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domingo, 8 de março de 2009

Bancoc é centro de negócios e de turismo cultural e religioso, além de passagem obrigatória para as belas ilhas da Tailândia




Bancoc é centro econômico, político, cultural e religioso da Tailândia. A cidade, que mistura tradição e modernidade, oferece vida noturna intensa, templos budistas e palácios majestosos, mercados flutuantes, artesanato rico, prédios "high-tech", shows eróticos, massagens e spas de beleza de primeira linha. Localizada na região central do país, a capital da Tailândia é passagem para Phuket e Ko Phi Phi - belas ilhas de areia branca e água cristalina do sul asiático.

Quem visita Bancoc se surpreende com a hospitalidade do povo e com a vibração da cidade. Sua atmosfera é comparável a de metrópoles como São Paulo e Nova York - centros de gastronomia e entretenimento que nunca param.

Em todas as esquinas, vêem-se monges budistas, tuk-tuks (triciclos com carroceria que servem como táxis), mercados populares, barracas de comida e de bugigangas, máscaras de Buda, thai puppets (fantoches), fotografias da família real e turistas de todas as partes do mundo. A cidade, que está na segunda posição do ranking das que mais recebem visitantes no globo, tem cerca de 11 milhões de turistas ao ano, logo depois da campeã Londres (16 milhões), segundo pesquisa da empresa de análise econômica Euromonitor International.

Com nove milhões de habitantes, a cidade tem um trânsito tão caótico quanto o de São Paulo. O tráfego preferencial e a direção dos carros são do lado direito, como na Grã-Bretanha. Para dirigir em Bancoc, turistas estrangeiros precisam apresentar carteira de motorista internacional e ter muita paciência. Os engarrafamentos são comuns em toda a cidade, e, especialmente nos horários de chegada e de saída do trabalho, motoristas podem ficar parados em enormes filas de carros por mais de uma hora.

Bancoc oferece linhas de metrô subterrâneo e superficial, ônibus comuns e com ar-condicionado, cerca de 30 mil táxis e tuk-tuks, milhares de motocicletas e centenas de barcos e ferryboats que percorrem o Chao Phraya River - maior rio da Tailândia, com 370 quilômetros de extensão, 150 metros de largura e 15 metros de profundidade. O rio corta toda a cidade. Tailandeses e turistas usam os serviços do Chao Phraya Express Boat para ir de um bairro a outro, a preços semelhantes ao de uma passagem de ônibus.

Entretenimento é o que não falta na capital tailandesa, e há programas para todos os gostos - shows eróticos, go-go girls, apresentações de fantoches tradicionais, lutas de boxe tailandês, pubs, casas de karaokê gay, danceterias, mercados noturnos, passeios de barco e cruzeiros para belas praias.

AS MUITAS FACES DE BANCOC
Christianne González/UOL
Tailandês cuida dos jardins do Grand Palace
Christianne González/UOL
Mercado flutuante vende de tudo
Christianne González/UOL
Luta de boxe tailandês pode ser vista nas ruas e no Lumpini Stadium
Christianne González/UOL
Cerimônia de casamento tailandês
GD DE BANCOC
FOTOS DA CAPITAL TAILANDESA
COMO CHEGAR
Preços baixos

De sedas a jóias, quase tudo na cidade pode parecer pechincha aos olhos ocidentais. Grandes mercados populares, como o Chatuchak e o Float Market, não deixam passar imune nem mesmo o mais parco dos turistas.

Boas refeições com bebida podem ser adquiridas por menos de 350 Bahts - moeda local. Uma sessão de massagem de uma hora custa ainda menos do que as refeições. Museus, teatros, táxis e artesanato ficam no mesmo patamar. Para gastar muito dinheiro em Bancoc só mesmo recorrendo aos serviços de alto luxo - refeições e spas nos hotéis, pedras preciosas, pubs da moda, casas de show erótico, restaurantes de hotel e cruzeiros pelas ilhas Phuket e Ko Phi Phi, ao sul do país.

Além de aproveitar a vida noturna e a gastronomia, quem vai a Bancoc tem de visitar o Grand Palace e pelo menos três dos seus cerca de 400 templos budistas - Wat Phra Kaeo (Templo do Buda de Esmeralda), o Wat Pho (Templo do Buda Deitado) e o Wat Arun (Templo de Dawn). Além de ter um sentido religioso, as visitas mostram exemplares da mais bela arquitetura real tailandesa.

