta Suzana.

O bebê hoje está com 9 meses e os modelos comprados ficaram pequenos. Suzana agora espera que ele cresça mais um pouquinho para usar as biodegradáveis gDiapers, também encontradas lá fora.

O modelo é o mesmo que a atriz Julia Roberts disse ter usado em seus gêmeos, em entrevista à revista americana “Vanity Fair”, em 2007.

Uso quadruplicou na Grã-Bretanha

Assim como nos Estados Unidos, um levantamento publicado pela empresa de pesquisas Mintel, em 2008, revelou que o uso de fraldas de pano quadruplicou na Grã-Bretanha nos últimos anos, devido à preocupação dos pais com o ambiente.

Segundo a pesquisa, o uso de fraldas de pano aumentou em 6 pontos percentuais de 2005 a 2007, e hoje chega a 8% dos pais com filhos que ainda usam fraldas.

Uma enquete feita pelo G1 nas ruas e em um shopping de grande circulação do Rio, no entanto, revelou que por aqui a maioria ainda resiste em abrir mão da praticidade das fraldas descartáveis. (Veja o vídeo acima)

Mães que trabalham enfrentam dificuldades

Francielle Zanon – que ao lado do marido Gabriel Moojen protagonizou a série “O mundo de Valentina”, sobre as expectativas de um planeta melhor para a filha – é uma das que, apesar da preocupação com o meio ambiente, não conseguiu aderir ao movimento.

Foto: Álbum de família

Francielli com Valentina: "Para mães que trabalham, como eu, é complicado"

“É uma causa muito nobre, mas é muito difícil. Para mães que trabalham, como eu, é complicado. O negócio seria um bom investimento em fraldas biodegradáveis. A causa é muito nobre, seria o ideal, mas a mãe moderna não agüenta”, conta Francielli, que agora está tentando desfraldar Valentina, com 1 ano e 10 meses.

Outra engajada na proteção ao meio ambiente que tentou, mas não conseguiu seguir com o uso das fraldas de pano é a apresentadora Cynthia Howlett. “Comecei mas desisti... Dá muito trabalho...”

Vendas têm aumentado no Brasil

Pioneira na fabricação dos novos modelos de fraldas de pano no Brasil, a engenheira química Bettina Lauterbach viu o número de pedidos passar de dez para 400 por mês, em dois anos.

“A procura vem aumentando gradualmente. A propaganda é no boca a boca. É um público mais alternativo. A mãe perua, de salto alto, não aceita o produto”, conta Bettina, que fabrica essa nova geração de fraldas ecologicamente corretas em Gramado, no Rio Grande do Sul, e as vende pela internet.

Ao criar sua alternativa às fraldas descartáveis, ela contou com a opinião de pais e mães que já usavam seus slings (faixas de pano em que o bebê é segurado junto ao corpo).

“Elaboramos um modelo e enviamos para quem comprava os slings. Algumas mães nem olharam, outras testaram e deram opiniões e fizemos adaptações. A aceitação está sendo muito boa. Tenho mães no segundo filho que reaproveitaram todas as fraldas”, conta.

Foto: Divulgação

As fraldas de pano fabricadas Bettina Lauterbach no Sul do país têm o mesmo formato das descartáveis

Para convencer mães de primeira ou segunda viagem a comprar seus modelos – que custam a partir de R$ 17,50 – Bettina expõe em seu site que, até os 2 anos de vida, uma criança usa cerca de 5.500 fraldas, que levam anos e anos para se decompor nos lixões.

Para biólogo, empresas deveriam investir em novos materiais

Para o biólogo Mario Moscatelli, se por um lado você tira as fraldas dos lixões, por outro consome mais água.

“É o cobertor curto. Você utiliza mais água e detergente, que nem sempre é biodegradável. Já a fralda descartável tem o material plástico, que vai ficar ad eternum (eternamente) em processo de decomposição”.

Para o ambientalista, a melhor solução seria um investimento, por parte das empresas, na busca por materiais que causassem menos danos ao meio ambiente.

“Antigamente era um tempo em que a mulher não trabalhava. Hoje, o ponteiro do relógio parece estar acelerado. O ideal seria que as empresas fizessem fraldas descartáveis com materiais que entram em decomposição mais facilmente e que esse resíduo fosse encaminhado a um aterro sanitário. É um rumo mais pé no chão”, diz Moscatelli.

Absorventes de pano também de volta

Esse movimento pelo bem do planeta vem ressuscitando ainda os absorventes reutilizáveis. Eles também voltaram com nova roupagem, ganhando a preferência de gente como a tradutora e empresária Silvia D. Schiros, que mantém o blog Faça a sua parte.

Foto: Divulgação

O aBiosorvente, de pano, é fabricado há oito anos: procura tem aumentado lentamente

“Eu não cheguei a usar fraldas de pano com minhas filhas. Uso há muito tempo absorventes reutilizáveis”, conta.

Tatiana Moraes, uma das responsáveis pelo aBiosorvente, fabricado há oito anos, conta que a ideia foi desenvolvida por sua sócia, Diana Hirsh, como uma alternativa aos absorventes descartáveis

“Diana descobriu que os absorventes reutilizáveis eram uma realidade em outros países como EUA, França e Canadá. Como sabia costurar, ela fez os absorventes para consumo próprio, mas logo as amigas começaram a pedir, aí surgiu a ideia de comercializá-los. A procura tem aumentado, sim, porém de forma muito lenta. Parece que mudar hábitos é muito difícil”, conta Tatiana.

Sua vida é uma página da web aberta?

Cada vez mais somos o que clicamos. E nos expomos praticamente o tempo todo que estamos online – nas novas redes sociais ou fora delas

Minha vida nunca foi um livro aberto. Não sou o tipo de cara que conta tudo para os amigos ou que é o primeiro a dar um testemunho pessoal em uma mesa de bar - principalmente se ela estiver repleta de desconhecidos. Na verdade, sou um pouco avesso à ideia de ter minha intimidade invadida. Prefiro o caminho inverso: se eu tiver algo para contar, pode deixar que eu mesmo vou atrás de fazer isso. Mas, desde que me cadastrei no Orkut, em 2004, tenho repensado o meu conceito de privacidade. Ao entrar em uma rede social tive de me acostumar com a possibilidade de ter pelo menos uma página (mesmo que virtual) do livro da minha vida exposta para quem quiser ver.

Havia compensações. Além de rever pessoas com as quais eu tinha perdido contato, eu podia aplacar minha curiosidade sobre a vida alheia. Ver fotos para saber como o tempo mudou a feição de ex-colegas, descobrir se eles estavam casados, onde trabalhavam, o que tinham feito de sua vida. Isso tudo em segredo, sem nenhuma interação social e livre daqueles encontros inevitavelmente sem graça que ocorrem nos corredores dos shoppings.

