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terça-feira, 26 de maio de 2009

Uerj quer derrubar liminar que suspendeu sistema de cotas

Secretário e reitor reuniram-se com o presidente do TJ nesta terça (26).
Procuradoria Geral do Estado será acionada para entrar com embargo.


A Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) vão acionar a Procuradoria Geral do Estado para entrar com um embargo contra a liminar que derruba o sistema de cotas nas universidades fluminenses.

Segundo o secretário Alexandre Cardoso, a liminar deve ser discutida ainda nesta terça-feira (26) com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter. Além do embargo, a Procuradoria Geral do Estado deverá ainda entrar com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Foto: Tássia Thum/G1

O Secretário de Ciência e Tecnologia e o reitor da Uerj são favoráveis à política de cotas

anto, o edital da segunda fase do vestibular, marcado para o final do ano, deverá sofrer alterações. “É um absurdo interromper o edital do vestibular deste ano. A primeira fase da Uerj começa em junho”, afirmou o secretário.

A política de cotas está em vigor há sete anos e reserva 45% das vagas da Uerj, do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) e da Universidade do Norte Fluminense (Uenf), para estudantes negros, provenientes de escolas públicas, deficientes físicos, indígenas e filhos de policiais e bombeiros que morreram em serviço.

Em 2009, apenas 28% dos alunos são de cotas

De acordo com o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves, o percentual de cotas nunca foi totalmente preenchido. Em 2009, apenas 28% dos alunos ingressaram pelo sistema. Segundo Vieralves, um dos motivos é a pontuação de corte exigida para entrar no curso.

“A prova é a mesma para os alunos que concorrem entre cotistas e não cotistas. Porém, para o cotista entrar, ele tem que tirar no mínimo 2 na prova e alguns não conseguem atingir essa marca”, explicou o reitor.

Uerj é alvo de 400 processos por ano

Segundo ele, cerca de 400 alunos não cotistas entram todos os anos com processos contra a faculdade, por não serem aprovado para um curso, mesmo conseguindo uma pontuação maior que a de um estudante cotista aprovado.

“Até hoje, nenhum aluno conseguiu ganhar as ações. Alguns conseguiram liminar para garantir o direito de estudar, mas perderam. Na minha opinião, a política de cotas acelera a superação da desigualdade social. No que depender da Uerj, vamos a todas as instancias para derrubar essa liminar”, afirmou Vieralves.

Passaporte para a vida profissional

Começou hoje, terça-feira, dia 26, a V Mostra de Estágios da UERJ. A jornalista das Organizações Globo Míriam Leitão abriu a programação de palestras e oficinas que irão até o dia 28. Os estudantes também poderão participar de treinamentos e conferir oportunidades de estágio.


Na solenidade de abertura da V Mostra de estágios da UERJ esta manhã, na Capela Ecumênica, a direção da Universidade manifestou-se em relação à decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) que suspendeu, ontem, o sistema de cotas para o ingresso de estudantes carentes nas universidades estaduais. A decisão do Tribunal, concedendo liminar em ação direta de inconstitucionalidade proposta pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro, foi classificada pelo Reitor Ricardo Vieiralves como extemporânea e irresponsável, ressaltando a proximidade com o vestibular.

O Reitor enfatizou ainda a importância de uma formação acadêmica sólida para um profissional versátil, perfil valorizado pelo mercado de trabalho. A primeira atividade da Mostra foi a palestra da jornalista Miriam Leitão, comentarista de economia das Organizações Globo, com tema Emprego e o mundo do trabalho em um cenário de crise global. A jornalista explicou a atual crise econômica global, como o Brasil é afetado e as distorções de nosso mercado de trabalho.

O perfil do profissional buscado no pós-crise, mais qualificado e voltado para ações ambientalmente sustentáveis, também foi abordado pela jornalista. Para Miriam, mulheres e negros são as duas forças emergentes na sociedade, que irão ascender por meio da educação. "A sociedade passará a valorizar a diversidade como vantagem competitiva, agregando valor às perspectivas diferentes que deixarão de ser vistas como problema", afirmou a jornalista, que citou também a criatividade dos grupos mistos como um dos pontos positivos.

Em seguida houve uma apresentação com o Grupo de Oficina de Música do Instituto de Educação Física e Desportos (IEFD), no hall dos elevadores. A Mostra segue bastante movimentada, com diversos estudantes circulando pelos estandes e oficinas na Capela Ecumênica.

(Fonte: UERJ EM DIA Especial)

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