Trama/ Personagens:
- Em Torre de Babel, Silvio de Abreu deu continuidade à linha que adotara em sua novela anterior, A próxima vítima (1995). O humor – sua principal marca registrada – saía do primeiro plano para servir como o tempero de uma trama policial clássica, cheia de personagens ambíguos gravitando em torno de um grande mistério a ser desvendado no final. A temática principal da novela era a violência em uma sociedade na qual ricos se fecham em condomínios e marginais são trancafiados em sistemas penitenciários inoperantes.
- A história começa na grande São Paulo, no final da década de 1970. O ex-perito em fogos de artifícios José Clementino (Tony Ramos) arranja emprego como pedreiro na construção de um suntuoso shopping center, uma das muitas obras realizadas pela construtora do engenheiro César Toledo (Tarcísio Meira). Durante a festa da cumeeira, quando engenheiros e operários se reúnem para comemorar a colocação da última laje da obra, a mulher de Clementino flerta com vários homens. À certa altura, quando dá pela falta da mulher, o pedreiro sai à sua procura e a encontra em um canto afastado da construção tendo relações com dois homens. Tomado pela fúria, Clementino mata a mulher e um dos homens a golpes de pá. César Toledo ouve os gritos e contém Clementino, com a ajuda de um grupo de operários. Chocado com a violência do empregado, o empresário chama a polícia e, mais tarde, depõe contra ele no julgamento. O seu testemunho é decisivo para a condenação de Clementino.
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- Vinte anos se passam, e Clementino deixa a cadeia. O tempo em que esteve exposto à dura realidade do sistema penitenciário fez dele um homem ainda mais amargurado. Embora tente reconstruir sua vida, está obcecado pelo desejo de se vingar de César Toledo, que considera ter sido o grande responsável pela sua condenação. Através do personagem, Silvio de Abreu aproveita para falar da dificuldade que os ex-presidiários encontram quando tentam retornar ao mercado de trabalho e de como a escassez de oportunidades e o preconceito social contribuem para que muitos voltem ao crime.
- César Toledo tornou-se um empresário poderoso, mas leva uma vida cheia de angústias. Seu casamento com Marta (Glória Menezes) está em crise e praticamente só se sustenta graças aos esforços dela. A união naufraga de vez quando César reencontra um antigo amor, a advogada Lúcia Prado (Natália do Vale), e os dois começam um romance. A relação com os filhos também não é bem resolvida. O mais velho, Henrique (Edson Celulari), administra os negócios do shopping, mas tem um temperamento bem diferente do pai. Extravagante e vaidoso, transforma a festa de inauguração do Tropical Towers em um pomposo evento carnavalesco. Alexandre (Marcos Palmeira) é o filho do meio dos Toledo. Um jovem estudante de Direito que se ressente de ainda depender da ajuda financeira do pai, que faz questão de que ele complete os estudos antes de sair de casa. O filho mais novo, Guilherme (Marcello Antony), é a principal fonte dos tormentos da família. Dependente químico, envolvido com marginais, ele vive fugindo de clínicas de recuperação e tentando extorquir dinheiro dos parentes e amigos para conseguir sustentar o vício. Durante a festa de inauguração do shopping, depois de tentar arranjar dinheiro, sem sucesso, ele invade de motocicleta o saguão principal do edifício e tem de ser contido pelos seguranças.
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- Dando início ao seu plano de vigança, José Clementino consegue um emprego como vigia do Tropical Towers. Dessa forma, ele pretendia instalar explosivos no edifício. Seu plano é destruir o grande empreendimento de César Toledo, mas sem ferir inocentes. Os explosivos seriam detonados quando o shopping estivesse vazio. Entretanto, por razões misteriosas, os artefatos são acionados antes da hora, quando o edifício está lotado. A explosão deixa muitos feridos e mata várias pessoas.
- Alguns personagens de destaque na novela morrem na explosão do Tropical Towers. Guilherme, o jovem problemático que inferniza a vida dos Toledo, é um deles. Outras duas vítimas são a estilista Rafaela (Christiane Torloni) e a ex-modelo Leila Sampaio (Sílvia Pfeiffer). As duas são sócias de uma butique de moda e têm um relacionamento amoroso.
- A empresária Ângela (Cláudia Raia), braço-direito dos Toledo na administração do shopping, nutre uma paixão platônica por Henrique Toledo, seu melhor amigo e colega de trabalho. Henrique, no entanto, é casado com Vilma (Isadora Ribeiro), além de ser um mulherengo incorrigível que coleciona conquistas românticas, e não desconfia dos sentimentos da amiga. Aos poucos, a paixão de Ângela vai se tornando cada vez mais doentia e, para conseguir o que quer, ela se torna uma assassina fria e implacável, que chega comemorar as mortes de suas vítimas. Seu final é trágico: ao descobrir que Henrique se casaria com Celeste (Letícia Sabatella), a mãe de um filho de Guilherme, Ângela se atira do alto do recém-reconstruído Tropical Towers.