Mas, se eu fuçava nas páginas alheias, o raciocínio contrário era lógico: minha página provavelmente era bisbilhotada. Estamos na internet para ver e ser vistos. No Orkut ou no Facebook, nos blogs ou no YouTube. É muito difícil (impossível?) escolher apenas um lado dessa moeda (a não ser que você se esconda atrás de um perfil falso, claro). Todo mundo, ao mesmo tempo, é protagonista e espectador do show.

O advento do Twitter - criado em 2006, mas que só recentemente virou febre no Brasil - sugere que cada vez mais gente quer, sim, se expor. No Twitter, uma mistura entre blog e torpedo, você se cadastra, cria sua página e a atualiza com mensagens de até 140 caracteres (como nos celulares). O site propõe a pergunta - 'O que você está fazendo?' - e os usuários respondem: alguns contam o que comeram no almoço, outros comentam notícias que leram e muitos põem ali suas indagações, seu estado de espírito.

E há também, é claro, uma multidão de voyeurs. É possível 'seguir' qualquer um que esteja no Twitter para acompanhar o que ele escreve. Assim que o usuário atualiza algum post, todos os seguidores são avisados. Até quem não está cadastrado na rede pode ter acesso à página de algum twitteiro. Como dá para postar também do celular, a página vira um arquivo instantâneo de ações e pensamentos dos seus mais de 6 milhões de usuários. Atualizados o tempo todo.


ESPONTÂNEO E NATURAL_
Como não faço parte do Twitter, fui em busca de algum usuário da rede que pudesse conversar comigo sobre o tema desta reportagem: exposição online. Com a ajuda de uma amiga, cheguei a Mahira Oliveira, uma publicitária de 24 anos que se cadastrou no Twitter em outubro do ano passado, já postou 1.106 minitextos e segue 163 pessoas. Isso até o fechamento desta edição. Ela também está no Orkut, no Facebook, no Flickr, no Limão e em outras redes que mal conheço. Liguei para ela para falar sobre a entrevista. Mahira me atendeu séria e educada e topou conversar comigo. Assim que cheguei em casa, uma hora após a ligação, fui olhar a página dela. Para minha surpresa, havia um post que dizia assim: 'acabei de ser contatada por um jornalista que está fazendo uma matéria sobre meninas nos tuiter. mas tipo euzinha?? uia!'. Mesmo que indiretamente, eu também estava no Twitter!

'Você sempre acaba entregando muito sobre si mesmo, por mais que tente evitar falar de assuntos pessoais', diz Mahira. 'Se não é para ser espontâneo e natural, então não tem graça!' Para o americano Bill Tancer, um dos maiores especialistas do mundo em dados referentes ao uso da internet, esse conceito do espontâneo e do natural ajuda a explicar o sucesso das redes sociais. No livro Click, recém-lançado pela Editora Globo, ele esmiúça o comportamento dos internautas e mostra que a internet deixou de ser um meio estático para se transformar em uma ferramenta em que todos podem publicar conteúdo e compartilhá-lo com outros. Ou seja, na nova web 2.0, os usuários sentem-se à vontade para falar sobre o que quiserem, da forma que quiserem. Ela passou a ser um campo realmente livre, no qual todos conseguem se expressar.

E não só escrevendo ou postando atualizações nos perfis. Até mesmo nos sites de busca os cliques podem dizer muito sobre quem somos. Para provar, Tancer comparou uma pesquisa sobre os medos dos americanos realizada por quatro instituições, incluindo a Universidade Harvard, aos dados sobre buscas feitas sobre medos na internet. No primeiro caso, foram ouvidas 8 mil pessoas, e os resultados indicaram que as principais fobias eram de: 1o Insetos, cobras e ratos; 2o Altura; 3o Água; 4o Transportes públicos; 5o Tempestades; 6o Espaços fechados. Já as mais procuradas (com a expressão 'medo de...') nos sites dos Estados Unidos no período de um mês eram: 1º Voar; 2º Altura; 3º Palhaços; 4º Intimidade; 5º Morte; 6º Rejeição.

A explicação, segundo o especialista, é que, quando estamos em uma pesquisa, ficamos muito preocupados com o julgamento que os entrevistadores fariam dos nossos medos. Confessamos apenas os mais comuns, que não demonstram nossa vulnerabilidade. Na internet é diferente. 'O anonimato que ela propicia nos possibilita a segurança de admitir coisas que normalmente não discutiríamos com mais ninguém', escreve Tancer. Respaldados pela tela, buscamos informações sobre nossas inseguranças ou gostos. 'À medida que seguirmos recorrendo às ferramentas de busca para responder nossas questões mais profundas, continuaremos aprendendo mais sobre nós mesmos.' E as estatísticas de busca farão cada vez mais um retrato da sociedade e de seus membros como eles são.

Dá para imaginar, portanto, o poder do Google, uma empresa que sabe bem o que você procura. Mais: com o YouTube e o Orkut, sabe o que você vê e com quem se relaciona. Tem ainda o Gmail, serviço de correio eletrônico que possui um sistema capaz de achar palavras-chave nas suas mensagens - e, assim, mostrar publicidade relacionada ao que você escreve. Outra ferramenta da empresa é o Google Docs, que permite arquivar e compartilhar documentos - e, em março, admitiu que arquivos de usuários vazaram na rede. 'Quando se trata da internet, nem quem controla as informações tem domínio das situações adversas que podem ocorrer. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de cadastrar seus dados ou arquivá-los em HDs virtuais', diz José Milagre, especialista em segurança da informação.

BASTA DAR UM GOOGLE_
Quem acredita que está fora da onda de exposição na internet pode levar um susto. Danielle Schneider, 26, decidiu abandonar as redes sociais junto com o namorado. 'Saí pela falta de privacidade, por conta das pessoas que ficavam bisbilhotando as nossas páginas', diz ela. Meses depois, Rafael resolveu voltar para o Orkut e, no perfil que criou, colocou fotos com a Dani, deixando claro que está comprometido (antes, o casal se incomodava com recados - principalmente do sexo oposto - deixados nas páginas de um e do outro). 'Tirando algumas fotos minhas que estão na página dele, meus dados não estão mais online, não quero me abrir para as pessoas olharem minha vida', afirma Dani. Pois bem. Com uma simples pesquisa no Google, consegui encontrar onde ela trabalha, qual foi sua monografia para conclusão do curso de biomedicina na Unesp (Universidade Estadual Paulista), além de algumas fotos em sites de baladas. Hoje em dia é impossível escapar de ter algumas informações pessoais na web, ao alcance de alguns cliques do mouse. Mesmo que você não mantenha perfis ativos nas redes sociais, os contratos de uso que você aceita (quase sempre sem ler) quando se cadastra em uma comunidade virtual como o Facebook asseguram que os mantenedores do site têm direitos de arquivar suas informações, fotos e comentários. O mesmo funciona para os sites de compras ou qualquer outro cadastro que você faça na internet.

