Quando a família se mudou para Campinas, cursou o segundo grau no Colégio Estadual Culto à Ciência, onde foi colega de classe de Regina Duarte. Em Campinas, teve a primeira experiência profissional como locutor em 1964, nas rádios Cultura e Brasil, transmitindo eventos como a procissão da Sexta-feira Santa, bailes de debutantes e tarde de autógrafos. Quando saiu do colégio, entrou para a faculdade de direito na Pontifícia Universidade Católica em São Paulo, mas abandonou o curso no quarto ano.
Até o final da década de 1960, Fausto Silva foi repórter esportivo da Rádio Excelsior – acompanhava os jogos narrados pelo locutor Osmar Santos – Rádio Brasil e Rádio Globo. Foi nos gramados, tomando choque no microfone, com rojões estourando no pé, levando metade de uma melancia nas costas e pilhas na cabeça enquanto entrevistava jogadores, que ele ganhou jogo de cintura para improvisar ao vivo.
Em 1969, a convite do apresentador de televisão Blota Júnior, amigo de seu pai, mudou-se para São Paulo para trabalhar como repórter de um telejornal da TV Record e como apresentador de um noticiário na Rádio Record. Durante dois anos cobriu política, cidade e tragédias, como os incêndios dos Edifícios Andraus e Joelma, em São Paulo.
No final de 1982, foi comentarista de esportes do Bom dia São Paulo, na Rede Globo. Em março de 1983, passou a apresentar o Balancê, programa de humor da Rádio Excelsior feito pelos jornalistas Osmar Santos e Juarez Soares e com a participação dos cômicos Nélson “Tatá” Alexandre e Carlos Alberto “Escova”. Inicialmente, o Balancê era feito em estúdio. Com a chegada de Fausto Silva, começou a ser realizado no teatro infantil Palhaçaria e Pimpão e ganhou a participação de uma platéia de 100 pessoas.
Em meados de 1983, Fausto Silva foi convidado pelo jornalista Goulart de Andrade para participar de um quadro do Comando da madrugada, programa que apresentava na TV Gazeta. O segmento foi batizado de Perdidos da noite e, em julho de 1984, tornou-se um programa de auditório, apresentado pelo próprio Fausto Silva na TV Record. Show de variedades de baixo orçamento, sem requintes técnicos e com muito espaço para improvisações, o Perdidos da noite ia ao ar nas madrugadas de sábado para domingo. Rapidamente passou a ser cultuado pelos telespectadores como diversão trash e, em pouco tempo, conquistou crítica e audiência. Em 1986, passou a ser exibido na TV Bandeirantes.
Estreou na Rede Globo em 1989. Primeiro durante o Carnaval, entrevistando personalidades no Camarote do Faustão. Em março, já como apresentador do Domingão do Faustão, disputando a audiência das tardes de domingo com o até então imbatível Programa Silvio Santos, do SBT. O programa de variedades – com musicais, entrevistas, variedades, brincadeiras e jogos com a participação da platéia e de artistas, boa parte deles do elenco da Rede Globo – tornou-se um sucesso, e a emissora chegou à liderança no horário.
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