Estratégia para conquistar mercado europeu é preço baixo.
Na Índia, como já sabe todo brasileiro que assiste a novelas, a vaca é sagrada. Mas o couro do animal é um dos principais produtos de exportação do país.
“É difícil lidar com esse assunto, mas as pessoas precisam sobreviver. Na Índia há grandes bolsões de pobreza, e o couro é barato, é um bom produto para vender”, explica N.H. Tejani, da Indian Leather Creations.
Na Micam, principal feira de calçados do mundo, que acontece nesta semana em Milão, na Itália, o país é um dos poucos representantes dos sapatos de baixo custo. A China, maior competidor mundial na categoria, ficou de fora.
“Nós estamos aqui para que os participantes da feira possam lidar diretamente com a Índia. Nós temos um processo bom, somos um bom destino para os varejistas”, diz Tejani.
A estratégia dos fabricantes do país para ganhar a Europa é o preço. Um par de sapatos de couro indianos chega à Europa custando entre 12 e 16 euros (de R$ 36,4 a R$ 48,6), segundo o fabricante. “Nós também fazemos produtos de preço maior. Mas os sapatos mais caros, eles já têm aqui”, diz.
Com um preço tão baixo, é preciso volume para tornar a operação rentável. E, para conseguir esse volume, nada de estilo indiano.
“Lá, nós temos nossa moda étnica. Mas aqui o que os compradores preferem é estilo europeu. Então, o nosso estilo, na verdade, é baseado na demanda, é o que o consumidor quer”, afirma o indiano.
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