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quarta-feira, 11 de março de 2009

GALILEU: A beleza eterna da Barbie faz 50 anos

Para comemorar os 50 anos da Barbie a Mattel lançou uma boneca que vem com tatuagem que pode ser colocada em qualquer lugar e uma outra lavável para a criança também usar.

Imagine se a boneca resolver tatuar isso e depois terminar o namoro? Atenção, essa não é a que será comercializada (que pena!).

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Você acha que a imagem da boneca com proporções irreais (e agora com tatuagem) pode influenciar crianças?

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A primeira Barbie e a Barbie Madonna.

Ela também influencia adultos. Conversamos com a professora de Publicidade e Propaganda da ESPM de Porto Alegre, Cátia Inês Schuh, que estudou a trajetória da Barbie:

Galileu - A Barbie é um reflexo da sociedade de consumo?

Cátia - É uma via de mão dupla. Eu estudei a Barbie pelo viés do consumo, ela é um típico exemplo de um indivíduo da sociedade de consumo, ela consome, ninguém compra ela sozinha, você precisa de coisas, o carro, a casa, o pet shop e os amigos. Jean Baudrillard caracteriza isso como sociedade do consumo em coleção, tu não compras apenas a barbie.

Ela também reflete as pessoas porque é mutante, temos vários tipos, vários momentos, na década de 1960 surge a boneca negra; quando ela começa a trabalhar, aparece a “Barbie profissões”, é muito cambiante. Além disso, ela existe num contexto social, tem uma coleção de amigos, namorados e até avós, mas não tem pais. Tem inspiração em marcas famosas como Ferrari e Dior, usa roupas de estilistas, surge como divas do cinema, reflete a industria pop.

Galileu - Além dela ser influenciada por nossa industria pop, como somos influenciados por ela?

Cátia -Hoje ela influencia muito, consumimos seus produtos, sua beleza ideal, a ideia da eterna juventude, sua moda… Temos dois aspectos que merecem destaque: aBarbie é uma eterna jovem, fez 50 anos e está com a mesma carinha. Nós buscamos a eterna juventude, ela eterniza isso, para ela é possível ser sempre jovem. Mas a boneca também busca inspiração no passado, você encontra princesas, roupas antigas, modelos vintage, anos 1950 e 1960.

Galileu - Como você definiria a estratégia de maketing da Barbie?

Cátia - É, excelente, se estivéssemos em Hong Kong numa loja de brinquedos saberíamos exatamente qual é o cantinho da Barbie, todos sabem quem é ela. Se você pegar a boneca antiga você a identifica. Ela tem a mesma altura de 50 anos atrás. Muda de vagar, suas medidas diminuíram e aumentaram aos poucos, a primeira tem menos seio, um corpo menos perfeito e um olhar mais perdido, hoje, seu rosto é mais infantil, o olhar mais direto.

Galileu - Como você explicaria o sucesso que ela faz, já que não mudou muito em 50 anos?

Cátia -É um brinquedo que sempre muda sem mudar, está sempre mudando, mas na essência é a mesma. Você sempre reconhece ela como uma Barbie, um modelo de beleza ideal, rosto bonito, que foi mudando e se adaptando ao que agrada cada geração.

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