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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Marido, mulher e...um bebê no meio

Antes da chegada do seu primeiro filho o casamento era, digamos, diferente? Três mães se reuniram para escrever um livro que fale exatamente para vocês. E o plural aqui é literal: Casamento à Prova de Bebês fala diretamente ora com a mulher, ora com o homem sobre como manter a chama acesa e formar uma família bem feliz

Felipe Gombossy

Felipe Gombossy
Somos três mulheres loucas por nossos filhos. Também amamos nossos maridos e eles sentem o mesmo por nós. Então, por que passamos a brigar tanto depois que os bebês nasceram? Por que ficamos tão irritadas quando eles não conseguem encontrar as chupetas? Por que eles ficam tão chateados com o fato de nosso entusiasmo por sexo ser igual ao nosso entusiasmo por passar roupa? É com essa mistura de tom que vai do humor à lamentação que as amigas e mães Stacie Cockrell, Cathy O’Neill e Julia Stone resolveram dividir com o mundo suas angústias e soluções que encontraram não só na busca por manter um casamentos feliz depois dos filhos – mas também em conversas com centenas de pessoas (há depoimentos e-lu-ci-da-ti-vos espalhados pelo livro). Em Casamento à Prova de Bebês, que a Editora Sextante acaba de traduzir para o português (R$ 24,90), as escritoras – duas mães em tempo integral e uma que também trabalha fora, com filhos de 1 a 8 anos – abordam um pouco de tudo: as dificuldades dos primeiros dias com o bebê em casa, o drama da divisão de tarefas, as mudanças quando o segundo (terceiro, quarto...) filho chega, a influência da família do casal e, claro, questiona por que a importância dada ao sexo pelo homem e pela mulher parecem mudar completamente. As observações vão cair como luva, apesar de fatalmente você discordar de alguma delas – ou sentir diferenças culturais, uma vez que elas vivem nos Estados Unidos. Mas dá para imaginar as soluções acontecendo por aqui também.

Selecionamos e agrupamos alguns trechos do livro com as observações e ideias sugeridas e, no nosso site (www.crescer.com.br), você poderá enviar perguntas às autoras até o final de setembro. Boa leitura para quem está passando por isso, para os grávidos, para quem planeja ter filhos e, sim, para quem passou dessa fase e acredita que ainda há muito o que conversar.

Ei, vocês ainda estão casados!

Cultivar a relação
Todos queremos o melhor para nossos filhos. Sempre vamos fazer tudo para que eles sejam felizes. Porém, muitas pessoas não percebem que o relacionamento entre marido e mulher é a base da família. Quando essa base não está firme, o mundo da criança se desestabiliza. Sabemos que pode parecer absurdo pensar em sair para namorar quando há uma criança agarrada à nossa perna e outra implorando por uma historinha antes de dormir. Mas cultivar a relação conjugal é de extrema importância para que nossos filhos se sintam seguros e felizes. Você não precisa escolher entre ser um bom marido/mulher e ser um bom pai/mãe.

Como as mulheres se sentem
Tudo o que queremos é um pouco mais de ajuda e compreensão. É difícil ser uma máquina de leite. É difícil imaginar voltar ao trabalho quando mal conseguimos organizar nossos pensamentos. É difícil imaginar fazer sexo de novo quando estamos maiores e mais flácidas. E aí ficamos pensando: como eles não entendem isso? Queremos um parceiro e não apenas um ajudante para as tarefas domésticas. E, sem querer ser muito exigentes, um pouco mais de reconhecimento por parte de nossos maridos também seria bom.

Como os homens se sentem
Eles também experimentam um grande amor e um medo terrível. Também se sentem pressionados e exaustos, mas reagem de outra maneira. A paternidade dá origem a uma espécie de “pânico do provedor”. Esse fenômeno faz com que os homens desviem toda sua atenção para o trabalho. A carreira e o sucesso financeiro tornam-se mais importantes que nunca. As mães se preocupam com a alimentação do bebê e os pais em colocar comida na mesa. Uma das consequências do pânico para muitos homens é o “e se acontecer alguma coisa comigo?”

Coisa de mãe, coisa de pai

O incessante diálogo interno
Gostemos ou não (e, acreditem, muitas vezes não gostamos), quando temos um bebê, nosso gene protetor é acionado. É como se um “chip materno” estivesse implantado em nosso cérebro. E não é possível desativá-lo. Esse microchip nos dá audição supersônica (foi o bebê que fez esse barulho?), visão de raio X (essa fralda está suja), reflexos rápidos como a luz e um diálogo interno incessante (será que preciso comprar mais leite? Quando é a próxima consulta com o pediatra? Será que visitei creches suficientes?). Ele também vem com o programa “sempre pensar no pior” instalado, que atualiza automaticamente nossos temores maternos. Como se isso não bastasse, o chip ainda está conectado a um “circuito de culpa” que nos leva a pensar que jamais conseguiremos fazer tudo o que é preciso por nossos filhos, nossos maridos e nós mesmas.

Os homens geralmente usam atalhos
As crianças não tomam banho. Ninguém come legumes. As roupas estão sujas. Ninguém escova os dentes. Esses atalhos nos deixam loucas porque precisamos consertar as coisas que vocês deixaram para trás, o que significa mais trabalho para nós, e sempre temos que estar “no comando”, porque vocês não assumem a total responsabilidade.

A resposta dos homens é sempre a mesma: “relaxe”
Mandar uma mãe relaxar é como dizer a um engenheiro nuclear para não se preocupar com o vazamento no reator que ele precisa consertar.

O papo é sexo

O que significa para o homem
Os homens nos disseram que, assim como as mulheres, também precisam se conectar emocionalmente, só que fazem isso de um jeito diferente, por meio do sexo. Quando eles dizem que “precisam de sexo”, estão dizendo que precisam ser tranquilizados, reconhecidos e ter contato emocional.

O quanto é difícil para a mulher
Não se pode passar do “modo mamãe” para o “modo amante” apenas apertando um botão. Queremos ser cortejadas. Queremos que vocês nos conquistem. Aquele desejo de se sentir atraente não vai embora só porque finalmente conseguimos fisgar um marido.

Quando (não) falar
Quando e como fazer isso é tão importante quanto o assunto a ser discutido. Será que existe um momento apropriado para um marido dizer à sua esposa que ele não está satisfeito com a vida sexual dos dois, ou para a esposa dizer ao marido que ele não está ajudando o suficiente? Sem dúvida existe o momento errado: às 23 horas da terça-feira, quando vocês acabaram de discutir sobre quem deve levar o lixo para fora. Uma conversa dessas deve começar num programa a dois, quando vocês estão carinhosos um com o outro e não se sentem pressionados pelas coisas do dia a dia.

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