O compartilhamento e a exposição já são novos paradigmas da era em que vivemos. Ao criar seu perfil em uma rede social, você passa a ter contato direto com centenas de outras pessoas (e, indiretamente, com milhares) que se interessam em saber de sua vida. E isso faz de nós, usuários mortais, interessantes aos olhos alheios. Quem está no Twitter é para ser seguido; quem está no Orkut ou no Facebook é para ser visitado. Ou alguém entra ali para ser anônimo? Duvido! Nessa de buscar nosso lugar ao sol da internet, acabamos deixando a porta da nossa intimidade semiaberta (isso para não falar das pessoas que a deixam escancarada mesmo).

PORTA ABERTA
Mahira está cadastrada em várias redes sociais.

Essa foto aparece como resultado na
busca de imagens do Google.
É a imagem que ela usa no perfil do Twitter.
Mahira também mantém uma
página no Orkut...
...e outra no Facebook.

A psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, acredita que a grande maioria das pessoas não consegue resguardar totalmente a sua privacidade por ainda confundir o privado e o público na internet. 'Muitos usuários que colocam fotos e informações pessoais em suas páginas se esquecem de que outras pessoas, além dos amigos, visualizam o seu perfil. Isso gera uma autoexposição maior do que se gostaria', afirma.

Por mais que você só tenha amigos nos quais confia cegamente na página do Orkut, quem garante que um desses amigos não possa emprestar login e senha para outra pessoa entrar pelo seu perfil? E tenho lá minhas dúvidas se todos os amigos que alguém tem no Orkut são pessoas nas quais realmente confia e com as quais tenha uma relação próxima. Dos meus 560 amigos do Orkut ou cento e poucos do Facebook, menos de dez participam ativamente da minha vida. Muitos são apenas colegas - ou até versões online de pessoas que eu conheci um dia. 'O que você só mostraria para seus amigos mais íntimos não deveria estar na internet, pois todas as informações ali estão sob domínio público, por mais cautela que se tenha', diz Luciana, da PUC.

Não se trata de pintar as novidades da rede como responsáveis pelos tempos de superexposição. O problema, como sempre, não é a tecnologia, mas o uso que se faz dela. Barack Obama, por exemplo, soube aproveitar a 'conectividade' do Twitter para promover sua eleição para mais de 400 mil pessoas que o seguiam na web durante a campanha para a presidência dos Estados Unidos. É certo que a informação e a exposição podem ser usadas para o bem ou para o mal. De todo modo, prefiro continuar sem adicionar fotos no Orkut e mais amigos no Facebook e resistir (pelo menos por ora) aos encantos do Twitter. Se um dia eu resolver divulgar mais alguma página da minha vida na internet, pode deixar que eu aviso.

E ABERTA TAMBÉM
Danielle saiu do Orkut, mas continua na web.

O namorado incluiu uma foto com
ela em um álbum do Orkut
O nome dela está no site da
clínica onde trabalha
E em uma lista de seleção
para pós-graduação
Os dados da monografia dela
também estão online

Tire dúvidas sobre o sistema de escapamento do carro

O ideal é examinar o equipamento a cada três meses.
Veja dicas para garantir vida longa para o escapamento.
Foto: DFTV/Reprodução

Escapamento danificado

Se existe um item na manutenção do automóvel que a maior parte dos motoristas não dá a mínima atenção, o escapamento é, sem dúvida alguma, o sistema que mais passa despercebido. Ou melhor, só é lembrado quando começa a incomodar, com batidas inconvenientes na parte debaixo do carro ou, então, quando está caindo aos pedaços e fica com aquele barulhão infernal.

O escapamento do carro tem como função principal a eliminação de gases, que são gerados após a queima nos cilindros. Ou seja, a finalidade básica é essa, conduzir os gases resultantes, devidamente filtrados para amenizar a poluição. Mas esse equipamento também tem a tarefa de proporcionar conforto, ao deixar o barulho do motor no nível de ruído determinado pela legislação vigente. Além, é claro, de evitar que os gases tóxicos invadam o interior do automóvel.

O sistema de escapamento deve ser examinado a cada três meses ou 20 mil quilômetros. Nessas inspeções, os fixadores e abraçadeiras são os principais componentes a serem avaliados. No caso de uso em estradas esburacadas, trechos irregulares ou mesmo se o carro sofreu algum impacto na parte inferior, esses itens devem ser verificados. Lembre-se também de lavar a parte de baixo do veículo de tempos em tempos. Na lavagem é importante utilizar somente água e sabão neutro, para não ressecar as borrachas de sustentação.

Um fator que contribui para o rápido desgaste do escapamento é a má qualidade do combustível, principalmente a adulteração. A peça que mais sofre é o catalisador, que tem sua vida útil reduzida drasticamente. Para se ter uma ideia da involução dos combustíveis, 30 anos atrás o sistema de escapamento de um automóvel durava de 4 a 5 anos, quando a gasolina era mais pura e com menor concentração de álcool. Nos modelos atuais, chega a no máximo 3 anos. Em parte, isso só em função da qualidade do combustível.

Certos componentes são feitos com chapa de aço inoxidável, como o catalisador, por exemplo. Outras partes do sistema são produzidas em aço galvanizado. Vale destacar, que ao contrário do que muitos sugerem, não há conserto para os componentes desse sistema. Qualquer dano deve ser resolvido apenas com a substituição. Isso faz parte mesmo, não tem como fugir.

Com o tempo de uso é natural que o sistema se deteriore, principalmente por causa da oxidação que pode ocorrer em razão da combustão interna do motor, que elimina água. As partes comprometidas devem de ser substituídas. É bom saber que os cuidados com o escapamento contribuem para o bom rendimento e consumo do motor, além de manter o nível de ruído de acordo com a regulamentação.

As peças do escapamento

O sistema de escapamento é composto pelas seguintes peças:

- Coletor de escape

Essa peça fica acoplada ao motor e é formada por um conjunto de tubos de ferro fundido. Sua finalidade é coletar os gases resultantes da queima de combustível e encaminhá-los para o tubo de descarga primário, conhecido também por silencioso.

- Tubos de escape
Fazem a ligação entre os demais componentes do sistema.

- Silencioso ou silenciador
Câmara dotada de várias divisões internas por onde passam os gases. Ao passar por esse percurso, as ondas sonoras do ruído perdem pressão e esse processo resulta na redução do barulho gerado pelo funcionamento do motor. Em sua composição também podem estar a lã de vidro ou o basalto.

- Catalisador
É um dispositivo instalado na saída do coletor de escape ou entre o coletor e o silencioso. Sua função é transformar substâncias poluentes, por meio de seus elementos internos de cerâmica, em gases menos nocivos à atmosfera. Ou seja, purificar os gases poluentes com reações químicas.

