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quarta-feira, 11 de março de 2009

MEMÓRIA DA TV - ARTISTAS: TONY RAMOS

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Antônio Carvalho Barbosa nasceu no dia 25 de agosto de 1948, em Arapongas, no Paraná. Ainda criança, mudou-se com a família para São Paulo, onde fez teatro amador e cursou Filosofia na Universidade de São Paulo.

Tony Ramos começou a trabalhar na TV Tupi em 1964, no programa Novos em foco, apresentado pelo jornalista Ribeiro Filho, que promovia testes visando o surgimento de novos atores. Contratado pela emissora, participou do TV de Vanguarda, TV de Comédia e do Grande Teatro Tupi. Nessa época, fez parte também do Teatro Cultura Artística de São Paulo, onde encenava peças infantis.

Sua primeira novela foi A outra, de Walter George Durst, transmitida pela TV Tupi em 1965. Depois disso, trabalhou em diversas novelas da emissora, entre quais: Antônio Maria (1968) e Nino, o italianinho (1969), de Geraldo Vietri; Simplesmente Maria (1970), de Benjamin Cattan, quando fez seu primeiro grande papel, contracenando com Yoná Magalhães; Ídolo de pano (1974), de Teixeira Filho; e A viagem (1975), de Ivani Ribeiro.
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Tony Ramos sempre conciliou seu trabalho na televisão com o teatro, atuando em várias peças, como Quando as máquinas param (1969), de Plínio Marcos, que marcou sua estréia profissional no teatro, ao lado de Walderez de Barros; Rapazes da banda (1969), de Mart Crowley; e Pequenos assassinatos (1971), de Jules Feiffer, quando viveu um travesti.

Foi contratado pela TV Globo em 1977, para viver o jovem ator Paulo Amaral, na novela Espelho mágico, de Lauro César Muniz. Em julho daquele ano, passou a apresentar ao lado da atriz Christiane Torloni o programa Globo de ouro, que estreava nova fase. Em dezembro, começou a trabalhar em O astro, novela de Janete Clair que consolidou a sua popularidade como ator. O seu personagem era Márcio, filho do industrial Salomão Hayala (Dionísio Azevedo). Na trama, pela primeira vez, protagonizou um par romântico, ao lado de Elizabeth Savalla. Os dois voltariam a contracenar, dois anos depois, em Pai herói, outra novela de Janete Clair, na qual interpretou o protagonista André Cajarana.
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Em 1980, Tony Ramos participou de Chega mais, primeiro trabalho do autor Carlos Eduardo Novaes para a televisão. No papel do trambiqueiro Tom, formou um par romântico com Gelly, personagem de Sônia Braga. No ano seguinte, trabalhou na novela Baila comigo, de Manoel Carlos, quando viveu o desafio de representar simultaneamente os gêmeos João Victor e Quinzinho. Por sua atuação, recebeu aplausos da crítica e do público: sem usar maquilagem, o ator recorreu apenas a recursos técnicos de voz, postura e respiração para viver personalidades completamente diferentes.

Em 1982, Tony Ramos viveu o deficiente auditivo Abel, em Sol de verão, outra novela de Manoel Carlos. Para compor seu personagem, o ator pesquisou a realidade dos deficientes auditivos e aprendeu a linguagem dos sinais. Em seguida, participou de Champagne, primeira telenovela escrita por Cassiano Gabus Mendes para o horário das 20h. Na trama, viveu o personagem Nil, namorado de Marli, vivida por Solange Theodoro, que era assediado por Eli, vivida por Lúcia Veríssimo.

No final de 1984, Tony Ramos protagonizou a novela Livre para voar, de Walther Negrão. No papel do misterioso Pardal, o ator trabalhou ao lado de Carla Camurati, Elias Gleizer e Fernando Almeida, que interpretou o personagem mirim Gibi.
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No ano seguinte, Tony Ramos interpretou um dos personagens mais marcantes de sua carreira: o jagunço Riobaldo, de Grande sertão: veredas. Os 25 capítulos da minissérie de Walter George Durst foram gravados em 90 dias, durante os quais cerca de dois mil profissionais se embrenharam no sertão, no esforço de traduzir a obra de Guimarães Rosa para a linguagem televisiva.

Em 1986, Tony Ramos viveu o ambicioso Cristiano Vilhena, no remake de Selva de pedra. Escrita por Janete Clair em 1973, a novela foi adaptada e atualizada por Regina Braga e Eloy Araújo, teve a direção de Walter Avancini, Dennis Carvalho e José Carlos Pieri e contou com Fernanda Torres no papel de Simone Marques.

Em 1988, ao lado de Dina Sfat e Isabela Garcia, Tony Ramos viveu o atrapalhado Tonico na novela Bebê a bordo, de Carlos Lombardi. Ainda naquele ano, participou da minissérie O primo Basílio, adaptação do romance de Eça de Queiroz feita por Gilberto Braga e Leonor Bassères e dirigida por Daniel Filho. Interpretou Jorge, ao lado de Marcos Paulo (Basílio), Giulia Gam (Luiza) e Marília Pêra (Juliana). A minissérie exigiu uma grande produção com reconstituição de cenário – a cidade de Lisboa do fim do século XIX – e figurinos de época.
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No ano seguinte, o ator participou do show Meu refrão: olê, olá..., de Abelardo Figueiredo, uma homenagem aos 25 anos de carreira do compositor Chico Buarque. O espetáculo foi apresentado no Palladium, em São Paulo. Em seguida, participou da novela Rainha da sucata, de Silvio de Abreu. Ambientada em São Paulo, a trama contrapunha os novos-ricos à elite decadente. No papel do milionário falido Edu, o ator contracenou com Paulo Gracindo, Glória Menezes, Regina Duarte, entre outros.

