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sábado, 30 de maio de 2009

Comportamento inadequado na dinâmica de grupo pode barrar contratação

Candidatos a vaga participam de atividades de integração.
Segundo psicólogos, trata-se de uma das principais etapas da seleção.
Foto: Mariana Oliveira / G1

Jovens durante dinâmica de processo seletivo para rede varejista

O candidato enviou currículo para a empresa e foi selecionado por preencher os requisitos básicos. Mas, antes de ser contratado, geralmente passa por uma etapa muito importante: a dinâmica de grupo.

Nunca aplicada isoladamente num processo seletivo, segundo recrutadores, a atividade serve para conhecer melhor alguns traços da personalidade do candidato à vaga. E eles garantem: o comportamento inadequado na dinâmica pode tirar o candidato da seleção.

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"Se eu busco um vendedor, que é um cargo que exige flexibilidade, e, durante a atividade, o candidato mostra que não aceita opiniões, ele pode ser eliminado", explica Gisele Andriotti, consultora da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

A timidez, porém, não é motivo para eliminação do candidato, disse a consultora Liliana Notarrigo, gerente de RH da consultoria Allis.

"É lógico que existem pessoas mais introvertidas e mais extrovertidas. A pessoa pode ser tímida, mas o problema é não participar da dinâmica. Se ela falar pouco, mas disser coisas coerentes, tem mais vantagem do que, por exemplo, quem falou demais, foi arrogante, falou no momento em que outra pessoa estava falando, quis ser o centro das atenções."

As dinâmicas são feitas, segundo os recrutadores, com no máximo 20 pessoas por turma e servem para analisar a apresentação pessoal, a dicção, a capacidade de trabalhar em equipe e a criatividade dos candidatos. São mais utilizadas na seleção de funcionários de cargos operacionais do que para candidatos a chefias.

Receita

A consultora Gisele Andriotti afirmou que não existe receita para se dar bem em uma dinâmica.

"É preciso agir de forma natural, da forma que a pessoa é. O selecionador percebe quando alguém tenta ser o que não é."

A gerente da Allis, Liliana, aconselha: "O problema não é como devo me comportar. Não tem jeito certo porque não sabe o que será avaliado. Mas é importante que não criar um personagem e se concentrar bastante no que é pedido."


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