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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"The New York Times": A ascensão acidental de Adele

A cantora e compositora britânica Adele diz que ainda não se decidiu se a música é o lance dela. Mas os eventos recentes podem ter resolvido o assunto para ela.

Adele recebeu seu primeiro prêmio Escolha dos Críticos no Brit Awards do Reino Unido antes mesmo de ter lançado seu álbum de estréia, "19", em 2008. O álbum ficou no topo das paradas britânicas e chegou ao 11º lugar na parada norte-americana Billboard 200, vendendo 1,2 milhão de cópias em todo o mundo. "Chasing Pavements" foi um sucesso global e Adele obteve quatro indicações para o Grammy, incluindo gravação do ano, canção do ano e revelação (a inglesa venceu as categorias de melhor cantora pop e revelação).
Reuters
Tudo isso a deixou "atordoada e chocada", mas longe de se queixar.

"Eu sempre cantei e sempre adorei cantar e coisas assim", diz Adele, "mas eu nunca, jamais imaginei que teria a chance de transformar isso em uma carreira e não ter que fazer outra coisa. Eu sempre imaginei que teria que trabalhar em um escritório ou algo assim e, dois ou três dias por semana, tocar para bêbados em um pub ou bar".

"E meio que comecei a levar a sério quando me foi oferecido um contrato de gravação. Eu pensei, 'Oh, nossa, talvez eu possa realmente fazer isto'. Então assinei o contrato e todas as peças se encaixaram no lugar. Nós não planejamos nada disto."

Adele Laurie Blue Adkins foi apresentada à música por sua mãe, uma terapeuta e fabricante de móveis que é, segundo sua filha, "uma hippie" cujo gosto varia de Jeff Buckley, Bob Dylan e Bob Marley.

"Minha mãe adora música, mas não toca e nem canta."

Sua epifania musical ocorreu quando tinha 4 ou 5 anos, quando uma amiga da família tocou uma versão do primeiro sucesso da cantora britânica Gabrielle, "Dreams" (1993).

"Eu fiquei cativada e encantada", lembra Adele, que interpretou outra canção de Gabrielle, "Rise" (1999), em sua primeira apresentação pública, em um programa natalino da escola quando tinha 11 anos. "Mas ("Dreams") ainda é a canção que sempre credito por ter me levado a isto."

Seu interesse pela música a levou à London School for Performing Arts & Technology, popularmente conhecida como Brit School, uma academia pública de artes em Croydon que tem entre seus ex-alunos cantoras famosas como Imogen Heap, Leona Lewis, Kate Nash e Amy Winehouse. Mas diferente de suas colegas de classe, ela deixou de lado as aulas de teatro, dança e teatro musical e se concentrou totalmente no currículo musical, tirando proveito dos recursos fornecidos pela escola.

"Eu não tinha dinheiro para gravar canções em um estúdio", lembra Adele, que apenas recentemente se mudou da casa de sua mãe. "Eu não tinha dinheiro para conseguir um espaço para ensaiar com uma banda ou para pagar outras pessoas para tocarem comigo. Mas na Brit School nós tínhamos um estúdio de gravação gratuito e salas de ensaio gratuitas das 8h até as 20h, além de cerca de, tipo, 50 garotos querendo tocar música. Então não precisávamos fazer testes nem nada, apenas tocávamos juntos de improviso e acabamos virando uma banda ou algo assim."

"Foi um lugar incrível e é muito encorajador ir a uma escola com outros garotos que querem ser produtivos, em vez de ficarem sentados vivendo às custas do governo."

Após uma amiga ter postado uma das demos de Adele no MySpace em 2004, ela lançou seu próprio site e logo começou a atrair fãs. Logo após se formar em 2006, a cantora e compositora novata publicou duas canções no site www.platformsmagazine.com e começou a se apresentar ao vivo. Um single independente, "Hometown Glory" (2007), um elogio à cidade de Tottenham, chamou a atenção da XL Recordings, um selo britânico que, ela reconhece, ela desconhecia até seus executivos a terem procurado.

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