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terça-feira, 11 de agosto de 2009

MP pede investigação sobre suposto perfil de Suzane no Twitter

Advogado de Suzane von Richthofen diz desconhecer o assunto.
Ela cumpre pena por morte dos pais no interior de São Paulo.
                Perfil investigado pelo MP; nome de usuário foi                     ocultado na imagem reproduzida do site (Foto: Reprodução/Twitter)
Perfil investigado pelo MP; nome de usuário foi ocultado na imagem reproduzida do site

O promotor Paulo de Palma, da Promotoria de Execuções Criminais de Taubaté, no interior de São Paulo, pediu nesta segunda-feira (10) à Justiça que se investigue se Suzane von Richthofen criou um perfil no Twitter. Ela está presa em Taubaté após condenação pela morte dos pais em 2002. O julgamento foi em 2006.

De acordo com a assessoria de imprensa do MP paulista, o promotor protocolou junto à Corregedoria dos Presídios o pedido de investigação e solicitou ainda que a direção da unidade prisional e que os responsáveis pelo Twitter – uma espécie de blog que virou a mais nova febre da internet – sejam oficiados para prestar esclarecimentos.

O usuário que aparece com o nome de Suzane fez as primeiras postagens no dia 2 deste mês. Na segunda delas, há um aparente erro. "Estow em liberdade provisória concedida por uma liminar (sic)", diz a pessoa. No entanto, Suzane cumpre pena em regime fechado e aguarda o resultado do recurso para obter o direito ao regime semiaberto.

Denivaldo Barni Júnior, advogado de Suzane, se mostrou surpreso com a informação. “Desconheço totalmente”. Para ele, “tais fatos” (Barni se refere ao suposto perfil da ex-estudante de direito) representam uma “verdadeira hipocrisia”. “A defesa tomará ciência da solicitação do promotor para acompanhar as investigações”.

De acordo com o advogado, é preciso que haja a “apuração da responsabilidade criminal de quem cometeu tais atos, já que Suzane encontra-se encarcerada, sem qualquer tipo de acesso a tais veículos de comunicação, como toda pessoa que se encontra presa”.

Precedente

Em setembro de 2006, Suzane chegou a ser transferida do Centro de Ressocialização de Rio Claro para Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, por ter acesso ao computador. Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária alegou que a regalia causou 'descontentamento e irritação' nas demais presas e que Suzane, por intermédio da diretora de Segurança e Disciplina da unidade, conseguia se comunicar com o “mundo exterior”.

Laudo

Suzane está aguardando a decisão da Justiça de Taubaté sobre o pedido de seu advogado para que tenha o benefício do regime semiaberto, em que poderia deixar a cadeia durante o dia para estudar ou trabalhar e voltar só para dormir.

O laudo criminológico elaborado por dois psiquiatras, dois psicólogos e uma assistente social indica que Suzane Von Richthofen, ré confessa do assassinato dos pais, é dissimulada. O documento foi encaminhado ao MP e agora está na mãos de uma juíza da 1ª Vara de Execuções Criminais, que dará a palavra final.

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