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- Quando o romance entre Lúcia Prado e César Toledo chega ao fim, a advogada se envolve com Alexandre. No final da novela, já tendo acordado para o verdadeiro caráter de Sandrinha, o filho de César Toledo decide ficar em definitivo com o ex-amor do pai. César Toledo e Marta acabam se reconciliando.
- Sob a alcunha de Johnny Percebe, Gustinho faz sucesso como cantor romântico. Na verdade, Boneca é que tem talento para cantar, mas acha que é feio demais para se apresentar ao público. Ele, então, empresta sua voz ao irmão, embora se sinta frustrado por não poder aproveitar a fama. A farsa chega ao fim depois de uma apresentação no Show da Xuxa.
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A apresentadora descobre que Boneca é o verdadeiro cantor e o leva dos bastidores para o palco. Gustinho, por sua vez, descobre seu verdadeiro talento ao ganhar uma chance no time de várzea do seu bairro, tornando-se um jogador de futebol profissional muito bem-sucedido.
- No decorrer da novela, Bina Colombo se dividiu entre Edmundo Falcão, Gustinho e Boneca. Ela se casa com o dono da lanchonete, mas os quatro personagens terminam juntos, formando um quadrado amoroso.
- Até o final da trama, Silvio de Abreu conseguiu manter o suspense sobre o culpado pela explosão do Tropical Towers. Como já havia acontecido antes em A próxima vítima (1995), a gravação da cena em que a identidade do criminoso é revelada foi realizada no dia da exibição do último capítulo. Os atores envolvidos só receberam suas falas horas antes da gravação.
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- No capítulo final, quando os personagens centrais estão reunidos na casa dos Toledo, para o casamento de Henrique com Celeste, o mistério é esclarecido. José Clementino consegue levar a polícia até a cerimônia. Forçado pelos policiais, seu pai, Agenor, confessa então que fôra contratado por Ângela para instalar os explosivos que o filho havia fabricado, mas garante que não completara o serviço. Coube a Luzineide (Eliane Costa), que atravessara a novela sem pronunciar uma palavra sequer, a tarefa de revelar que havia sido Sandrinha a responsável pela explosão do shopping. Sandrinha confessa que ficara sabendo dos explosivos porque havia flagrado uma conversa do avô com Ângela e que destruíra o shopping por raiva de Clementino, que assassinara sua mãe, e dos Toledo, que nunca a aceitaram como namorada de Alexandre.
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Produção:
- Para conceber o Tropical Towers – localizado fora da cidade cenográfica de Torre de Babel –, os cenógrafos Mário Monteiro e Keller Veiga se inspiraram no trabalho do pintor holandês Peter Brueghel, que no século XVIII retratou em seus quadros a Torre de Babel descrita na Bíblia. Todo o trabalho foi realizado sem a ajuda de efeitos de computação.
- Feito basicamente de esquadrilhas metálicas e vidro, o Tropical Towers ocupava uma área de 1.200 metros quadrados e levou 41 dias para ser erguido, dos quais 20 foram dedicados à construção de fundações de verdade capazes de sustentar o peso da estrutura: foram usados 4.600m de vigas metálicas pesando 20 toneladas. Cerca de 200 operários trabalharam na construção, realizada no terreno onde antes havia Greenville, cidade cenográfica de A indomada (1997). Dois elevadores panorâmicos foram instalados na fachada, e escadas rolantes davam acesso aos três pavimentos do shopping, onde estavam instaladas as lojas e os escritórios da direção.
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- No centro da construção havia uma ampla área denominada foyer, onde foram realizadas as gravações. Era uma estrutura vazada de 23m de altura e 400m de área, com 800 janelas que mudavam de cor graças a um elaborado sistema de efeitos visuais. A direção podia, então, alterar a aparência da fachada do edifício – iluminada por 6 mil lâmpadas – fazendo com que as cores variassem do vermelho ao verde e ao amarelo. Uma subestação de energia com capacidade para 64kw tornava possível a iluminação de toda a estrutura. Um domo feito de policarbonato em tom azul foi instalado no teto, filtrando a luz natural que entrava no ambiente. O efeito era o de uma grande torre voltada para o céu.
