O Corpo de Bombeiros foi acionado na manhã desta quarta-feira (18) e enviou uma equipe ao local para resgatar o cachorro (Foto: Ronaldo Bernardi/Zero Hora/Agência RBS)
Segundo testemunha, animal ficou três dias na água. Corpo de Bombeiros enviou equipe ao local nesta quarta-feira. Cachorro ficará em observação por quatro dias no centro de zoonoses da prefeitura.
O cachorro que estava preso no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, foi resgatado na manhã desta quarta-feira pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado a veterinários da prefeitura.
O animal estava há pelo menos três dias no local — entre a passarela da PUCRS e a Rua Professor Cristiano Fischer —, de acordo com Renato Crestani, 37 anos, que trabalha ali perto.
O cachorro ficava sobre um banco de areia, andando para lá e para cá. Pulava na água e nadava para tentar escapar. Ao mesmo tempo, gania.
A equipe de bombeiros enviada à área do arroio recebeu o pedido de salvamento às 8h50min. Em sete minutos, segundo o comandante do grupo, soldado Julio Cesar Souza Nunes, o caminhão chegou ao local.
Nunes e os soldados Rubens Marcelo Flores da Cruz (
"Ele estava muito estressado, tentou me morder duas vezes", contou bombeiro. (Foto: Ronaldo Bernardi)
— Ele estava muito estressado, tentou me morder duas vezes. Mas aí a gente vai conversando, se aproximando, fazendo carinho. Até que deu pra pegar ele — relatou Cruz, que ganhou a confiança do animal e o tomou nos braços.
O trabalho de retirada do cão levou entre 20 e 25 minutos. Magro, molhado e cansado, ele foi transportado até o centro de zoonoses da prefeitura da Capital, na Estrada Bérico Bernardes (em Viamão), onde passaria por exames. Aparentemente, não tinha machucados, segundo Nunes.
Experiência
Calejado por quase 20 anos de trabalho como bombeiro, o soldado Cruz se apoiou na experiência para conquistar a confiança do cão perdido em meio às águas do Dilúvio.
— Já passei por diversas situações. Uma vez, retiramos um cachorro de um bueiro na Avenida Bento Gonçalves. Isso acontece toda semana, com cães, cavalos. Eles caem ou são abandonados mesmo
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