- Abafador
É o silenciador auxiliar, encarregado de absorver os ruídos mais agudos. Em sua composição também podem estar a lã de vidro e o basalto. Essa peça conta com tubos repletos de pequenos furos e envolve o corpo do escape. No sistema conhecido como refletivo, não existe a presença de lã de vidro. Esse sistema conta com três divisões no seu interior, que configuram uma espécie de labirinto formado por defletores. Ao jogar os gases de uma divisão para outra, o nível de ruído e também as vibrações diminuem por causa do choque das ondas sonoras nas paredes internas do abafador. Trabalha em outra frequência, diferente do silenciador. Geralmente é o ultimo elemento sistema de escapamento no automóvel.

Dicas de manuteção

Para garantir que o sistema de escapamento de carro estará sempre com sua máxima eficácia, alguns cuidados devem ser observados:

- Sempre que possível, verifique os fixadores e abraçadeiras;

- Faça inspeções a cada 3 meses;

- Faça a revisão completa a cada seis meses ou a cada 20 mil quilômetros;

- Se alguma peça do sistema apresentar defeito, estiver corroída ou com falhas, o único conserto é a troca;

- Cuidado ao passar por lombadas ou obstáculos elevados, pontiagudos ou soltos na estrada, como por exemplo um galho de árvore, pois o escapamento pode ser atingido e ficar danificado;

- Evite fazer o carro pegar no tranco. Essa prática pode deixar a gasolina que não foi queimada escorrer pelo sistema de escapamento e isso pode danificá-lo.

Outras dicas

O catalisador é um componente que funciona em altíssimas temperaturas, como algo em torno de 700º Celsius. Sabendo disso, quando for estacionar o veículo evite parar sobre grama, folhas secas, papel ou mesmo lixo da rua. Esses materiais são inflamáveis e facilmente pode-se causar um princípio de incêndio.

Fique atento

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) define penalidades ao motorista que transitar com o escapamento do carro irregular, soltando fumaça ou gases fora da regulamentação estabelecida. Essa prática é enquadrada em infração grave, que resulta na perda de 5 pontos na Carteira de Habilitação, pagamento de multa e retenção do veículo até que o problema seja resolvido.

Confira imagens 'bizarras' que desafiam o Photoshop

É difícil acreditar, mas as imagens desta galeria não sofreram retoques.
Coletânea 'bizarra' foi publicada pelo site 'chilloutpoint.com'.


Foto: Divulgação

Esta formação rochosa parece pintura, mas é obra de milhões de anos de erosão e sedimentação nas dunas do Arizona.

Foto: Divulgação

As ridículas arvorezinhas que parecem gente sofreram, sim, a influência da mão humana - mas foi durante seu crescimento, em uma técnica chamada arborescultura. Já o lagarto anão mede mesmo 1 centímetro de comprimento e tem até esqueleto.

Foto: Divulgação

Parece capa de disco dos anos 80, mas é um registro autêntico do Salar de Uyuni, na Bolívia. É o maior lago salgado do mundo, e por vezes uma fina e calma camada de água convida o turista a caminhar sobre ela.

Foto: Reuters

Esta foto circula na internet há tempos, e muitos acham que é uma montagem. Mas, não. Trata-se de um registro feito pela agência Reuters de um caminhão transportando milho na Somália.

Foto: Divulgação

Observe o triângulo com atenção. Acompanhe cada lado até o vértice. Fisicamente impossível, certo? Mas olhando esta obra - que fica em Perth, na Austrália - de outro ângulo, você descobre como os designers conseguiram criar aquela ilusão de ótica (que só é possível a partir de um local determinado, do outro lado da rua).

Foto: Divulgação

Parece efeito especial do filme 'A múmia', mas é uma das tempestades de areia que atingiram o Iraque em 2005. O autor desta foto disse que, depois de 3 minutos, ele foi engolfado completamente pela tempestade.

Foto: Divulgação

Este carro é uma escultura feita de tubos metálicos pelo artista Benedict Radcliffe.

Foto: Divulgação

Esta imagem lembra cenas do filme "Superman". Mas foi tirada na Caverna dos Cristais, no México.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Prévia: Caminho das Índias registra 41 pontos nesta quinta

A novela "Caminho das Índias", de Glória Perez, conseguiu ótimos índices de audiência na véspera de feriadão. Nesta quinta (30/04), de acordo com dados prévios, a trama marcou uma média de 41 pontos.

Apesar do crescimento, Caminho das Índias ainda apresenta a pior média geral de uma novela das oito. A média geral gira em torno dos 35 pontos de audiência em São Paulo. O destaque do capítulo desta quinta ficou por conta do sofrimento de Maya (Juliana Paes). A mocinha descobre que o filho apresentado por Kochi (Nívea Maria) à família do marido é outra criança.

*Os índices são prévios, referentes ao Ibope na Grande São Paulo e podem sofrer alterações no consolidado. Vale lembrar que cada ponto no Ibope representa cerca de 60 mil domicílios na capital paulista, dados que servem como referência para o mercado publicitário.

O Planeta TV

Oprah Winfrey exibe foto do cabelo antes da chapinha

Apresentadora também tinha olheiras profundas antes da fama
TMZ /Reprodução

Oprah antes e depois da chapinha

A apresentadora Oprah Winfrey mostrou em seu programa que não tem vergonha do passado, digamos, menos vaidoso (ou seria menos milionário?).

Ela mostrou aos telespectadores uma foto antiga, quando ainda não tinha os cabelos alisados.

A imagem também mostra que Oprah tinha olheiras profundas e os olhos um tanto assimétricos...

O tempo fez bem a ela, não?

Saiba como funciona o exame americano no qual o novo Enem se baseia

Nacional, o SAT é cobrado pela maioria das universidades dos EUA.
MEC propõe que vestibular das federais seja unificado pelo Enem
Foto: Arquivo pessoal

Marcos Henrique, 17 anos, fez o SAT para estudar em uma universidade americana

Aos 17 anos, Marcos Henrique Tavares Rosa, passou por um estresse diferente do enfrentado pela maioria dos estudantes de sua idade. Em vez de prestar vestibular, focou seus estudos em matemática e inglês e fez duas provas, que usou para tentar vaga em seis universidades americanas.

A primeira delas foi o SAT Reasoning Test (teste de raciocínio, numa tradução livre), exame americano nacional que é aplicado também no exterior. A prova tem questões objetivas e discursivas de matemática e de interpretação de textos, além de uma redação, com o objetivo de avaliar o pensamento crítico do candidato.

O SAT é usado pela maioria das universidades dos Estados Unidos como um dos critérios para o ingresso de estudantes e serve de inspiração para o Ministério da Educação (MEC) elaborar o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e propor o vestibular unificado das universidades federais. Como têm autonomia, a adesão depende das próprias universidades. Algumas já se manifestaram, mas boa parte deve ter uma definição até o fim de abril ou início de maio.


