
Período de exibição: 03/04/2000 – NO AR
Horário: 24h
Periodicidade: de segunda a sexta
- Programa de entrevistas e variedades comandado pelo humorista Jô Soares, exibido diariamente desde abril de 2000, a partir da meia-noite, e transmitido simultaneamente pela TV Globo e pela Rádio CBN. A direção-geral é de Willen Van Weerelt, com consultoria e textos assinados por Max Nunes, que acompanha Jô Soares desde os programas humorísticos, Hilton Marques, Diléa Frate, além do próprio Jô Soares.
-A equipe de produção do programa é gerenciada por Rogério Oliveira, que conta com a coordenação de Dinho Carvalho Pinto, Paulo Val e Marcelo de Oliveira Costa. A produção de jornalismo está a cargo de Anne Porlan, com reportagens de Caio Franco, Tatiana Rezende e Myrian Clark. A produção de arte é de Regina Reyes, a cenografia é de João Irênio, e o figurino, de Julio Rego.
- Ator, diretor, produtor, escritor e pintor, José Eugênio Soares, conhecido como Jô Soares, começou a trabalhar na TV Globo em 1970, quando estreou o programa Faça humor, não faça guerra (1970). Desde então, integrou e comandou diversos programas na emissora, com destaque para o humorístico Viva o Gordo (1981), produzido com grande sucesso durante seis anos e no qual criou seu célebre bordão: “Um beijo do gordo!”.
O primeiro programa de entrevistas apresentado por Jô Soares na TV Globo foi o Globo gente, em 1973.
- A partir de 1998, Jô Soares trabalhou por 12 anos no Sistema Brasileiro de Televisão, onde criou e apresentou o Jô Soares onze e meia, talk-show livremente inspirado em programas norte-americanos de grande audiência, principalmente o de David Latterman.
- O humorista voltou a trabalhar na TV Globo em abril de 2000, para comandar a atração que levaria seu nome, o Programa do Jô. Trouxe para auxiliá-lo nessa tarefa uma equipe de 22 profissionais que trabalhavam com ele no SBT, entre os quais, Anne Porlan, Myrian Clark, Letícia Magalhães, Tatiana Rezende e Renata Hydalgo.
- O Programa do Jô inclui a participação de um conjunto musical, o Sexteto, que é formado pelos músicos Derico (sax), Bira (baixo), Miltinho (bateria), Tomati (guitarra), Chico Oliveira (trompete) e pelo maestro Osmar (teclados). O grupo logo se tornou uma das principais atrações do Programa do Jô. Com o tempo, e as brincadeiras espontâneas que o apresentador fazia com cada um dos integrantes, acabou criando um divertido rol de personagens.
- Outro alvo constante da irreverência do apresentador é o garçom chileno Luís Alexander Rubio Bernales, ou simplesmente Alex. Inicialmente, Alex era responsável por servir o apresentador e seus convidados apenas durante os intervalos das gravações. Hoje permanece durante todo o programa, devidamente paramentado, atrás do balcão de um bar que passou a integrar o cenário.
- Algumas novidades foram introduzidas no programa para a estréia na Globo, entre as quais, a realização de reportagens externas e entrevistas de rua feitas por Jô Soares. O apresentador criou ainda o quadro No fundo da caneca, no qual eram exibidos esquetes com antigos personagens de seus programas humorísticos.
- O programa está estruturado em blocos, da seguinte maneira: diariamente, são apresentadas três entrevistas, com personalidades da política, das artes ou dos esportes, além de brasileiros anônimos, responsáveis muitas vezes por alguns momentos marcantes do programa. A escolha desses entrevistados é feita a partir de mais de 500 sugestões recebidas semanalmente pela produção. No início do programa, Jô Soares conta piadas ou comenta notícias engraçadas selecionadas por sua equipe. O programa é encerrado diariamente com uma atração musical, nacional ou internacional.
- Embalada por um trecho de jazz, a primeira abertura do Programa do Jô mostrava instrumentos musicais e imagens noturnas de cidades, com o nome do programa emoldurando uma lua cheia.