Também não se pode deixar a cidade sem experimentar uma tradicional thai massage, uma noodle soup (sopa tradicional, feita com massa de arroz, legumes, frango ou camarão), uma travessia pelo Chao Phraya River e um passeio de canoa pelo mercado flutuante. Quem tem curiosidade e estômago deve provar formigas e grilos fritos, à venda nas feiras livres e barracas de rua. Turistas que não se importam de acordar cedo devem visitar o mercado de flores, que lota a partir das 7h.

Desde o final dos anos 1990, a cidade tem sido procurada por estrangeiros em busca de cirurgia transexual, o que faz de Bancoc um dos maiores centros asiáticos desse tipo de intervenção médica.

Limpeza e segurança

Assim como nas grandes cidades brasileiras, Bancoc apresenta dois tipos de cenário - um sujo e pobre, e outro de espigões e torres de luxo. Pobreza e riqueza se dividem pelos cerca de 50 distritos da metrópole. Apesar de suja, a cidade impõe multas pesadas para quem joga lixo nas ruas. Turistas devem levar sacos plásticos nas bolsas, já que não é fácil encontrar latas de lixo em locais públicos.

É seguro perambular pela cidade a qualquer hora. Apesar de a Tailândia ter uma renda per capita menor do que a do Brasil e a do México, Bancoc não tem índices de violência urbana significativos. Também não abriga mendigos ou moradores de rua.

Os Skytrains e a única linha de metrô subterrâneo da cidade oferecem bons serviços, mas não funcionam 24 horas. A frota que roda o dia inteiro é velha e desconfortável. Por causa dos preços baixos, muitos turistas preferem trafegar de táxis ou de tuk-tuks, que são ótimos em horários de engarrafamento. Nesse caso, vale negociar com o motorista, porque os tuk-tuks não se submetem a tabelas de preços.

Clima e etiqueta

A cidade tem clima quente e úmido, com temperaturas que variam de 23 (mínima/janeiro) a 35 graus centígrados (máxima/abril). Apesar do calor e da umidade relativa do ar batendo em 77%, não se pode deixar de lado as calças compridas, saias e vestidos longos.

Nos locais em que os tailandeses consideram sagrados, especialmente no Palácio Real e no Templo do Buda de Esmeralda, saias e calças acima do tornozelo não são permitidas. Decotes exagerados também devem ser evitados. Para as mulheres, uma boa opção é levar uma canga na bolsa. Pode ser usada como saia ou xale.

A melhor época para visitar Bancoc é de novembro a fevereiro, quando as temperaturas são mais amenas e não há mais risco de chuva. Quem escolhe os meses de agosto e setembro para fazer a viagem deve levar guarda-chuva e agasalho impermeável.

Fotografias da família real estão expostas por toda a Tailândia. Apesar de o poder político se concentrar oficialmente no primeiro-ministro Somchai Wongsawat, o rei Bhumibol Adulyadej é adorado pelo povo e só é menos reverenciado do que Buda. Convém evitar piadas e brincadeiras com os monarcas. As imagens de Buda em qualquer forma e tamanho também são sagradas no país.

Turistas irritados com os serviços devem pedir com calma o que desejam. Além de sinais de falta de autocontrole, as demonstrações de irritação ou explosões de raiva em público não intimidam os tailandeses.

História

Bancoc ganhou o status de capital em 1868, mas só passou a sediar a administração do governo em 1782, quando a família real mudou sua residência de Thonburi, do lado oeste do Chao Phraya River, para a margem oposta.

Nos últimos duzentos anos, Bancoc tem sido centro político, social, econômico e cultural da Tailândia e do Sudeste Asiático. Pródiga em canais, já foi conhecida como a Veneza do Oriente, mas hoje se autodenomina nação global e terra do sorriso.

Com 6% de seu PIB (Produto Interno Bruto) originado pelo turismo, a Tailândia sofreu com a passagem de um tsunami em 2006. Ilhas como Phuket e Ko Phi Phi já estão recuperadas e novamente cheias de turistas. Bancoc é passagem obrigatória para brasileiros que desejam visitar esses paraísos tropicais, que ganharam notoriedade internacional com a ajuda do cinema e de Hollywood.

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