Documentário traz de volta a saudosa TV Manchete - Confira o Teaser

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Novo Mortal Kombat é banido na Austrália

Notícia do site Tech Tudo

A polêmica da violência nos videogames ganhou um triste capítulo hoje. Devido à falta de uma política que destaque adequadamente a classificação e a distribuição de jogos adultos, os jogadores da Austrália não poderão comprar no país, para nenhum console, o novo Mortal Kombat.

"Get ouver here!" (Foto: Divulgação)"Get over here!"

Um dos games mais aguardados do ano, pela expectativa de recriar a jogabilidade que fez tanto sucesso nas primeiras edições, recebeu o selo de “Classificação Recusada” pela Junta de Classificação Australiana, que regulamenta o conteúdo de diversas mídias.

O relatório da Junta de Classificação faz diversas observações sobre “violência explícita”, “sangue espirrando” e “desmembramentos sucessivos” durante os fatalities, e que não foi possível incluir o jogo dentro da classificação máxima permitida, que é para maiores de 15 anos.

Mortal Kombat não será lançado oficialmente no país, e o varejo australiano recebeu a ordem de remover de suas lojas toda e qualquer referência ao jogo, incluindo placas e displays, assim como cancelar todas as pré-compras realizadas dentro do território.

A Warner Bros. Interactive Entertainment, distribuidora internacional do jogo, liberou uma declaração oficial:

“Estamos extremamente desapontados que Mortal Kombat, uma das mais antigas e bem-sucedidas franquias de videogame, não estará disponível para os jogadores adultos da Austrália.

A WBIE não vende conteúdo adulto onde não encontra audiência apropriada. Nós entendemos que nem todo conteúdo é adequado para todos os públicos, mas existe um público para conteúdo adulto em games e faria mais sentido a criação de uma classificação restrita a maiores de 18 anos na Austrália. A WBIE está revisando todas as opções disponíveis no momento.“

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Mulher exposta em banho na web vai entrar na Justiça

Notícia do site do Programa "Fantástico", veiculado aos domingos na TV GLOBO

http://s.glbimg.com/en/hm/f/original/2011/02/20/filmada.jpg

A balconista Viviane Oliveira estava tomando banho no banheiro da lanchonete onde trabalhava quando percebeu que uma câmera de celular estava registrando tudo.

Você sai na rua e, de repente, alguém te filma. E quando você menos espera, sua imagem está circulando na internet. Isso tem acontecido com muita frequência. Como se defender dessa invasão de privacidade?

Mogi das Cruzes, São Paulo. Uma cidade monitorada por câmeras. Como por ironia, foi lá que um celular registrou os cinco segundos, que mudaram a vida da balconista Viviane Oliveira.

Eu não vi quem era. Eu só vi um aparelho. Eu não vi a pessoa”, diz.

Segundo ela, o vídeo foi feito no ano passado enquanto usava o banheiro exclusivo para funcionários da lanchonete em que trabalhava.

“Foi muito rápido, sabe? Fui esquivar a cabeça, e vi. E eu gritei e a pessoa já correu, porque eu escutei a pessoa correndo e o aparelho saiu assim de imediato”, lembra.
No começo deste ano, outro susto.

“’Mãe, vem cá que eu tenho uma coisa para te mostrar. Vem ver o que eu achei na internet’”, conta. A filha de Viviane tem 11 anos. “Ela clicou e começou a mostrar o vídeo. Era eu mesmo tomando banho. As pessoas que viram não sabem que fizeram de maldade comigo, que agiram de má fé. Elas levam para o outro lado, elas acham que eu estava me exibindo e não é verdade isso”, afirma. “Eu nunca fui atrás de ser famosa, nunca”, garante Viviane.

Imagina que você está andando na rua e de repente você é imortalizado, sem querer, na internet. Isso já aconteceu com muita gente flagrada pelo serviço - que tira fotos de ruas de todo o mundo e joga na rede. E fez flagrantes curiosos até aqui no Brasil.
Para o responsável pelo serviço, como as imagens são captadas em locais públicos e as pessoas aparecem com o rosto borrado, não há invasão de privacidade.

Agora, imagina se um celular anônimo rouba uma imagem que você não queria. E depois esse vídeo é postado. E pior, sem nem se preocupar em esconder a identidade da pessoa. No Brasil, cada vez mais pessoas procuram na ONG Safernet, especializada em direito virtual.

“Uma média de 50 relatos mensais de pessoas pedindo diretamente ajuda: ‘eu não sei o que fazer, eu estou desesperado, tem um vídeo meu circulando na internet’”, revela Rodrigo Nejm.

Quanto tempo dura um vexame na internet? Você deve ter visto um vídeo que bombou no ano passado. A gente chegou inclusive a mostrá-lo no Fantástico. Vivian chamou a Juliana até a casa dela dizendo que estava tendo um relacionamento com o marido dela, ou seja, um caso de traição. O vídeo terminou em agressão, foi tudo filmado com uma câmera escondida e foi parar na internet.

“Jamais falei em nenhuma hipótese desse assunto com ninguém. Minha vida mudou totalmente. Onde eu apareça, eu sou alvo de boatos, de comentários. Então, eu para não passar certas chateações, eu evito aparecer em certos lugares”, conta Juliana.

Viviane, flagrada no banho, vai acionar a Justiça. Para isso, seguiu um passo a passo recomendado por especialistas: gravou a cena em que apareceu na internet. Fez um boletim de ocorrência na delegacia. E procurou um advogado.

Ele pretende processar também a empresa onde as cenas teriam sido gravadas. Em nota, a lanchonete disse que desconhecia o vídeo e que não há comprovações de que a filmagem foi feita dentro da loja. Uma perícia deverá ser feita no local, segundo a polícia.

“Houve efetivamente uma invasão de privacidade. Porque aquelas imagens divulgadas da maneira que o foram é criminosa”, argumenta o advogado de Viviane José Beraldo.
O site que hospeda o vídeo não é responsabilizado se ele retira o material do ar assim que solicitado. Mas e quem continua disseminando o vídeo?

“Todo mundo que publicar algo não autorizado está sujeito a responder, civil e criminal”, diz a advogada especialista em direito digital Patrícia Peck.

Limpar a reputação digital não é fácil.

“Vão se passar dez, 15, 30 anos. Daqui todos esses anos eu sei que o vídeo vai estar lá”, lamenta Juliana.

“Eu vou descobrir quem é. A pessoa de alguma forma vai pagar pelo que fez porque isso não se faz com ninguém”, promete.