O objetivo do MEC com a nova prova é avaliar as habilidades dos candidatos, mas com um conteúdo mais aprofundado. Serão 200 questões, divididas em quatro grandes eixos (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas), e uma redação.

SAT

Existente desde a década de 40, o SAT é aplicado sete vezes ao ano nos EUA e seis vezes no exterior por uma instituição chamada College Board . No início, SAT era a abreviação para Scholastic Aptitude Test (ou teste de aptidão acadêmica). A partir da década de 90, passou a ser chamado de SAT Reasoning Test ou, simplesmente, SAT 1).

“Na verdade, a exigência do SAT é uma parte do processo de seleção para o ingresso nas faculdades”, afirma Thais Burmeister Pires, coordenadora do Centro de Educação EducationUSA da Alumni, que é o centro oficial do governo americano para orientação de estudo nos EUA. “São avaliados também o histório escolar do aluno, o envolvimento em atividades voluntários e cartas de referência de professores”, explica.

Além do SAT 1, algumas universidades também pedem o SAT Subject Test, conhecido por SAT 2, em que o candidato escolhe duas ou três matérias específicas.

Foi o caso do estudante Marcos, que também fez essa prova. “Como eu queria engenharia, fiz provas de matemática e espanhol”, conta. “Foi menos puxado do que fazer vestibular, mas fiquei muito ansioso até receber uma resposta das instituições.” Ele foi aceito em três e escolheu estudar engenharia na Universidade de Michigan, onde começa em agosto.

Há um outro exame nacional nos Estados Unidos que também é aceito pelas universidades, o ACT , mas o seu conteúdo é mais focado em conceitos teóricos do que o SAT.

Para universidades americanas, nota alta em exame não é suficiente

Além do SAT, instituições dos EUA avaliam o histórico escolar.
MEC usa modelo de prova como inspiração para o novo Enem.
Foto: Daigo Oliva/G1

Vestibulandos fazem prova

Uma nota alta no SAT, exame americano que é usado pela maioria das universidades dos Estados Unidos como um dos critérios para o ingresso, não é garantia de aprovação na instituição. Outros fatores são levados em conta também. A prova, que é aplicada nacionalmente e até no exterior, serve de modelo para o Ministério da Educação reformular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).


“Além da nota, o perfil do estudante é analisado porque a instituição está atrás dos outros talentos que ele tem. Ele não é avaliado somente em um ou dois dias de prova, mas ao longo de um período", afirma Thais Burmeister Pires, coordenadora do Centro de Educação EducationUSA da Alumni, que é o centro oficial do governo americano para orientação de estudo nos EUA.

"Como as notas tiradas no high school, que equivale ao nosso ensino médio, são consideradas no processo seletivo, a preocupação em ir bem na escola começa desde cedo”, diz. Segundo ela, não existe uma nota de corte para o SAT, mas as universidades costumam colocar as médias obtidas pelos estudantes que foram admitidos.

O aluno pode fazer o SAT em qualquer momento. É possível, por exemplo, fazer a prova para testar o seu desempenho quando estiver no primeiro ano do high school, nível de escolaridade equivalente ao ensino médio brasileiro, só que com quatro anos de duração. Depois, o estudante pode refazer o exame para tentar melhorar a sua nota, que varia numa escala de 200 a 800. A validade do exame é de cinco anos.

"Em geral, os alunos fazem o SAT um ano antes de terminar o High School, porque as universidades começam a selecionar com bastante tempo de antecedência. E, se ele for esperar terminar a escola para fazer a prova, pode ficar para trás”


Para Thais, que trabalha com orientação de estudantes há 15 anos, esse sistema de processo seletivo é muito mais interessante e funciona melhor do que simplesmente se levar em conta uma única prova. “Acho que o novo Enem é o início disso e pode contribuir para uma reforma educacional, mas faz toda a diferença quando outros fatores são avalidos também.”

Uniformização

A ideia de ter um exame nacional como acontece nos Estados Unidos é positiva na opinião da educadora Eunice Durham, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo. No entanto, ela ressalva que uma prova única não contempla a diversidade de conteúdo que, segundo ela, o ensino médio deve ter.

“Não dá para uniformizar demais. Acho que é importante estabelecer conteúdos mínimos que todo estudante deve saber. Os alunos têm perfis e interesses diferentes. Eles deveriam poder escolher algumas disciplinas da prova para fazer, por exemplo.”

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Globo estuda lançar novo reality show em 2009


O sucesso comercial da nona edição do "Big Brother Brasil" parece ter estimulado a TV Globo. Após faturar cerca de R$ 280 milhões com publicidade, a cúpula da emissora estuda lançar um novo reality show para o segundo semestre do ano.

Manoel Martins, diretor-geral de entretenimento, tem procurado alguns diretores da rede atrás de idéias para o programa. Até o momento, não existe dia nem formato definido para a atração, que deve ser exibida no segundo semestre.

LOGOPOPS: no jogo, adivinhe as logomarcas de programas da Rede Globo

Fãs de “O Senhor dos Anéis” gravam início inédito da saga com R$ 9 mil

Uma produção independente, “A Caçada a Gollum” estreia em 3 de maio e poderá ser vista gratuitamente pela internet

 Divulgação
O filme "A Caçada a Gollum" tem estreia prevista para dia 3 de maio

Fãs de “O Senhor dos Anéis” (The Lord of the Rings) produziram um filme de 40 minutos que conta o início da saga, ainda inédito no cinema.

A produção foi realizada com um orçamento infinitamente menor do que o gasto nos três filmes do cineasta Peter Jackson. Com 3.000 euros (o equivalente hoje a R$ 9 mil, valor irrisório perto dos 190 milhões de euros (cerca de R$ 570 milhões) investidos na megaprodução, o jovem cineasta britânico Chris Bouchard se baseou nas informações do apêndice do livro do escritor inglês JRR Tolkien, que deu origem à famosa série de cinema.

O filme “A Caçada a Gollum” (The Hunt for Gollum), iniciado em 2007, revela os acontecimentos que precederam a trilogia de “O Senhor dos Anéis” – ela envolve o mito do herdeiro de Isildur, o maior caçador e viajante da chamada Terra-Média, que saiu em busca de Gollum, a criatura que melhor conhecia quais eram as verdades e os mitos do Anel. Sendo assim, só o vilão Gollum poderia proteger o futuro do Ringbearer.

Quando foi lançado, em 2001, “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” (The Lord of the Rings: The Fellowship of the Ring), um dos seus maiores atrativos foi seus efeitos especiais, que permitiam a execução de saltos jamais antes vistos no cinema.

