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sábado, 7 de março de 2009

Que atitude atrapalha você no trabalho?

Ok, todo mundo tem manias e defeitinhos. Mas quando um comportamento começa a prejudicar o desempenho profissional e a interação com os colegas, é hora de mudar. Acha impossível? Com uma dose de determinação, dá para melhorar e ir longe na carreira


Chega de apontar o dedo para a garota certinha do escritório ou para o cara que se acha o dono da verdade. Afinal, você também tem falhas. Já parou para pensar que elas podem irritar muita gente e até mesmo podar sua evolução profissional? "A qualidade mais valorizada hoje é a capacidade de distinguir aspectos positivos e negativos da própria personalidade e equilibrá-los, valorizando os pontos fortes e minimizando os fracos", diz Vanessa Patrocinio, consultora de planejamento de carreira da Manager Consultoria (SP). Se você está disposta a mudar, é bom saber que isso requer uma boa dose de humildade, pois nem sempre é fácil reconhecer nosso calcanhar de Aquiles. Lembre-se: uma profissional flexível e que admite críticas sem ficar magoada está pertinho do sucesso. Identifique o seu "defeitinho" e mãos à obra!

Timidez tem jeito

Campeã de queixas por aí, essa característica é capaz de atrapalhar sua escalada profissional se não for trabalhada de maneira adequada. Claudia Generoso, consultora de recursos humanos da BPI Consultoria (SP), alerta que, em nome da carreira, cabe à pessoa fazer de tudo para se livrar dessa insegurança. "Caso contrário, ela fica invisível na equipe e, sem expor idéias e projetos, acaba não sendo reconhecida e se torna dispensável, por mais capacitada que seja."
SAIA DESSA: o primeiro passo é encontrar a razão da timidez, que muitas vezes vem do passado e se esconde no subconsciente. "O ideal é procurar uma terapia para resgatar algum trauma e se livrar dele de uma vez por todas", sugere Claudia. Outra dica é fazer um esforço para se enturmar e participar das festas e happy hours com o pessoal do trabalho, e assim deixar de se achar um elemento estranho dentro do grupo. Para ajudar, cante, dance, sapateie. É sério: freqüentar esse tipo de aula é uma maneira de forçar a exposição em público e enfrentar o medo do ridículo que mora na cabeça de toda tímida.
Extrovertida ou inconveniente?

Muita gente passa a maior parte do dia no ambiente de trabalho e faz dele sua segunda casa. O problema surge quando você se esquece de que está lá para produzir e fica um bom tempo flanando pelos corredores e mesas, fazendo social, resolvendo a vida particular pelo telefone, navegando na internet... "Essas pessoas são divertidas e queridas pelos colegas, mas também muito dispersivas, já que gastam horas construindo relacionamentos sociais e perdem o foco", analisa Claudia. Com o tempo, deixam até de ser respeitadas na empresa.
SAIA DESSA: mostre serviço antes que seja tarde. Estabelecer pausas para deixar seu posto e convidar alguém para um café é uma atitude saudável (em vez de parar para trabalhar entre uma conversa e outra), assim como definir metas a serem cumpridas sem falta até o fim do expediente ajuda na organização do tempo. Mas primeiro se questione por que foge das tarefas. Talvez seja tédio ou falta de motivação, e aí o caminho é procurar uma mudança de rumo em direção a algo que lhe desafie e dê mais prazer.


Apague o pavio curto

Está provado que o estresse é o mal do século e as pessoas sempre se queixam da pressa e da pressão no trabalho, mas ninguém merece passar o dia ao lado de alguém que só reclama e trata todo mundo mal quando as coisas não saem do jeito que esperava. "A agressividade é uma manifestação de insegurança e incapacidade de lidar com as próprias limitações e as do próximo, típica de alguém que não sabe delegar e quer resolver os problemas no grito", define Wilson Mileris, consultor comportamental da Modus Educação Corporativa (SP). "É bem provável que a nervosinha ou autoritária demais seja a primeira opção no caso de corte de funcionários, já que não consegue estabelecer empatia e tem dificuldade para trabalhar em equipe", completa Claudia.
SAIA DESSA: aprenda a ouvir e exercite a tolerância. Afinal, cada um tem seu ritmo. A arquiteta Caroline Rialto, de 28 anos, conseguiu isso a duras penas ao abrir um escritório com duas amigas de faculdade. "Gritava e dava ordens como se fosse a chefe. Foi preciso perdermos clientes e elas ameaçarem desfazer a sociedade para eu perceber que a humildade e a gentileza são fundamentais para a harmonia e o sucesso de qualquer atividade."


