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quinta-feira, 28 de maio de 2009

O risco do excesso do consumo de refrigerantes à base de cola

Estudo revela outros males que a bebida pode provocar: problema muscular e cardíaco
Shutterstock

Seu filho tem hábito de tomar refrigerante todos os dias? Atenção. Além de problemas nos dentes, obesidade e diabetes provocados pelo consumo excessivo da bebida, um estudo agora sugere que as bebidas à base de cola também podem trazer comprometimento muscular.

Uma investigação realizada pela Universidade de Ioannina, na Grécia, analisou pacientes que tomaram de dois a nove litros de refrigerante de cola por dia, e o resultado sugeriu que o consumo excessivo pode levar a hipocalemia - queda nos níveis de potássio no sangue. Segundo os cientistas, isso pode ocasionar sintomas de fraqueza muscular leve à profunda, como paralisia. Os vilões seriam três dos ingredientes na bebida: glicose, frutose e cafeína.

Um dos pesquisados, uma grávida de 21 anos, que consumia até três litros da bebida por dia, queixou-se de fadiga, perda de apetite e tinha vômitos persistentes. A análise mostrou que, além dos baixos níveis de potássio, ela apresentava bloqueio no coração.

Embora todos os avaliados apresentaram uma melhora rápida e total após parar de tomar a bebida e serem medicados, os pesquisadores alertam que a hipocalemia crônica leva a problemas mais sérios, como alteração nos batimentos. Segundo Moisés Elisaf, autor do estudo, fadiga e perda de produtividade são outros sinais do excesso de cola.

Para Celso Cukier, nutrólogo do Hospital São Luiz (SP), a quantidade exagerada do consumo de refrigerante é um erro alimentar que, em geral, ocorre na família. “O aumento do consumo se dá com o hábito. A criança que se acostumou a tomar refrigerante desde pequena aos poucos nem se dá conta do volume que ingere”, diz.

E é claro que o que faz mal é o excesso, e não um copinho que o seu filho toma na festa de aniversário do colega. “A saúde alimentar começa em casa. É preciso educar, alertar e limitar as crianças”, afirma Cukier.

O especialista ressalta ainda que principalmente quando as crianças são pequenas, o risco é ainda maior. “Os pais submetem o filho a substâncias químicas sem saber o potencial alergeno delas. Não há justificativa para dar refrigerante”, afirma. Aquele suco de fruta feito na hora é sempre a melhor pedida para a criançada.

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