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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A TV Digital chegou ao carro Saiba como escolher (e instalar) a tecnologia no seu automóvel

Marceleza
Ilustrações: Marceleza

Quem já teve TV no carro sabe a complicação que era assistir à programação na época do sinal analógico. Até dava para sintonizar em um canal ou outro, mas o resultado era sempre sofrível. Antenas grandes destruíam a estética, enquanto a imagem cheia de chuviscos, interferências, chiados e cores borradas prejudicavam o entretenimento. Com a TV digital, isso tudo faz parte do passado.

A boa notícia é que já existem à venda TVs portáteis digitais e sintonizadores de TV digital próprios para automóveis. Isso significa que ninguém mais precisa correr para casa para ligar a TV. Em meio a um congestionamento quilométrico, dá para ligar a TV móvel ou então a tela LCD conectada ao sintonizador e acompanhar a novela, um seriado, um telejornal ou uma partida de futebol. Se não quiser parar o carro, tudo bem, a tecnologia permite assistir à TV digital aberta sem interferências. Mas aí o privilégio é apenas para passageiros, OK?

O que diz a lei

É fato. O Código Brasileiro de Trânsito proíbe que o motorista veja TV ou DVD com o veículo em movimento. No entanto, o sintonizador pode ser usado para enviar o áudio dos programas para o sistema de som do carro, o que é permitido por lei.

Caso o motorista ainda não possua um aparelho de DVD instalado no carro, a melhor opção é optar por uma tela de LCD, a partir de 7 polegadas, para exibição da imagem proveniente do sintonizador. Mesmo as telas menores, que podem ser embutidas no quebra-sol do carro ou na parte posterior dos encostos de cabeça do motorista e carona, servem para exibir o sinal digital. Há modelos que custam de R$ 250 a R$ 3 mil.

Atenção: é sempre indicado procurar um técnico especializado antes de instalar qualquer aparelho que use a corrente elétrica do carro. Na maioria das vezes, é necessário substituir a bateria original por uma de capacidade estendida.

Também é fundamental que a instalação elétrica seja muito benfeita, pois curtos-circuitos podem prejudicar o sistema de injeção eletrônica do carro e até ocasionar incêndios, arriscando a vida do motorista e dos passageiros. Tomando alguns cuidados simples, você evita riscos e ainda transforma seu carro em um centro de entretenimento.

Instalação

Marceleza

O processo de instalação é simples. Basta conectar o sintonizador ao sistema elétrico do veículo e interligar uma tela de LCD (cristal líquido) ao aparelho usando cabos RCA. Como a maioria das telas veiculares é de definição padrão (480 linhas horizontais), o uso de cabos RCA é o mais indicado. Para quem não conhece, o RCA é aquele cabinho com a ponteira amarela, usada para vídeo, e ponteiras branca e vermelha, usadas em qualquer aparelho de vídeo. Qualquer cabo de qualidade, que custa em média R$ 50, dá conta do recado.

O sintonizador deve ser fixado em algum ponto com visada direta para que o controle remoto seja usado. Como ele funciona por infravermelho (como na maioria dos rádios automotivos), é necessário que o aparelho “enxergue” o sinal do controle, ou então não será possível trocar os canais. A única exigência é que o veículo conte com uma pequena antena UHF na parte externa. Essa antena é facilmente encontrada em lojas de acessórios automotivos, e custa em média R$ 80. Sem antena, o sintonizador não consegue receber nenhum canal.

No teste, com uma antena de 10 cm, foi possível receber a maioria dos canais abertos por toda a cidade de São Paulo. Há técnicos que conjugam a antena externa, usada para o rádio automotivo, com a UHF.

A TV digital acabou com a obrigação de assistir a um programa no sofá ou na cama. A mobilidade é um dos benefícios do padrão (derivado do japonês) escolhido pelo governo brasileiro. Graças a isso, dá para comprar produtos como o DTV-388, da Nakashi, um sintonizador digital de TV para carro que permite receber imagens dos canais abertos, desde que transmitam em formato digital. Ele é compatível com aparelhos de DVD de teto ou telas simples/retráteis de DVD automotivo com entrada de áudio e vídeo. Pode ser acopladoao painel do carro, plugado no acendedor de cigarro, ou ser instalado escondido atrás do painel, ligado na bateria. Preço sugerido: R$ 330.

Em meados de abril, a Nakashi lançou outro sintonizador no país. Ele possui as mesmas características do DTV-388, só que é mais compacto e possui aberturas para circulação de ar, evitando superaquecimento. Preço sugerido: R$ 430.

Há produtos que também fazem jornada dupla, como o GPS TS 4300 PND, da Tele System. Trata-se de um navegador via satélite que traz embutido uma TV digital compatível com o sistema de TV aberta digital. O equipamento pesa 195 g, tem tela de cristal líquido sensível ao toque, 4,3 polegadas e design italiano. Ele oferece procura automática de canais, ajuste de brilho e legendas em closed caption (se transmitido pela emissora). A autonomia de bateria é de três horas em TV ou vídeos, e de cinco horas na execução de arquivos de áudio. Preço sugerido: R$ 1.999.

Outra opção é fixar no carro uma TV móvel digital, como a Pocket TV, da Tele System, ou a MPTV, da Semp Toshiba Informática (STI). Ambas são discretas, leves e cabem no bolso. A visualização da imagem é satisfatória para uma tela de 3,5 polegadas. O aparelho da Tele System, por exemplo, capta todos os canais digitais da TV aberta na tecnologia One-Seg e ainda traz um gravador de vídeo embutido, que permite gravar em um cartão de memória SD. Pode-se gravar até com hora marcada.

Com até cinco horas de tempo hábil de bateria para recepção de TV e sete horas para músicas, a Pocket TV faz busca automática de canais e aciona o modo gravação. Dá para gravar até cinco horas utilizando o cartão SD de 1 GB. Preço sugerido: R$ 599.
Já o dispositivo da STI permite não só assistir à TV digital como também ouvir rádio, ver fotos, vídeos, escutar músicas em MP3 e ler textos. Com 2 GB de memória e entrada para cartão de memória mini SD de até 8 GB, ele possibilita a gravação de programas de TV e armazenamento de dados. Preço sugerido: R$ 799.

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