Trabalhe sua insegurança

Faz parte da batalha individual domar o receio de cometer erros e se mostrar uma pessoa firme, empreendedora e segura das suas habilidades, por mais árduo que pareça. Ao contrário da pessoa tímida, a insegura normalmente se relaciona bem com os outros, mas na hora de expor opiniões treme nas bases e fica sem reação, embora várias vezes tenha o que mostrar. Parece que sempre depende de alguém para respaldar suas ações e assim, como não poderia deixar de ser, perde oportunidades de se destacar. Ninguém é 100% autoconfiante, e no caso de alguém declarar que é, sim, vale saber que isso é negativo, pois aos poucos prevê a redução das expectativas e das metas, limita o crescimento e corre o risco de virar arrogância.
SAIA DESSA: quanto mais conhecimento dentro da sua área de atuação, menor será a tensão na hora de propor projetos e tomar iniciativas. Estude o mercado, atualize-se, esteja antenada com as tendências e prepare-se para surpreender a chefia com idéias brilhantes e observações inteligentes.
Proativa até demais

Apesar de ser uma característica mais que valorizada no universo corporativo, a proatividade pode ser prejudicial à carreira. "Estar sempre à frente e se antecipar às ações e decisões da empresa pode levar a conflitos, principalmente quando a funcionária é parte de uma hierarquia", destaca Vanessa Patrocinio. As conseqüências? Atrapalhar o fluxo de informação e de trabalho dentro do departamento, passar por cima das normas do lugar e, para o horror da trabalhadora proativa, atrasar o cumprimento de metas.
SAIA DESSA: observe como funciona o seu ambiente de trabalho, sobretudo se você é nova no pedaço. Jamais tome atitudes sem consultar outras pessoas, por mais inocente ou brilhante que a idéia pareça ser, afinal até a mais bem-intencionada organização de um armário pode causar tumulto quando desrespeitados os padrões preestabelecidos. Já pensou se você, sem avisar ninguém e na maior disposição, resolve colocar em ordem alfabética uma pilha de relatórios formada por ordem de urgência? Xiii...


Perigo: workaholic!

Ela chega antes de todos no escritório e não tem ninguém para se despedir quando sai de lá. No fim de semana, cinema ou balada é coisa rara, pois quase sempre carrega tarefas para casa. Atividade física, então, nem pensar! A contato publicitário Laryssa Antunes de Andrade, de 30 anos, era assim. "Levava uma rotina desse tipo até três anos atrás: trabalhava mais de 12 horas por dia, não tinha horários fixos e várias vezes voltei de casa para a agência no meio da noite para resolver algum pepino", recorda. "Até que passei a ter crises horríveis de enxaqueca e desenvolvi hipoglicemia por estresse. Um dia, disse: 'Chega!', repensei minha vida pessoal e profissional e mudei minha entrega ao trabalho."
SAIA DESSA: o processo de desaceleração não é fácil para quem está tão acostumada a respirar trabalho, mas muitas vezes a iniciativa parte da própria pessoa, ao notar queda na produtividade, cansaço extremo e solidão. Anote algumas dicas se você está precisando acertar o passo: respeitar o horário de expediente e não trabalhar muitas horas a mais do que a carga prevista, jamais pular o horário do almoço e aproveitar a ocasião para se socializar com os colegas e não levar serviço para casa na sexta-feira nem abrir mão do fim de semana em nome das obrigações profissionais.


Cuidado com a arrogância

Profissionais com perfil arrojado e modo agressivo de tomar decisões são valorizadas por diversas empresas. Porém é bom saber que quando o ego elevado e o marketing pessoal exagerado esbarram na dificuldade de interagir com a equipe, você corre risco. "Essa pseudolíder no fundo esconde a incapacidade de delegar funções, dividir tarefas, ouvir e enxergar o outro como alguém tão capaz e importante para a realização do serviço quanto ela. No fim, acaba perdendo boas idéias por medo de admitir que não partiram dela própria", descreve Claudia Generoso.
SAIA DESSA: relaxe e procure se desligar do pensamento de que precisa ser a melhor a qualquer custo. Esteja aberta a sugestões, faça perguntas e coloque-se no lugar da colega de sala: você gostaria de conviver cinco dias por semana com alguém como você?

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