Confira análise sobre o esportivo que chega ao Brasil em junho
Eis a nova geração do Z4 que começa a ser vendida no Brasil no mês que vem
Sempre defendi Chris Bangle e o novo estilo que ele criou para a
BMW, acreditando que já estava na hora de alguém sair do convencional, romper as barreiras estilísticas que perduraram por tanto tempo. E não deu outra: as vendas da marca alemã começaram a aumentar. Mas o fato de ter apoiado a mudança de estilo que acabou com a monotonia de outrora não significa que aprove o quanto Bangle foi radical. Embora os carros tenham ficado interessantes, alguns ficaram estranhos.
Um exemplo disso é o conversível
Z8, que não conseguiu recuperar a elegância das linhas dos modelos dos anos 50 e traduzi-la para os dias atuais, algo que o
Alfa Romeo 8C Competizione conseguiu fazer perfeitamente. E as linhas curvas e grotescas dos esportivos
Z3 e
Z4 de 2002, me deixaram totalmente insatisfeito com as linhas criadas pelo ex-chefe de design da marca bávara.
Traseira curta contrasta com o longo capô
Agora, de repente, eis que surge o mais belo
BMW conversível desde que Albrecht Goertz desenhou o raríssimo clássico
507, criando uma harmonia de traços que combina com o estilo dos modelos chocantes de Bangle e ainda transmite uma idéia de beleza expressiva e alto desempenho.
A nova geração do
Z4, que passa a ser vendido com capota rígida e recolhida com ajuda de um sofisticado mecanismo, superou todas as minhas expectativas. Não apenas belo, o esportivo vem com acabamento luxuoso e um imenso capô que contrasta com a traseira curta, que não deixa de ser um toque de nostalgia e um charme do carro. Algo que lembra os modelos
XK da
Jaguar, ou a
Ferrari 365 GTS/4 Daytona Spider.
Agora, a capota do esportivo é metálica e acionada por um sofisticado mecanismo
Mas desenhar carros como esses é uma tarefa bastante delicada. Tomemos como exemplo o
Lexus SC430, um carro muito bom, mas que tem como fãs apenas as senhoras e senhores que moram nos bairros mais elegantes e tradicionais da cidade. Os verdadeiros fanáticos por esportivos precisam ter algo mais emocionante, que exale testosterona. Claro que existem exageros por aí (escolha seus próprios exemplos), mas esse
BMW, além de alguns carros da
Jaguar e
Ferrari são exemplos da uma dose de emoção na medida certa.
Interior também mudou especialmente os comandos no centro do painel
Motor 3.0 tem 306 cv. Ele faz o BMW ir a 100 km/h em 5,2 s
Sem contar a dose hormonal do desenho do novo
Z4, o carro parece ter sido esculpido por um par de mãos delicadas. Os cantos arredondados e toda a superfície do carro transmitem bastante fluidez. Afinal, ninguém consegue curtir um carro como esse sem perceber que está dirigindo algo melhor do que apenas um monte de superfícies soldadas de qualquer jeito. Depois de tudo isso, vem a pergunta: o
Z4 é perfeito? Claro que não. Mas quando tiver a oportunidade de ver um na rua não vou me ficar surpreso, já que conheço o trabalho brilhante e feito com afinco da equipe de design da
BMW que chegou nesse resultado.
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