William Bonemer Júnior nasceu em 06 de abril de 1964, na cidade de São Paulo. Filho de um médico e uma dona-de-casa, nunca pensou em ser jornalista, apesar do gosto pela escrita. Cursou a faculdade de comunicação na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).
Em 1983, ainda estudante universitário, começou a trabalhar como redator publicitário da agência paulista Mass. Ficou apenas um ano na publicidade e, descoberto por um dos diretores da Rádio USP FM, foi convidado para um teste e passou ao radialismo, com o qual trabalhou de 1984 a 1986.
Na TV Globo, começou apresentando o SPTV – 3a edição. Paralelamente, terminava o curso de comunicação e passou a trabalhar na Rádio Eldorado AM. Em 1987, começou a apresentar também o SPTV – 2a Edição. No ano seguinte, estava à frente também do Globo rural. A projeção nacional viria logo em seguida, quando cobriu as férias do apresentador do Hoje, Marcos Hummel. Nessa época, William Bonner ainda substituiu outros apresentadores titulares nos programas Globo esporte, Esporte espetacular, Bom dia São Paulo e Bom dia Brasil.
Em setembro de 1988, foi convidado para apresentar o Fantástico, ao lado de Sérgio Chapelin e Valéria Monteiro. As atividades nos jornais locais da capital paulista e no programa dominical obrigaram o apresentador a ficar durante algum tempo na ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro. Na época, o Fantástico tinha José Itamar de Freitas na direção geral e Ítalo Granato na direção de produção. O programa entrava, então, em uma nova fase, em que abandonava o lado de revista e procurava a forma de um grande jornal, com ênfase na atualidade, sem deixar de lado shows, música e humor. William Bonner permaneceu no Fantástico até 1991.
Em abril de 1993, Bonner assumiu a apresentação do telejornal Hoje – em 1994, ele passaria a dividir a bancada com Cristina Ranzolin. Além da apresentação, o jornalista também ficou responsável pela edição geral do telejornal, tarefa que dividia com Carlos Absalão. Nesse período, Bonner participou da cobertura de dois acidentes trágicos: a da morte de Ayrton Senna e a do grupo Mamonas Assassinas, em que preparou reportagens especiais.
Em 1995, o diretor de redação do jornal O Globo, Evandro Carlos de Andrade, assumiu a direção da Central Globo de Jornalismo. Evandro implementou mudanças no perfil editorial do jornalismo da emissora. Uma das primeiras alterações foi a substituição dos apresentadores do Jornal Nacional, Cid Moreira e Sérgio Chapelin, pelos jornalistas William Bonner e Lilian Witte Fibe, em março de 1996. A proposta era manter à frente do telejornal jornalistas diretamente envolvidos com a edição.
Em setembro de 2001, Bonner participou de um momento importante no jornalismo da TV Globo: a cobertura do atentado às torres do World Trade Center, em Nova York, que durou sete horas no ar. O JN do dia 11 de setembro teve uma edição especial, de uma hora de duração, e bateu o recorde de audiência naquele ano. De cada 100 televisores ligados no país, no horário, 74 estavam sintonizados na Rede Globo. A edição do Jornal Nacional sobre os atentados concorreu ao Prêmio Emmy Internacional, na categoria Cobertura Jornalística, levando a Rede Globo a ficar entre as quatro emissoras finalistas.
No ano seguinte, outro fato marcante em sua trajetória à frente do principal telejornal da emissora foi a cobertura das eleições presidenciais. O Jornal Nacional acompanhou o dia-a-dia dos quatro principais candidatos, levando ao telespectador as ações de campanha. Além disso, o JN se preocupou em realizar uma série de reportagens de serviço, ensinando o eleitor a votar ou explicando as funções de cada representante eleito, além de uma série jornalística especial sobre temas relevantes para a população, como Educação e emprego e Saúde e saneamento.
O destaque da cobertura ficou por conta da série de entrevistas realizadas com os candidatos à presidência da República, na bancada do Jornal Nacional. A experiência foi inédita tanto para os candidatos quanto para o histórico do JN em eleições. A primeira edição do telejornal após o resultado das eleições também entrou para a lista dos grandes momentos do JN e da trajetória de William Bonner. O jornalista apresentou o telejornal direto de São Paulo, com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, sentado ao seu lado na bancada. Ao longo de todo a edição, Lula foi entrevistado por Bonner e também por Fátima Bernardes, que fazia perguntas do estúdio no Rio de Janeiro.
Ainda em 2002, William Bonner acompanhou um dos momentos mais difíceis do jornalismo da Globo, a morte do jornalista Tim Lopes. No dia 02 de junho, Tim Lopes foi morto enquanto realizava uma reportagem sobre tráfico de drogas em um baile funk na favela da Vila Cruzeiro, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro. Após confirmada a morte do jornalista, o Jornal Nacional produziu uma edição especial homenageando o jornalista e colega de trabalho. Além de depoimentos de amigos de Tim, o telejornal foi encerrado com um editorial lido por Bonner e, em seguida, com os aplausos de toda a redação, de pé, vestida de preto.
Em 2005, viajou para Roma para acompanhar a cobertura da morte do Papa João Paulo II. Do Vaticano, no alto do Colégio Santa Mônica, em frente à Basílica de São Pedro, William Bonner falou ao vivo com os telespectadores do Jornal Nacional daquela noite. No ano seguinte, o projeto da cobertura das eleições de 2006, também foi mais um momento importante em sua gestão à frente do Jornal Nacional. O destaque foi a Caravana JN. Entre os meses de julho e outubro, uma equipe de 15 profissionais, tendo à frente o jornalista Pedro Bial, visitou 27 estados de cinco regiões do Brasil. A cada 15 dias, William Bonner e Fátima Bernardes se revezaram na apresentação do Jornal Nacional nos estúdios no Rio de Janeiro e no local onde a Caravana estava.
À frente do Jornal Nacional, William Bonner tem o compromisso de acompanhar, diariamente, as principais notícias nacionais e internacionais. Para pôr o telejornal no ar, a equipe dispõe de uma grande estrutura, que envolve as cinco emissoras – Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife – e as 116 afiliadas da Globo. A cobertura jornalística inclui ainda o trabalhos dos correspondentes internacionais. Em 2002 e 2005, William Bonner foi eleito melhor apresentador de telejornal pela Associação Paulista dos Críticos de Arte e pelo prêmio Qualidade Brasil, respectivamente.
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