A gravação de “A Caçada a Gollum” teve início cerca de quatro anos após o lançamento do último episódio da trilogia – “O Senhor dos Anéis: o Retorno do Rei” (The Lord of the Rings: The Return of the King). “Ao todo, dezenas de atores, maquiadores e técnicos, todos fãs da série do cinema, se envolveram no projeto voluntariamente, sem receber cachê algum”, afirmou Bouchard.

Graças ao cineasta de pouco mais de 30 anos, os aficionados da série ganharão uma nova dose de adrenalina. O filme independente foi todo gravado em Londres e no País de Gales, poderá ser acessado livremente pela internet a partir do próximo dia 3 de maio pelo site www.thehuntforgollum.com.

Eles negam estar associados a alguma empresa detentora dos direitos autorais da famosa trilogia, tais como Tolkien Enterprises, nem aos herdeiros de JRR Tolkien. Segundo a equipe envolvida, o conteúdo é para o uso privado por quem baixou o filme via internet. Essa versão não pode ser vendida, alugada ou usada para qualquer finalidade comercial. “É um trabalho produzido exclusivamente de fãs para fãs de O Senhor de Anéis”, afirma Bouchard.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Nascem os bebês de duas mães

O casal de lésbicas revelado por ÉPOCA ganha tratamento especial na maternidade e dá à luz gêmeos diante de câmeras de TV

Caio Guatelli
Antes de seguir para a maternidade Adriana, grávida de gêmeos, recebe o carinho da companheira Munira

Eduardo e Ana Luíza ainda nem tinham nascido e já tinham status de celebridade. Dentro da barriga de Adriana Tito Maciel, eram acompanhados passo a passo por câmeras de TV e jornalistas interessados na grandiosidade do seu nascimento. O parto em si não teria nada de especial, tampouco a cara dos bebês. Seria uma cesariana como outra qualquer, numa sala de cirurgia normal. A grande atração do Hospital Santa Joana na noite desta quarta-feira (29), em São Paulo, era a família de que esses bebês fazem parte. Em vez de uma grávida e um pai ansioso, havia ali uma grávida e uma segunda mãe ansiosa. Munira Khalil El Ourra, companheira de Adriana e dona dos óvulos que deram origem aos gêmeos que acabam de nascer da barriga de Adriana, estava tão nervosa quanto qualquer pai que aguarda o nascimento do primeiro filho. E orgulhosa por desbravar um mundo novo.

Se o que Adriana e Munira mais querem é ter uma família que seja respeitada como qualquer outra, como uma família normal, a coragem com que estão conquistando esse respeito já as torna diferentes. Na sala de espera da maternidade, os convidados delas eram os mais numerosos. Estavam ali a mãe de Adriana, irmãos e irmã, cunhada, sobrinha e padrasto, além da mãe e um irmão de Munira. Todos de banho tomado, roupa escolhida a dedo e um misto de alegria, medo e expectativa estampados no rosto. "As avós de hoje são diferentes, participam mais. Essa família já é diferente, fundamentada no amor, e estou adorando a ideia", disse Maria de Fátima Alvez, mãe de Munira.

Caio Guatelli
Na sala de parto Munira dá força a Adriana logo antes do nascimento dos bebês

O parto tinha sido marcado na terça-feira 28 para as 21h da quarta-feira, após um exame que confirmou a necessidade de realizar o nascimento um pouco antes de a gestação completar 38 semanas. O agendamento foi suficiente para deixar Adriana e Munira agitadas demais para dormir naquela noite. "A Dri já não dorme há dias", disse Munira na véspera do grande dia. "Esta é nossa última noite sozinhas. Depois, seremos quatro."

Na casa pequena que em poucos dias receberá os novos moradores, o silêncio dessa quarta-feira escondia emoções de montanha-russa. Adriana, em jejum, reclamava da sede – tinha se acostumado a beber seis litros d'água durante a gravidez. A mãe dela, Isabel Tito, falava baixo. Mas dentro dela algo gritava. Não sabia se sorria ou se chorava, numa agonia por ver logo a filha sã e salva após o parto. Lembrava de como tinha ficado ainda mais tensa no dia em que nasceu a primeira neta, em dia de Brasil jogando na Copa. "Não vejo a hora".

Caio Guatelli
Durante a cesárea Além das mães e da equipe médica, estavam na sala equipes de imprensa para acompanhar um nascimento comum e, ao mesmo tempo, singular

Ainda faltavam algumas horas. Parte do comboio familiar saiu de Carapicuíba perto das 16h, a fim de chegar à maternidade antes das 17h30. Assim, teriam até as 20h para posar para as fotos, dar entrevistas, assinar a papelada da internação, ajeitar-se no apartamento e relaxar um pouco. A equipe do hospital não precisou abrir exceções para aceitar Munira como responsável pela parturiente e acompanhante na sala de cirurgia. Era direito de Adriana escolher quem estaria ao seu lado. Alberto d'Auria, diretor do Hospital Santa Joana, diz que é comum o acompanhante não ser o pai da criança, seja porque o pai está ausente ou por qualquer outro motivo. No caso delas, um documento registrado em cartório foi apresentado para comprovar a união estável. Mas, segundo d'Auria, poderia até ser uma amiga. "Nosso tratamento será sempre de carinho para com os pacientes, independentemente da composição familiar."

Alguns parentes chegaram atrasados, por causa do trânsito na cidade, mas a maioria chegou com antecedência, em tempo de dar um abraço nas mães antes de elas entrarem no centro de obstetrícia. Um dos retardatários foi André, irmão mais velho de Adriana, que se lembrou de levar um celular com câmera para registrar a chegada dos sobrinhos. Mas ele não poderia entrar na sala do parto, tantas eram as pessoas já autorizadas a acompanhar o acontecimento de perto – a maioria, da imprensa. O jeito foi entregar o celular a uma enfermeira, que prontamente fez as vezes de fotógrafa amadora.

Caio Guatelli
Nascimento Emocionada, Munira carrega Ana Luíza e Eduardo pela primeira vez. Adriana observa a cena

Repórteres, cinegrafistas e fotógrafo vestidos de azul, com toucas e protetores descartáveis na boca e nos sapatos, tomavam todo o cuidado para não contaminar nada na sala de cirurgia. Era preciso registrar cada instante daqueles vinte minutos especiais sem atrapalhar nem os médicos nem a emoção das mães. Lá pelas 21h25, Adriana estava na maca, acordada e já anestesiada. Munira sentou-se numa banqueta ao lado da maca e tratou de acalmar Adriana com carícias e sussurros. Adriana estava consciente e um pouco enjoada. Não sentia dores, apenas a movimentação do bisturi e dos dedos dos médicos através das camadas de pele, músculo e gordura de sua barriga. Cerca de dez minutos depois, Munira se levantou para ver a saída do primeiro bebê. Qual seria? Eduardo ou Ana Luíza? Às 21h41, apresentou-se Eduardo, com 2.415 gramas e 47 centímetros. No minuto seguinte, veio Ana Luíza, com 2.750 gramas e 46 centímetros. Os olhos de Munira, em lágrimas, viam seus filhos através da lente do celular que até então estava com a enfermeira. Adriana, ainda sem ver os bebês, chorava também. Tinha finalmente parido duas crianças saudáveis, de bom tamanho para gêmeos, lindas como deveriam ser.

