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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Chá erótico vira ‘Clube da Luluzinha’ para paulistanas

Nos encontros, mulheres experimentam diversos acessórios eróticos.
Homens e crianças são vetados nas reuniões.
Foto: Claudia Silveira/G1

A personal sex trainer Fernanda Rocha realiza chás eróticos há seis meses em SP

As paulistanas descobriram uma nova forma de se divertir com as amigas: o chá erótico. Em vez de camomila, boldo ou erva cidreira, os ingredientes do encontro são produtos como Sexy Pen, Retargel, Butterfly Stimulator e Uh La La. Quem traduz o que significa cada um desses nomes às participantes do chá é a personal sex trainer, profissional que surgiu há pouco tempo no mercado e que compartilha os seus conhecimentos durante as reuniões femininas nas quais o principal assunto é sexo.

No mais recente encontro promovido pela personal sex trainer Fernanda Rocha, na Zona Sul de São Paulo, ela apresentou à mulherada os vários tipos de vibradores existentes no mercado, os diversos géis que esfriam, esquentam, contraem a musculatura genital e prometem até retardar a ejaculação.

“A idéia é explicar para que servem esses produtos, quais sensações eles proporcionam e como podem ser utilizados”, conta Fernanda, que vende os brinquedos eróticos e passou a oferecer o chá há seis meses. O último realizado foi em sua casa mesmo, de onde ela ‘expulsou’ o marido e abriu as portas para oito mulheres, com idade variando entre 22 anos e 48 anos.

“O chá erótico virou um sucesso porque as mulheres perceberam que dá para ficar muito mais à vontade experimentando os produtos na casa das amigas do que em uma sex shop, onde é comum elas sentirem vergonha. Muitas nem vão a esses lugares”, afirma.

Foto: Claudia Silveira/G1

A dona-de-casa Olívia Lopes (centro) participou do chá erótico com a nora Andressa (à esq.) e a filha Thaís (à dir.)

Esse é o caso da dona-de-casa Olívia Lopes, de 48 anos, mãe de seis filhos. “Eu nem sabia que existia tanto apetrecho”, dispara, aos risos, diante de uma mesa repleta de acessórios eróticos de várias cores e tamanhos. Olívia conta que nunca entrou em uma sex shop e que participou do chá para acompanhar a filha Thaís Lopes e a nora Andresa Perasi, ambas de 27 anos.

Apesar de já ter entrado em uma sex shop, a operadora de telemarketing Thaís conta que não aproveitou a visita. “Fiquei com vergonha e saí de lá rapidinho”, relembra. Movida pela curiosidade, Thaís não perdeu a oportunidade de olhar de perto todos os acessórios apresentados pela personal sex trainer.

Test drive

Como a ideia do encontro é conhecer e experimentar o maior número de brinquedinhos possível, os vibradores, por exemplo, são apresentados com pilha e funcionando. A dica dada para quem queria saber se iria gostar do aparelhinho ou não foi testar a potência do vibrador na ponta do nariz: se doesse ou incomodasse, nem adiantava levar para casa porque ele vai ficar encostado na gaveta.

Durante o chá erótico, as participantes conheceram a borboleta de silicone que, na verdade, vibra e funciona como um estimuladorA liberdade para test drive se estende também para os géis e estimuladores clitorianos, que fizeram sucesso entre a mulherada e passaram de mão em mão. Um vibrador à prova d'água e outro modelo high tech - custando cerca de R$ 150 e com várias opções de velocidade - foram os queridinhos do encontro.

Compras

Apesar do assunto sexo rolar solto durante o chá erótico, Fernanda conta que é comum as mulheres, ainda assim, ficarem com vergonha de levar os brinquedinhos para casa logo após o chá terminar. “Muitas me procuram depois para fazer encomendas. Já teve encontro em que amigas próximas foram juntas e logo depois uma me ligou querendo comprar”, conta.

A personal sex trainer diz que não cobra para participar dos encontros e que leva os produtos aos chás sem compromisso. A exigência é apenas que os grupos sejam pequenos, com, no máximo, dez, 15 mulheres. “Assim, o encontro fica mais íntimo e descontraído.”

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