Pesquisadores encontraram no Quênia (África) as mais antigas pegadas humanas já descobertas. As marcas têm 1,5 milhão de anos e mostram que os primeiros hominídeos já andavam com a postura ereta e tinham pés anatomicamente semelhantes aos do homem de hoje.
A descoberta, revelada na edição desta semana da revista Science, permite aos cientistas obter informações sobre os tecidos moles e outras estruturas do corpo que normalmente não são preservados no processo de fossilização. A interpretação das pegadas ficou a cargo da equipe internacional do cientista John W.K. Harris, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos.
As pegadas foram atribuídas ao Homo erectus. Esse hominídeo tinha a altura do homem moderno e um cérebro com metade do tamanho dos homens de hoje. Ainda assim, era bastante inteligente e foi o primeiro a dominar o fogo, o que permitiu à espécie manter uma estrutura social complexa e viver agrupados em comunidades.
As marcas foram descobertas em duas camadas sedimentares perto de Ileret, no norte do Quênia. Elas já são consideradas a evidência mais antiga de uma anatomia de pé essencialmente humana, pois pegadas mais antigas, de 3,7 milhões de anos, já foram descobertas, mas têm a anatomia mais semelhante à do macaco.
Nas pegadas do Quênia, os cientistas identificaram que o dedão é paralelo aos demais dedos, o que não acontece nos macacos. As marcas mostram ainda um arco alongado no pé e dedos curtos, marcas comuns associadas à postura bípede ereta.
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