Foi tudo muito rápido. Pouco depois de ter pego seus bebês no colo, Munira já saía da sala, com o rosto vermelho e uma emoção que não conhecia. Do lado de fora, a família a aguardava para dar os parabéns. No lugar dos olhares apreensivos, sorrisos largos. Como ainda não tinham visto os bebês, procuravam os donos das câmeras para ver as imagens em primeira mão, antes mesmo de o telão da sala de espera exibir os dados e um vídeo de baixa definição com os recém-nascidos. Era uma ficha diferente. O nome de Munira aparecia no espaço reservado ao nome do pai - um indício de que algumas coisas precisarão mudar daqui para frente.

Caminho das Índias registra 37. Veja as audiências da Globo desta quarta:

A Rede Globo está comemorando as audiências de suas novelas. Depois de passar por uma fase complicada, a emissora ver os índices subirem.

Nesta quarta-feira (29/04), de acordo com dados prévios obtidos com exclusividade pelo "O Planeta TV!", a reprise de "Senhora do Destino" marcou uma média de 18 pontos. No final da tarde, "Malhação" conquistou uma média de 23. Em seguida, "Paraíso" emplacou 25.

A nova novela das sete, "Caras & Bocas" fechou o capítulo em 26,5 pontos. Por fim, a novela das oito, "Caminho das Índias" continua sendo o programa de maior audiência da TV brasileira. A trama de Glória Perez obteve uma média de 37.

*Os índices são prévios, referentes ao Ibope na Grande São Paulo e podem sofrer alterações no consolidado. Vale lembrar que cada ponto no Ibope representa cerca de 60 mil domicílios na capital paulista, dados que servem como referência para o mercado publicitário.

Por que não conseguimos fazer greve de sono?

Por mais banho gelado que tome, chega uma hora em que o sujeito apaga. Literalmente. "Fazer greve de sono é impossível. Em média, após 96 horas de privação, o indivíduo não aguenta e sofre um rebote de sono", diz a pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, da Associação Brasileira do Sono. E, segundo a neurologista Andréa Bacelar, da Sociedade de Neurofisiologia Clínica do Rio de Janeiro, não há café, mate ou guaraná que dê jeito. E por um motivo simples: tais substâncias, explica ela, não têm efeito acumulativo. "É importante não brigarmos nunca com esse fenômeno fisiológico involuntário chamado sono porque, nessa briga, só existe um vencedor. E, dependendo da atividade que estivermos realizando, podemos colocar a nossa vida e a de terceiros em risco", diz Andréa.

Mesmo assim, contrariando as previsões médicas, o finlandês Toimi Soini bateu, em 1964, o recorde mundial de privação do sono: 276 horas (ou 11 dias e meio). A façanha foi reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, em 1989, mas a categoria foi extinta pouco depois. Motivo? Causava muitos males à saúde dos candidatos.

QUIZ: Faça o teste sobre novelas e séries exibidas nos 44 anos da Rede Globo

Confira aqui o quiz sobre novelas, séries e minisséries.

Conheça as dez 'modinhas' que mais bombaram na internet em 2008

Vídeos, fotos e tirinhas são disseminados quase que automaticamente.
Do irritante 'Rickroll' ao genial 'Garfield minus Garfield', veja a lista do PENÚLTIMAS:


E não é que a tirinha fica mais interessante sem Garfield?

Garfield minus Garfield
A idéia é simples: o irlandês Dan Walsh resolveu apagar o personagem principal das tirinhas do gato Garfield. Sem o bichano, as historinhas bem-humoradas viraram uma espécie de retrato depressivo e esquizofrênico do jovem Jon Arbuckle. "Garfield minus Garfield" surgiu em fevereiro, e foi destaque em boa parte da blogosfera no início do ano.

Logo depois, apareceram os primeiros "clones", como "Dilbert minus everyone" ("Dilbert menos todo mundo"), "Dilbert minus Dilbert" e "Peanuts minus Snoopy" ("Minduim sem o Snoopy"). Até mesmo Jim Davis, criador de Garfield, se declarou fã da criação de Walsh, e autorizou a publicação de um livro sobre a nova tirinha.



Foto: Divulgação

Comediante deu 'trote' no namorado na TV.

I'm f... Matt Damon
Este "meme" nasceu na televisão, mas dominou a pauta de blogs e redes sociais no início de 2008. A comediante Sarah Silverman gravou uma música em "homenagem" ao namorado - o apresentador Jimmy Kimmel.

Na letra, Sarah diz que está traindo Kimmel com o ator Matt Damon.

A resposta veio na mesma moeda. Kimmel gravou um clipe afirmando que estava tendo relações sexuais com outro ator, Ben Affleck, amigo de infância de Damon.

As duas músicas geraram novas versões na web, e acabaram ganhando um Emmy, prêmio dado aos destaques da TV americana.


Foto: Reprodução/YouTube

Gata do Nintendo Wii virou estrela da rede sem saber.

A garota do Wii Fit
Tudo começou com uma "brincadeira" de mau gosto de um namorado, que filmou a amada rebolando enquanto jogava videogame. Detalhe: a moça, que não sabia que estava sendo filmada, vestia apenas camiseta e calcinha. Lauren Bernat, 25 anos, ficou famosa como a "Wii Fit Hula Girl", em homenagem ao nome do game que ela jogava no vídeo.

Lauren e o namorado, Giovanny Gutierrez, viraram celebridades. O vídeo teve mais de 2 milhões de exibições nos primeiros dias, após ser postado no Youtube, em maio. A moça conta que chegou a ficar revoltada ao descobrir a fama repentina, mas depois se acostumou com a idéia. No site de compartilhamento de vídeos, há cerca de 500 vídeos de outras mulheres - e alguns homens - imitando Lauren.

Foto: Reprodução/YouTube

Inglês macarrônico, da Bulgária para o mundo.

Ken Lee
Outra mania que nasceu na televisão. Uma participante da edição búlgara do concurso "American Idol" canta uma versão macarrônica da canção "Without you", de Mariah Carey. A letra claramente inventada, no melhor estilo de cantor de churrascaria ("I can't live if living is without you" virou "Ken Lee tulibu dibu dáuchu"), faz até os apresentadores do programa caírem na gargalhada.