- Na parte externa do shopping, uma avenida de 16m levava até a entrada do edifício. Esculturas gigantes feitas pelo artista plástico Maurício Bentes adornavam as portas de entrada: três esculturas de plástico industrial em forma de bolhas com líquidos dentro e iluminação própria. Em média, cada uma tinha cinco metros de diâmetro e pesava 1,5 tonelada.
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- Para o cenário externo, também foi desenvolvido um projeto paisagístico com jardins suspensos em vários níveis. Um lago de 120m, iluminado por uma sofisticada estrutura com 100 lâmpadas especiais instaladas abaixo da superfície, foi criado ao lado da estrutura central, e conectado a ela através de quatro rampas de acesso aos mezzaninos.
- Para reproduzir o estacionamento de um shopping de verdade, os cenógrafos criaram uma abertura no chão na qual os carros entravam, dando a impressão de um estacionamento subterrâneo. Na verdade, o carro dava uma volta pela parte de trás do cenário e retornava pela saída do outro lado.
- Para as cenas da explosão do Tropical Towers, foram importados mais de 200 mil dólares em equipamentos de efeitos especiais. O cenógrafo Mário Monteiro construiu três maquetes idênticas ao shopping, mas com proporções diferentes: a maior era seis vezes menor do que o shopping original. A segunda era dez vezes menor, e a terceira, 20. A explosão durou cerca de seis minutos no ar.
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- Torre de Babel contava ainda com mais duas cidades cenográficas e 19 cenários internos, entre eles o cortiço onde moram Sandrinha e Bina. O cenógrafo Keller Veiga relatou que o cenário do ferro-velho de Agenor foi concebido para parecer “uma ilha dentro de um ferro-velho”. O quarto da personagem Shirley, por exemplo, foi montado dentro de um trailler acoplado à sala.
- A produção de arte dos cenários – a cargo de Cristina Médicis – levou em conta as características pessoais dos personagens. A casa de Rafaela e Leila tinha ambientes que se complementavam, numa metáfora do relacionamento entre as duas: com poucos obstáculos, poucas paredes, transparente. O papel de parede foi criado a partir das pinturas de Egon Schielle. Já a casa da família Toledo, cheia de conflitos, tem muitas paredes, que, de fato, dividem as pessoas. A lanchonete de Edmundo Falcão era colorida e cheia de detalhes modernos, contrastando com uma jukebox, típica dos anos 1960.
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- A fachada da penitenciária do Carandiru e o presídio do Hipódromo, em São Paulo, foram usados nas gravações das cenas de Clementino na cadeia. A cenografia e a produção de arte reconstituíram cela, corredores, enfermaria e pátio de uma prisão. A cena em que Clementino vê a imagem de César Toledo na televisão do refeitório da prisão e jura vingança foi gravada na Febem do Pacaembu.
- Torre de Babel também teve cenas gravadas em Itaipava, no estado do Rio de Janeiro, e os interiores do Iguatemi Shopping foram usados em cenas que se passavam no Tropical Towers.
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Curiosidades:
- Torre de Babel estreou em 1998, cercada de expectativas. Tratava-se de uma superprodução, com um elenco estrelar se arriscando em papéis pouco comuns em suas carreiras. Tony Ramos fugia do habitual papel de herói romântico para viver um ex-presidiário rancoroso e sombrio. O ator raspou os cabelos, emagreceu oito quilos e meio e apareceu com a barba por fazer em vários capítulos. Cláudia Raia, um dos símbolos sexuais da televisão brasileira, interpretava uma empresária fria, sem sensualidade aparente, que se revelava uma assassina psicopata. Tarcísio Meira e Glória Menezes, o grande casal da televisão brasileira, viviam marido e mulher que não se amavam e acabavam se envolvendo com outras pessoas.
- A novela também causou polêmica por conta de alguns temas até então pouco explorados nas novelas de Silvio de Abreu. O autor tratou de drogas, infidelidade conjugal, homossexualismo e violência, provocando reações em parte da audiência e da Igreja. Alguns telespectadores consideraram excessiva a violência de cenas como a que José Clementino mata a mulher com uma pá, no primeiro capítulo. Dom Eugênio Sales, então arcebispo do Rio de Janeiro, chegou a acusar Torre de Babel de ajudar a destruir os valores morais da sociedade.
