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sábado, 21 de março de 2009

MEMÓRIA DA TV - ARTISTAS: REGINA CASÉ

Regina Casé programa Central da periferia. 2006. Zé Paulo Cardeal/ TV Globo.

Regina Maria Barreto Casé nasceu em 25 de fevereiro de 1954, no Rio de Janeiro, filha do ator e diretor de TV Geraldo Casé e de Heleida Barreto Casé. É neta do radialista Ademar Casé. Aos 20 anos, fundou com Hamilton Vaz Pereira, Jorge Alberto Soares, Luiz Arthur Peixoto e Daniel Dantas o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, que movimentou o cenário cultural carioca na década de 1970. Entre os trabalhos do grupo, destacam-se a adaptação de O inspetor geral, de Nikolai Gogol, feita em 1974, e que rendeu o Prêmio Governador do Estado de atriz revelação à Regina Casé, e a peça Trate-me Leão (1977), de Hamilton Vaz Pereira, pela qual recebeu o Prêmio Molière.

Regina Casé na novela Cambalacho. 1986. Bazilio Calazans/ TV Globo.

Ainda na década de 1970, Regina Casé fez sua estréia no cinema, participando do filme Chuvas de verão (1978), de Cacá Diegues. Começava assim uma carreira que inclui atuações em clássicos do cinema brasileiro como Eu te amo (1981), de Arnaldo Jabor; Os sete gatinhos (1980), de Neville de Almeida; O segredo da múmia (1982), de Ivan Cardoso; e Marvada carne (1985), de André Klotzel. Regina Casé também atuou nos filmes Cinema falado (1986), de Caetano Veloso; Luar sobre Parador (1988), de Paul Mazursky; O grande mentecapto (1989), de Oswaldo Caldeira; e Eu, tu, eles (2001), de Andrucha Waddington.

Regina Casé no humorístico TV Pirata. 1988. Bazilio Calazans/ TV Globo.

Sua estréia na televisão aconteceu na TV Globo, em 1983, com uma participação especial como Carlotinha Bimbati no último capítulo da novela Guerra dos sexos, de Silvio de Abreu. Naquele ano, trabalhou ainda no seriado infantil Sítio do picapau amarelo, então dirigido por seu pai, Geraldo Casé. No ano seguinte, integrou o elenco de Vereda tropical (1984), de Carlos Lombardi, no papel da apaixonada Clotilde, e participou do infantil Plunct, plact, zuuum II (1984), interpretando a madrasta da personagem Marinela, vivida por Marinela Graça Mello.

Regina Casé no humorístico Programa legal. 1992. Frame de vídeo /titularidade TV Globo.

