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quarta-feira, 11 de março de 2009

A política de segurança da Copa Davis não seria exagerada?

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Este não é o momento certo para argumentar que a segurança nos eventos esportivos não deveria ser extrema. O ônibus que levava a seleção de críquete do Sri Lanka para um torneio em Lahore, no Paquistão, foi atacado nesta semana por atiradores, que mataram seis policiais e deixaram feridos sete jogadores e um assistente técnico.

Mas o consenso no mundo do tênis continua sendo de que as autoridades locais em Malmo, na Suécia, foram longe demais ao ordenarem que as partidas da Copa Davis entre Suécia e Israel neste final de semana fossem jogadas sem a presença de fãs.

O evento de três dias - uma das oito rodadas do Grupo Mundial - terá início na sexta-feira em um estádio no qual a entrada ficará restrita às equipes, a membros da mídia, a uns poucos patrocinadores importantes e a pessoal autorizado, incluindo centenas de policiais.

A decisão de fechar as portas e as bilheterias ao público pagante foi tomada em 17 de fevereiro, após a guerra de Israel contra a faixa de Gaza. Como milhares de manifestantes deverão fazer passeatas em Malmo e com a preocupação com possíveis incidentes na Arena Báltica, de 4.000 lugares, a razão ostensiva para impedir a presença de expectadores foi a segurança. Mas a votação do comitê de recreação da Câmara Municipal de Malmo aprovou a medida por uma margem apertada de 5 votos a 4. A votação cindiu-se de acordo com linhas partidárias, e a maioria esquerdista que governa Malmo venceu.

Malmo, uma cidade que tem uma minoria muçulmana significante e crescente, vem sendo cenário de rebeliões nos bairros muçulmanos desde dezembro do ano passado. E o enorme sentimento anti-israelense na cidade foi inflamado pela situação da faixa de Gaza.

"Eu compreendo a lógica", disse Mats Wilander, o ex-tenista número um, que agora é capitão da equipe sueca, em uma entrevista por telefone. "O que não entendemos é como a gente perde a plateia porque cinco pessoas de um partido votaram a favor desta medida e quatro de outro partido votaram contra ela. Será que não poderia haver mais clareza? Ou existe uma ameaça à segurança ou não. Se a questão é a segurança, seria de se esperar que todos os nove achassem que esse é o problema mais importante para os jogadores e a torcida, de forma que tomassem uma decisão bastante forte".

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