A primeira gravação da performance, batizada de "Ken Lee", foi publicada no Youtube no dia 10 de fevereiro. Daí para frente, até a própria Mariah Carey comentou a interpretação da aspirante a cantora Valentina Hasan. Valentina acabou fazendo mais sucesso na Bulgária - e no mundo, por que não? - que os vencedores do concurso na TV.

Foto: Divulgação

Letras trocadas deixam clipes antigos mais 'literais'.

Vídeos literais
Essa começou em outubro, com base em uma versão do clipe de "Take on me", sucesso da banda A-ha nos anos 80. O artista americano Dustin McLean trocou a letra da música por uma que simplesmente narrava o que acontecia no clipe. Parece fácil, mas é trabalhoso - tanto que até hoje poucas pessoas que resolveram seguir a idéia conseguiram criar clipes com a mesma qualidade do original.

Entre as novas versões, destaque para "Head over heels" e "Under the bridge", também feitas por McLean, e "I still Haven't found what I'm looking for".


Foto: Reprodução

'Pegadinha' impagável irritou muitos internautas.

Rickrolling
Difícil conhecer internauta que nunca tenha clicado em um link imaginando estar prestes a ler um texto interessante ou ver um vídeo inédito, e acabe surpreendido pelo vídeo da música "Never gonna give you up", de Rick Astley. Irritante demais, não é?

É verdade que o trote começou no ano passado, mas ele se espalhou para toda a internet no início de março de 2008. A piada nasceu no fórum 4chan, considerado o "ground zero" da cultura inútil da internet ocidental, em abril de 2007.

No ano seguinte, começou a tomar volume, até que, no dia 1º de abril, virou "mainstream": o Youtube decidiu "brincar" com seus internautas, enviando todos os links de sua página inicial para o fatídico clipe dos anos 80.

O "Rickrolling" ultrapassou as fronteiras da internet, tornando-se uma piada em eventos como jogos de beisebol nos EUA, eleições de clipe do ano na MTV européia e até na parada do dia de Ação de Graças em Nova York.

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FAIL: celebrando o fracasso alheio.

A simplicidade é o segredo deste "meme", que consiste basicamente em imagens indicativas do "fracasso" de uma ou mais pessoas em qualquer atividade, acompanhadas do termo "FAIL".

Não é um "meme" novo. Há registros do uso do termo em imagens cômicas ou conversas em fóruns na rede já em 2003.

"Fail", no entanto, foi impulsionado pela criação, em março, do FAIL Blog. A página coleciona vídeos ou fotos de fracassos - ou até desastres - com legendas simples.

Algumas criações têm gosto questionável, mas o fato é que "FAIL" ou "EPIC FAIL" (fracasso épico) entraram no vocabulário dos internautas neste ano.



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Clipe do 'Weezer' faz homenagem aos 'memes' do passado.

'Pork and beans'
Um vídeo sobre as modinhas da web só poderia acabar em modinha mesmo. O vídeo da banda americana Weezer - muito bem feito, por sinal - cita diversos memes dos últimos anos da internet, como "Chocolate rain", "Coca com Mentos" e o eterno clássico "All your base are belong to us".

O "Fantástico", da TV Globo, produziu uma versão de "Pork and beans" com as celebridades da internet brasileira. Participam do clipe a banda NX Zero, o ator Guilherme Zaiden (de "Confissões de um emo"), os dançarinos da "Dança do quadrado" e a nutricionista Ruth Lemos, aquela do "sanduíche-iche-iche".

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Bush vira 'Matrix' para fugir de sapato voador.

E não é que, no apagar das luzes de 2008, um fato político gerou um dos memes mais engraçados do ano?

Horas após o jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi atirar seus calçados contra o presidente George W. Bush, no dia 14 de dezembro, a internet já fervia com imagens parodiando o ocorrido. O fato virou até game.

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Cersibon: 'comofas?'

Cersibon
O único meme genuinamente brasileiro a entrar na lista. Minimalista, com traços toscos e linguagem baseada nos chats da rede, Cersibon foi uma tirinha publicada no primeiro semestre do ano pelo designer Rafael Madeira.

Boa parte das piadas parecem não fazer sentido, e só têm graça levando em conta que estão escritas em "tiopês", espécie de "dialeto" que une o português aos erros de digitação comuns na internet.

Você pode até não gostar, mas o fato é que Cersibon incluiu expressões como "comofas?" e "vaza de cócoras" no vocabulário dos webmaníacos, além de ter gerado uma onda de blogs semelhantes. Os melhores "filhos" da criação de Madeira são o Zezuis, que satiriza histórias da Bíblia, e o Pornibon, com temas mais adultos.

'Seita' virtual exige que internautas tirem fotos com a cabeça dentro de geladeira

Imagens são identificadas apenas por um número misterioso: 241543903.
Nos últimos dias, centenas de pessoas repetiram pose bizarra.
Foto: Creative Commons

Procure por '241543903' no Google: o resultado são imagens como essa.

Uma sequência aparentemente aleatória de algarismos, no melhor estilo "Lost", batiza uma das mais recentes - e estranhas - manias da internet. Quem procura pelo número "241543903" no Google encontra diversas imagens de pessoas "esfriando a cabeça" na geladeira.

O bizarro movimento é onipresente: já há referências ao código "secreto" nas redes sociais do momento, como Twitter e Facebook, além de tags em serviços de foto como o Flickr, em blogs e sites de compartilhamento de links.

A "seita virtual" foi criada pelo artista californiano David Horvitz, que publicou a primeira foto no Flickr no dia 9 de abril. No dia seguinte, Horvitz divulgou o "manifesto" em seu blog: "tire uma foto de sua cabeça dentro do freezer. Publique a foto na internet. Marque o arquivo com o número 24154903. A ideia é que se você procurar por essa etiqueta críptica, todas as fotos de cabeças no freezer vão aparecer. Eu acabei de publicar uma".

Sem grande divulgação, o projeto ficou dormente até a última quarta-feira (22), quando blogs americanos publicaram notas sobre a sequencia de algarismos. Em dois dias, o já conhecido poder de disseminação das modas na internet fez com que outras duzentas imagens semelhantes fossem parar na rede.

Esse fenômeno de reprodução na rede é batizado de "meme", uma analogia ao conceito criado pelo zoólogo Richard Dawkins para explicar a disseminação de pensamentos, idéias e produtos culturais. "A vida é um esporte no qual você não é apenas um espectador. O legal é participar e se divertir", explica Horvitz, o criador do "24154903", em seu blog.


Não é a primeira vez que Horvitz utiliza a internet para propagar modas curiosas. Em 2008, ele conseguiu financiar uma viagem ao redor do mundo apenas propondo que internautas pagassem para ele tirar fotos personalizadas. No ano anterior, ele blogou um dia viajando por todas as linhas do metrô de Nova York.

Foto: Creative Commons

David Horvitz, criador da 'seita', posa com a cabeça dentro do freezer na primeira foto '241543903'.