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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Presidente da CBV nega crise no vôlei feminino: ‘Lamento, mas a fila anda’

Ary Graça afirma que já foi procurado por novos patrocinadores interessados em entrar na Superliga: 'Tenho opções firmes’
Julyana Travaglia/GLOBOESPORTE.COM

Ary Graça: 'O fim do Osasco é um fato consumado. Lamento, mas o mundo continua'

Dois dias após o anúncio do fim do time adulto do Osasco, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, garantiu que foi procurado por empresas com interesse em patrocinar equipes da Superliga. Segundo o dirigente, a palavra crise não pode ser usada para diagnosticar a situação do campeonato.

- O fim do Osasco é um fato consumado. Eu lamento, mas o mundo continua. A fila anda. Eu não diria que há muita procura dos patrocinadores, mas tenho opções firmes. Eu esperava que viessem falar comigo só daqui a um mês ou dois, mas o segundo dia teve movimentações enormes. Alguns já vieram me perguntar quanto custa, como faz para entrar - disse o presidente ao GLOBOESPORTE.COM na sede da CBV.

Ary Graça citou que há interesse de um clube do Rio de Janeiro e de uma prefeitura de São Paulo para entrar na próxima edição da Superliga. Segundo ele, estes já estariam "mais ou menos acertados". Quanto à possibilidade de o Botafogo adotar o elenco do Osasco, o presidente desconversou.

- Eu diria que você, de repente, está atirando no que vê e acertando no que não vê - afirmou.

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    A palavra desemprego é totalmente inadequada (Ary Graça)"

Questionado sobre a entrada de outros clubes do Rio na Superliga Masculina, o dirigente voltou à pergunta inicial.

- Por que não pode ser o Botafogo?

Após ouvir que o próprio coordenador de esportes olímpicos do Alvinegro, Miguel Ângelo da Luz, teria dito que estaria negociando apenas com o vôlei feminino, Ary Graça ficou em silêncio por um momento e depois retrucou.

- Vamos ver o que acontece no futuro. Precisamos primeiro confirmar as coisas para não errar o tiro. Vamos esperar um pouquinho.

Desemprego não é opção

Com o fim do Osasco e a saída do principal patrocinador do Brusque, as opções de equipes de alto nível para as jogadoras brasileiras se reduziram. Porém, Ary Graça acredita que não há motivo para pânico.

- A palavra desemprego é totalmente inadequada, porque nesse período que encerra a Superliga, as atletas estão saindo de férias. Elas estão desempregadas porque essa fase do ano é destinada a negociações. Daqui a dois ou três meses, as coisas se acertam. A vida inteira foi assim. Como o vôlei não paga por mês, mas por temporada, ninguém se prejudica em nada - disse o presidente.


Sobre o ranking de pontuação das atletas, outro fator que pode movimentar o mundo do vôlei, o dirigente afirmou que terá uma reunião na próxima segunda-feira para discutir este e outros assuntos com o Comitê Estratégico, formado pelos presidentes dos clubes e dirigentes da CBV.

Criado pela confederação, o sistema de pontos distribui uma cotação variável que vai de um a sete para cada jogador, com base em sua carreira e em seu desempenho nas últimas temporadas. As equipes podem inscrever, no máximo, dois atletas de nível sete.

- Os presidentes dos clubes que decidem o que fazer. Eu não voto, eu veto. Eles irão decidir se querem fazer uma mudança ou não. Eu, pessoalmente, acho que é muito prematuro fazer qualquer alteração no sistema. Para mim, esperaria um pouco. Mas vamos ver se eles estabelecem um ranking da conveniência dos jogadores para que fiquem no Brasil.

Sobre a possível evasão das atletas para o exterior, Ary Graça não acredita que deverá acontecer.

- Vamos encarar as coisas de uma forma pragmática, isso é mercado. Mas eu acredito que lá fora a crise é maior que a nossa. Então, acho que poucas devem sair, podem ficar por aqui mesmo.

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