Também nessa época, fez parte do elenco do humorístico Chico Anysio show, atuando ao lado do consagrado humorista em quadros como o da repórter Neide Taubaté. Em 1986 veio seu primeiro personagem de grande sucesso em telenovelas da TV Globo, a Albertina Pimenta, ou simplesmente Tina Pepper, de Cambalacho (1986), escrita por Silvio de Abreu. Tina Pepper foi criada especialmente para a atriz e fez tanto sucesso que Regina Casé chegou a se apresentar com a personagem no Cassino do Chacrinha (1982).
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Regina Casé integrou o elenco do TV Pirata, humorístico criado em 1988 com a proposta de satirizar a própria televisão. O programa fez grande sucesso e representou uma renovação do gênero. Além de Regina Casé, o elenco inicial contava com Cláudia Raia, Cristina Pereira, Débora Bloch, Diogo Vilela, Guilherme Karam, Louise Cardoso, Luiz Fernando Guimarães, Marco Nanini e Ney Latorraca, todos se revezando em vários personagens, sob a direção de Guel Arraes. A equipe de criação reunia Mauro Rasi, Luiz Fernando Verissimo, Vicente Pereira, Patricya Travassos, Felipe Pinheiro, Pedro Cardoso, Cláudio Paiva e os redatores dos periódicos Planeta diário e Casseta popular, que mais tarde comandariam outro programa humorístico de sucesso na TV Globo, o Casseta & Planeta, urgente!
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Em abril de 1991, estreou o Programa legal, comandado por Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães, com direção de Guel Arraes e Belisário Franca. Idealizado por Regina Casé e pelo antropólogo Hermano Vianna, o programa misturava documentário, ficção e humor, e ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) na categoria Humor. Na mesma época, Regina Casé atuava no teatro com a peça Nardja Zulpério, monólogo escrito por Hamilton Vaz Pereira e que ficou em cartaz durante cinco anos.
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Em 1992 foi eleita a melhor comediante do ano pelo júri do Troféu Imprensa, realizado pelo SBT, que também premiou o Programa legal como melhor humorístico da televisão. Apesar da grande repercussão, o programa deixou de ser produzido em dezembro daquele mesmo ano. Sua equipe, porém, passaria a produzir o quadro Na geral, exibido pelo Fantástico a partir de 1994. Em dezembro do mesmo ano, a TV Globo transmitiu o especial Brasil legal, que seria a atração seguinte comandada por Regina Casé na emissora.
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O Brasil legal estreou em maio de 1995. Com o programa, Regina Casé viajava o país para mostrar lugares e tipos interessantes ou inusitados, quase sempre anônimos. Criado pelo núcleo de produção do diretor Guel Arraes com o objetivo de explorar a verve humorística da atriz, acabou se tornando uma espécie de documentário semanal de costumes e incluía também viagens ao exterior. O programa foi dirigido por diferentes nomes, como Sandra Kogut, João Alegria, Luis Felipe de Sá, Alberto Renault e Estevão Ciavatta. Pela redação do Brasil legal passaram Pedro Cardoso, Cláudio Paiva, Jorge Furtado, Hermano Vianna, Guel Arraes, entre outros.
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Em 1997, fez uma participação no quadro Vida ao vivo show, apresentado no Fantástico por Luiz Fernando Guimarães e Pedro Cardoso, que daria origem ao programa exibido pela TV Globo entre 1998 a 1999. O término do Brasil legal, em 1998, foi imediatamente seguido da estréia de Muvuca, programa semanal comandado por Regina Casé e produzido pelo núcleo Guel Arraes.
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Muvuca misturava talk-show e reportagens especiais, unindo pessoas de diferentes universos. Famosos e anônimos eram convidados a participarem juntos do mesmo programa. Produzido, gravado e editado em uma casa de 200 m2 no alto do Humaitá, bairro na zona sul do Rio de Janeiro, Muvuca tinha como característica a espontaneidade e informalidade, marcas da apresentadora. Não havia um tema definido por programa, nem um roteiro fixo. A edição final aproveitava as situações mais espontâneas e as melhores informações dos entrevistados.
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Depois de 15 anos sem atuar em novelas, Regina Casé voltou como a Rosalva Rocha de As filhas da mãe (2001), escrita por Silvio de Abreu, Alcides Nogueira e Bosco Brasil, com a colaboração de Sandra Louzada. O elenco da novela tinha também Fernanda Montenegro, Raul Cortez, Francisco Cuoco, Tony Ramos, Cláudia Ohana, Andréa Beltrão, Cláudia Raia e Thiago Lacerda, entre outros.
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No ano 2002, Regina Casé fez sua estréia como autora e diretora de televisão, ao lado do diretor Fernando Meirelles, com o episódio Uólace e João Victor, que deu origem ao seriado Cidade dos homens (2002). Estrelado pela dupla de atores Darlan Cunha e Douglas Silva, no papel de Laranjinha e Acerola, o seriado mostrava o cotidiano de dois meninos numa favela carioca e teve outros três episódios assinados por Regina Casé: Tem que ser agora (2003), Pais e filhos (2004) e As aparências enganam (2005).
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Ao longo de sua trajetória na TV Globo, Regina Casé também participou de programas especiais da emissora, como a comemoração dos 25 anos de Os trapalhões, em 1991, e o show anual de Roberto Carlos, em dezembro de 1993, em que representou uma tiete do cantor.

As experiências do Programa legal e do Brasil legal geraram séries educativas, como o Escola legal, dentro do projeto Tele Escola (1996), da Fundação Roberto Marinho, e o Histórias do Brasil legal (1998), para o Canal Futura. A partir de 2001, também para o Futura, Regina Casé e o diretor Estevão Ciavatta, com quem a atriz se casou em 1999, passaram a produzir o programa Um pé de quê?, contando histórias sobre as origens e as características de diversas árvores.

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Também em 2001, Regina Casé apresentou Que história é essa?, especial de fim de ano exibido pelo Canal Futura, no qual abordava histórias ocorridas com pessoas comuns, noticiadas no mesmo dia de acontecimentos históricos. Com parte de sua ação ambientada na Biblioteca Nacional, o especial voltou a ser produzido em dezembro de 2002, quando foi exibido no Fantástico.
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Em 2003, Regina Casé apresentou Cena aberta, de Jorge Furtado, Guel Arraes e da própria Regina, programa produzido pela TV Globo em parceira com a Casa de Cinema, de Porto Alegre. O programa ganhou Menção Especial no Festival Tout Écran, competição Internacional de Filmes e Televisão, na Suíça. A série de quatro episódios foi premiada na categoria Séries, Coleções e Dramas de Longa Metragem. Também levou o prêmio de melhor programa de televisão da Associação Paulista de Críticos de Arte. Em 2004, esteve à frente de São Paulo de Piratininga, série de reportagens exibida pelo Fantástico em comemoração pelos 450 anos de fundação da cidade.
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Durante o ano de 2006, Regina Casé comandou um programa de auditório ao ar livre, o Central da periferia, voltado exclusivamente para a produção cultural das regiões menos favorecidas do país. A mesma equipe de produção do Central da periferia era responsável pelo quadro Minha periferia, exibido semanalmente, aos domingos, no Fantástico. Ainda em 2006, atuou pela primeira vez em uma minissérie, Amazônia – De Galvez a Chico Mendes, de Glória Perez, no papel da parteira Maria Ninfa.

Em 2007, com a série de reportagens Minha periferia é o mundo, voltou a apresentar um quadro no Fantástico, focalizando a vida e a produção cultural na periferia dos grandes centros urbanos, agora não só do Brasil, mas do mundo.

Regina Casé é mãe de Benedita, fruto do casamento com o artista plástico Luiz Zerbini.

Em 2.009 foi tema de carnaval.

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