Na minissérie O sorriso do lagarto, uma adaptação do romance de João Ubaldo Ribeiro, exibida em 1991, Tony Ramos interpretou o biólogo João Pedroso, que formava um triângulo amoroso com os personagens de Maitê Proença (Ana Clara) e Raul Cortez (Ângelo Marcos). Essa foi a primeira série brasileira produzida de forma independente, pela TV Plus, cabendo à TV Globo apenas a exibição.

Ainda em 1991, Tony Ramos viveu o advogado Álvaro, em Felicidade, novela que marcou a volta de Manoel Carlos à Rede Globo, depois de oito anos afastado. Entre abril e julho de 1993, sucedeu Antonio Fagundes e Raul Cortez como apresentador do Você decide, programa que possibilitava ao espectador interferir, ao vivo, no final da história encenada. Em seguida, participou da novela Olho no olho (1993), de Antônio Calmon, interpretando o padre Guido, que larga a batina para combater uma organização criminosa liderada por César Zapata, personagem de Reginaldo Faria.

Tony Ramos na novela Paraíso Tropical. 2007. Márcio de Souza/ TV Globo.

Em agosto de 1994, participou do programa que deu origem à série A comédia da vida privada, exibido no Brasil especial. Atuou ao lado de Paulo Betti, Malu Mader, Marco Nanini, Débora Bloch e Fernanda Torres, sob a direção de Guel Arraes.

Em A próxima vítima (1995), de Silvio de Abreu, Tony Ramos interpretou o feirante Juca. A novela apresentava uma série de assassinatos, aparentemente sem motivo ou conexão entre si. A cena final, em que a identidade do assassino é revelada, foi gravada apenas três horas antes de ir ao ar.

Em abril de 1996, Tony Ramos voltou a apresentar o Você decide. Na mesma época, atuou em seis episódios de A vida como ela é: Decote, Viúva alegre, Para sempre desconhecida, Covardia, Grande pequena e Quem morre descansa – adaptações televisivas de crônicas de Nelson Rodrigues, exibidas aos domingos como um quadro do Fantástico.

Tony Ramos na novela Torre de Babel. 1998. Jorge Baumann/ TV Globo.

Ainda naquele ano, atuou na novela Anjo de mim, de Walther Negrão, vivendo dois personagens: o escultor Floriano e Belmiro, encarnação do escultor em vidas passadas. A seguir, em 1998, interpretou o ex-presidiário Clementino, em Torre de Babel, de Silvio de Abreu. Para viver o personagem, que passa 20 anos na prisão após ter matado duas pessoas, o ator emagreceu oito quilos.

Em 2000, Tony Ramos voltou ao horário das 20h, para viver o livreiro Miguel, em Laços de família, de Manoel Carlos. Na trama, Miguel vivia um romance com Helena, interpretada por Vera Fischer. Em maio do ano seguinte, o autor Manoel Carlos recebeu o Prêmio José Olympio 2001, oferecido pelo sindicato Nacional dos Editores de Livros, pela contribuição de sua obra – através do personagem Miguel – à divulgação do hábito de ler.

Em 2001, Tony Ramos atuou ao lado de Fernanda Montenegro, Cláudia Raia, Francisco Cuoco e Raul Cortez na novela As filhas da mãe, comédia de Silvio de Abreu exibida no horário das 19h. Na trama, interpretou o espanhol Manolo Gutierrez, dono de um bingo, casado com Aurora, personagem de Cláudia Ohana.

Tony Ramos na novela Bebê a bordo. 1988. Nelson Di Rago/ TV Globo.

Em 2003, viveu o músico Téo, em Mulheres apaixonadas (2003), de Manoel Carlos. No ano seguinte, participou do remake de Cabocla. Exibida pela primeira vez em 1979, a novela de Benedito Ruy Barbosa ganhou uma segunda versão, que apresentou o ator no papel do coronel Boanerges Pereira, casado com Emerenciana, personagem de Patrícia Pillar.

Em 2005, voltou a trabalhar em uma minissérie: Mad Maria, também de Benedito Ruy Barbosa. Baseada no romance homônimo de Márcio Souza, a minissérie era ambientada no norte do país, em 1911, durante a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré. Tony Ramos interpretou o empresário americano Percival Farquhar.

Em 2006, Tony Ramos atuou na novela Belíssima, de Silvio de Abreu. Na trama, exibida no horário das 20h, o ator viveu o grego Nikos Petrakis, contracenando com Irene Ravache, Glória Pires, Cláudia Abreu e Lima Duarte, entre outros.

Tony Ramos na novela O astro. 1977. Frame de vídeo/ titularidade TV Globo.
No ano seguinte, integrou o elenco de Paraíso tropical, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, na qual interpretou o poderoso empresário Antenor Cavalcanti, um personagem com perfil diferente daqueles que marcaram sua carreira. Casado com Ana Luísa Cavalcanti (Renée de Vielmond), Antenor mantinha uma duradoura relação extra-conjugal com Fabiana (Maria Fernanda Cândido). Abandonado pela esposa, apaixonava-se por Lúcia (Glória Pires). No papel, Tony Ramos contracenou ainda com Hugo Carvana, Fábio Assunção, Wagner Moura, entre outros. Em janeiro de 2009, o ator estreou no elenco da novela Caminho das Índias, de Gloria Perez, interpretando o patriarca Opash Ananda, que é casado com Indira (Eliane Giardini) e pai de Raj (Rodrigo Lombardi), Amithab (Danton Mello), Ravi (Caio Blat) e Shanti (Carolina Oliveira).

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