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- A repercussão negativa levou a mudanças na estrutura da trama. Nesse sentido, a explosão do shopping teve, em termos de narrativa, uma função similar à do terremoto em Anastácia, a mulher sem destino (1967). O evento já estava previsto na sinopse, mas Silvio de Abreu decidiu utilizá-lo para eliminar personagens que não foram bem aceitos pelo público, como o dependente químico Guilherme e a ex-modelo e empresária Leila, namorada de Rafaela. Segundo o autor da trama, a morte da personagem Rafaela estava prevista desde a sinopse. Com a morte de sua companheira, Leila se aproximaria de Marta, e as duas se tornariam grandes amigas. A partir dessa relação, Silvio de Abreu pretendia discutir o preconceito em relação à amizade de heterossexuais com homossexuais. No entanto, o autor revela que não conseguiu levar sua idéia adiante por conta do que foi divulgado pela imprensa logo nos capítulos iniciais da novela: com a morte de Rafaela, Leila teria um romance com Marta, fato que não estava previsto na história em nenhum momento. Segundo Silvio de Abreu, a repercussão dessa trama fictícia chocou o público, que não queria ver Glória Menezes e Silvia Pfifer em cenas de intimidade. Por conta da repercussão da história e temendo que isso prejudicasse sua novela como um todo, o autor decidiu que Leila também morreria na explosão do shopping. A alternativa encontrada por Silvio de Abreu foi um alívio para o público: Torre de Babel recuperou a audiência e entrou para a lista dos grandes sucessos do autor.
- Outro personagem que também morreu com a explosão do shopping foi o violento Agenor. Na realidade, ele foi dado como morto, e afastou-se da trama durante um período, mas voltou à novela alguns capítulos depois.
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- Silvio de Abreu conta que quis abordar temas que estivessem relacionados ao problema da violência e discutir duas opiniões: a que diz que a violência existe porque a condição social do indivíduo é injusta e a que argumenta que não adianta os ricos se protegerem atrás de grades, porque, mais cedo ou mais tarde, serão atingidos pelo problema. O tom forte de algumas cenas era uma tentativa de escapar à banalização da violência que o autor julgava ter tomado conta dos programas de televisão.
- A abertura mostrava imagens da Torre de Babel bíblica se transformando no Tropical Towers. O tema original era instrumental e dramático. Com as mudanças feitas para suavizar a trama, a canção-tema foi mudada para Pra você, antigo sucesso de Sílvio César, interpretado por Gal Costa.
- Torre de Babel também teve um lado cômico, que funcionou bem desde o princípio. Os bordões de alguns personagens ganharam as ruas. Entre eles, o “percebe”, que Gustinho usava para pontuar suas falas, e o “cala a boca, Luzineide!”, que Bina exclamava cada vez que a amiga fazia menção de falar. Preservando o espírito original do texto de Silvio de Abreu, Cláudia Gimenez introduziu o bordão “Tô podendo!” aos textos da sua personagem.
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- Danton Mello, que interpretava o jovem Adriano de Torre de Babel, teve que se afastar da novela por dois meses devido a um acidente de helicóptero que sofreu quando participava das gravações do programa educativo Globo ecologia, do qual era o apresentador. O ator teve descolamento de vários órgãos e passou por uma cirurgia no abdome. Para explicar a ausência de Adriano, Silvio de Abreu decidiu que, após um grave desastre de carro, o personagem havia sido levado em coma para os Estados Unidos para recuperar-se das seqüelas. Seis meses se passam, e, quando Adriano retorna ao Brasil em uma cadeira de rodas, sua amada Shirley se recuperava de uma operação na perna esquerda e deixara de ser manca.
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- Silvio de Abreu trouxe de volta o personagem Jamanta na novela Belíssima, em 2005. Luzineide também reaparece no último capítulo da trama. Jamanta está no altar, prestes a se casar com Regina da Glória, personagem da atriz Lívia Falcão, quando Luzineide entra na Igreja com vários filhos a tiracolo e impede o casamento.
- Pelo seu trabalho em Torre de Babel, ganharam o prêmio Master de 1998 os atores Tony Ramos (melhor ator), Victor Fasano (personalidade) e Cleyde Yáconis, no papel de Diolinda (hour-concours). Em 1999, a novela foi considerada a melhor do ano pelos jurados do Troféu Imprensa. Tony Ramos foi escolhido o melhor ator, e Adriana Esteves, a melhor atriz.
- Vendida para mais de 20 países, Torre de Babel foi exibida, entre outros países, na Argentina, Bélgica, Marrocos, México, Romênia e Senegal.
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Trilha sonora:
- A trilha sonora nacional de Torre de Babel trazia 14 faixas, com destaque para o tema de abertura da novela, a canção Pra você, de Sílvio César, gravada por Gal Costa. O tema de Sandrinha, o samba S.N.S. (Só no sapatinho), composto e gravado pelo grupo Só no Sapatinho, foi um sucesso nas rádios. Das 16 faixas da trilha internacional da novela, o grande sucesso foi Corazón partío, composta e gravada por Alejandro Sanz.
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