- O programa de estréia contou com a participação do ator Tarcísio Meira, do então goleiro da seleção brasileira Dida e da cantora Marisa Monte, acompanhada da Velha Guarda da Portela. Ainda naquele dia, foi exibida ainda uma entrevista especial com o jornalista Roberto Marinho, gravada dias antes nos jardins da sua residência.
- Ao longo de sua exibição, o Programa do Jô recebeu literalmente milhares de convidados, entre ex-presidentes da República, juízes, congressistas, personalidades representativas da cultura, jornalistas etc. No dia 16 de agosto de 2006, o programa apresentou a sua entrevista de número 10 mil. Na ocasião, Jô Soares conversou com o jornalista, ator e apresentador Marcelo Tas, que falou sobre seu espetáculo multimídia A história do Brasil segundo Ernesto Varela.
- As gravações do programa são feitas em São Paulo, no Estúdio 3 da TV Globo, que tem 600m2 e capacidade para 300 pessoas. Trata-se de um dos estúdios mais modernos da América Latina, com equipamentos inteiramente digitais. No cenário, dois telões exibem as reportagens para a platéia.

- Na época em que lançou a página do Programa do Jô na Internet, Jô Soares apresentou breves musicais temáticos ao lado de seu Sexteto, para divulgar o endereço eletrônico. No primeiro deles, dançou xote e improvisou um repente convidando o telespectador a participar via Internet. Como divulgação adicional do e-mail do programa, o grupo também se apresentou caracterizado de diversos personagens, que iam de heróis dos quadrinhos a uma gangue de mafiosos, ou ainda uma versão gorducha da Branca de Neve e os sete anões. A partir daí, a produção do programa passou a receber diariamente milhares de mensagens, que incluem comentários, piadas e sugestões de pauta.
- Durante as férias do apresentador e de sua equipe, são exibidas reprises das melhores entrevistas do ano.
- O Programa do Jô foi a primeira atração de variedades da TV Globo a oferecer o serviço de closed caption, permitindo aos portadores de deficiência auditiva acompanhar as entrevistas através de legendas.
- No dia dois de abril de 2002, o Programa do Jô transmitiu uma entrevista ao vivo com Kleber “Bambam”, vencedor da primeira edição do Big brother Brasil, que viajou de helicóptero direto da casa onde ficou confinado até o estúdio de São Paulo. A partir de então, o apresentador passou a entrevistar os principais participantes, mais carismáticos ou polêmicos, das edições posteriores do reality-show.
- O ano de 2002 foi marcado ainda pela conquista do pentacampeonato mundial de futebol. Na ocasião, poucos dias após a vitória da seleção brasileira na Coréia, Jô Soares recebeu a visita dos campeões, entre os quais, o atacante Denílson.
- Em 2002 e 2006, Jô Soares recebeu no programa todos os candidatos à presidência da República, em rodadas de entrevistas individuais, exibidas diariamente.
- A partir de abril de 2003, o cenário do programa ganhou uma área suspensa, com duas cadeiras e um telão ao fundo, onde o apresentador entrevista – via satélite – pessoas que não puderam comparecer ao estúdio, ou mesmo convidados especiais. Pelo telão, por exemplo, Jô Soares conversou com o escritor Ivan Lessa, que falou diretamente de Londres, onde vive.
- Entre 2006 e 2007, o Programa do Jô começou a transmitir um programa especial com uma mesa-redonda reunindo mulheres jornalistas e analistas políticas.
Apelidadas pelo apresentador de “as meninas do Jô”, elas discutem, por exemplo, os trabalhos das Comissões Parlamentares de Inquérito, comentando escândalos e crises que atingem políticos importantes ou mesmo o Congresso Nacional. Já participaram desses programas Lúcia Hippólito, Cristina Lôbo, Ana Maria Tahan, Lillian Wite Fibe e Zileide Silva.
- Em 2007, o Programa do Jô apresentou uma série de reportagens produzidas pela repórter Tatiana Rezende. Exibidas, semanalmente, no primeiro bloco do programa, as matérias mostraram o cotidiano em cidades “com nomes diferentes”, como Varre-sai (RJ), Sério (RS) e Feliz Natal (MT).
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