Documentário traz de volta a saudosa TV Manchete - Confira o Teaser

segunda-feira, 30 de março de 2009

MEMÓRIA DA TV - ARTISTAS: PEDRO BIAL

Pedro Bial. 2007. George Magaraia/ Memória Globo.

Pedro Bial nasceu em 29 de março de 1958, no Rio de Janeiro, filho do publicitário e homem de teatro Pedro Hans Israel Bial e da psicanalista e assistente social Suzane Bial. É o caçula de três irmãos. Aos 14 anos, logo após a morte do pai, foi para os Estados Unidos, num programa de intercâmbio, e estudou dois anos no Cleveland High School, na Pensilvânia. Na volta, completou o segundo grau no Colégio Rio de Janeiro e, em seguida, cursou comunicação social na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, onde se formou em 1980. Durante o tempo em que esteve na universidade, fez alguns curtas-metragens e documentários, o que despertou seu interesse pelo jornalismo televisivo.
Pedro Bial. 2007. George Magaraia/ Memória Globo.
Em 1981, ingressou na TV Globo por meio de um curso de formação em telejornalismo. Depois de passar dois meses como editor na TV Aratu, afiliada da TV Globo na Bahia, voltou ao Rio para editar matérias do Jornal Hoje e do Jornal das Sete. A partir de 1983, paralelamente, substituiu a apresentadora Leda Nagle nas entrevistas especiais que o Hoje realizava aos sábados.

De 1984 a 1988, Pedro Bial trabalhou como repórter exclusivo do Globo repórter, para o qual chegou a realizar uma reportagem sobre o Japão que teve o roteiro da cineasta Tizuka Yamazaki. Em seu último ano de Globo repórter, a emissora criou o Núcleo de Reportagens Especiais, que ficou sob a direção de Narciso Kalili.
Pedro Bial. s/d. Cedoc/ TV Globo.
Em agosto de 1988, Bial foi convidado para assumir o posto de correspondente internacional em Londres. Durante os oito anos em que trabalhou no exterior, o jornalista cobriu acontecimentos importantes como a crise do Leste europeu a reunificação da Alemanha a libertação do líder sul-africano Nelson Mandela as guerras da Bósnia e do Golfo a guerra civil em Angola e o fim da União Soviética. Em 1989, o repórter conseguiu entrevistar o polônes Lech Walesa, o líder do Sindicato Solidariedade.

Em 1995, foi responsável pela coordenação e apresentação do Contagem regressiva. O programa, dividido em 12 episódios, contou a história do Brasil e do mundo nos últimos 30 anos, abordando temas como sexo, esportes, guerras, ecologia, culto ao corpo, violência, religião, informática, terrorismo e vida urbana. No mesmo ano, apresentou um especial em cinco episódios sobre os Beatles e o Retrospectiva 95.
Pedro Bial. s/d. Cedoc/ TV Globo.
Em 1996, como parte da grande reformulação sofrida pelo jornalismo da TV Globo, Pedro Bial foi convidado para voltar ao Brasil e apresentar o programa Fantástico ao lado da jornalista Fátima Bernardes. No mesmo ano, apresentou também o Retrospectiva 96.

Pedro Bial participou da cobertura de diversas Copas do Mundo, como a dos Estados Unidos (1994), a da França (1998) e a da Coréia e do Japão (2002). A partir da Copa da França, passou a ancorar o Fantástico direto dos países-sede. Em todas essas competições, se destacou também ao escrever crônicas ilustradas por imagens da cobertura da Globo, exibidas no Jornal Nacional ou no Fantástico, após os jogos da seleção brasileira. O jornalista também cobriu os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e de Atlanta, em 1996.
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Em dezembro de 2000, Pedro Bial apresentou os episódios da primeira temporada do Brava gente. O programa, do núcleo de produção do diretor Guel Arraes, exibia adaptações de obras da literatura e do teatro. A partir de 2001, comandou Espaço aberto, na GloboNews, entrevistando nomes ligados à literatura. Ficou no programa três anos e, nesse período, conversou com escritores e poetas como Nélida Piñon, Dias Gomes, Ariano Suassuna, Jorge Amado, Zélia Gattai, Mário Vargas Llosa e Adélia Prado.

Desde janeiro de 2002, Pedro Bial é o apresentador do reality show do Big brother Brasil, inicialmente ao lado da atriz Marisa Orth, que deixou o programa algumas semanas depois da estréia.
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Em 2003, Pedro Bial e a jornalista Glória Maria realizaram uma entrevista exclusiva com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A entrevista, exibida no Fantástico com o nome Intimidade com o poder, aconteceu logo no início do primeiro mandato e captou o clima de euforia dos brasileiros com a chegada do ex-operário à presidência do país. Em janeiro de 2006, Bial voltou a entrevistar Lula, em circunstâncias muito diferentes, quando o governo se via envolvido no escândalo do “mensalão”.

Em 2004, Pedro Bial lançou o livro Roberto Marinho, com o perfil biográfico do jornalista e empresário fundador da TV Globo. O trabalho contou com o apoio e a pesquisa do Memória Globo. No ano seguinte, o jornalista foi escolhido para apresentar um programa especial ao vivo em comemoração aos 40 anos da TV Globo. Em abril de 2005, viajou como enviado especial para a Polônia durante a cobertura da morte do Papa João Paulo II. Nas reportagens para o Jornal Nacional, Bial mostrou a tristeza dos fiéis no país e conversou com o ex-líder sindical Lech Walesa sobre o Papa.
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Entre julho e outubro de 2006, Pedro Bial foi o âncora da Caravana JN. À bordo de um ônibus trailler, o jornalista e uma equipe de 15 pessoas visitaram 27 estados do país. A cada 15 dias, sempre às segundas-feiras, ganhava a companhia de William Bonner ou de Fátima Bernardes em uma das cidades visitadas. Durante a viagem da Caravana, Pedro Bial fez as reportagens de Desejos do Brasil, série sobre os anseios e esperanças do povo brasileiro, que foi exibida de segunda a sábado no JN.

Nesse mesmo ano, participou da cobertura da Copa do Mundo da Alemanha. As crônicas do repórter sobre os jogos no mundial, assim como nas Copas anteriores, eram apresentadas nos telejornais da emissora. Bial conseguiu uma entrevista exclusiva com Zagallo, para o Jornal Nacional. O assistente técnico da seleção, que estivera gravemente doente, lamentou emocionado a derrota do Brasil na competição.
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Em setembro e outubro de 2007, apresentou, junto com o jornalista e escritor Eduardo Bueno, a série É muita história, revisitando com um olhar original e bem-humorado episódios famosos da historiografia oficial. A série foi dirigida por João Carrascosa e pelo próprio Pedro Bial.

Pedro Bial foi roteirista, produtor e diretor do documentário Os nomes do Rosa, de 1997, e do longa-metragem Outras estórias, de 1998. É autor de cinco livros, entre os quais Crônicas de repórter, em que relata experiências vividas como correspondente internacional. Também é poeta e, em 1984, fundou o grupo Os Camaleões, com Claufe Rodrigues e Luiz Petry.
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