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domingo, 18 de janeiro de 2009

O "orkut" dos animais

Depois que entrou em um site de relacionamento, Pako ganhou vários amigos. Como em qualquer site desse tipo, a página de Pako traz fotos e a descrição de suas características. De acordo com seu perfil, Pako é “brincalhão, amigo, alegre e tem bom porte físico”. Ali também está escrito que ele gosta de passear de carro e ir à pracinha, e que sua brincadeira preferida é “deitar no sofá”. Através do site, Pako recebe e envia recados, nos quais se despede com “patabraços” e “lambeijocas”, quando se comunica com seus “amicães”. É natural: Pako é um cão de 2 anos da raça golden retriever. Sua página fica em uma rede social para animais de estimação, a PlugPet, criada por seu dono, Roberto Fornasaro.

Assim como Pako, milhares de totós e bichanos têm perfis na web. A primeira rede social de animais foi a Dogster, criada nos Estados Unidos, em 2004. Mas, como a Dogster era restrita ao público canino, logo surgiu uma versão felina, a Catster. A novidade fez sucesso. Em 2005, a Dogster ganhou o Webby, o principal prêmio americano de sites de conteúdo, na categoria de melhor site de comunidade.

No Brasil, a primeira rede animal foi a Petkurt. Criada em 2006, conta hoje com 200 mil “membros”. Outras duas redes vieram em seguida, a PlugPet e a Orkupet. Esta última tem nove meses e 50 mil “usuários” cadastrados. Não são apenas cães e gatos. Há papagaios, hamsters, cavalos, cobras e lagartos. As páginas dos bichos têm suas fotos e detalhes pessoais, para sabermos se eles gostam de crianças ou se são antissociais, o que gostam de comer e qual brincadeira preferem. Como em qualquer rede, há comunidades com animais que têm os mesmos gostos e afinidades. Exemplos são “Adoro dormir na cama do meu dono”, “Fico de pé na pata traseira” ou “Fico triste sozinho”.

O que há de divertido em criar um site pessoal de seu animal de estimação? Afinal, até prova em contrário, os únicos seres racionais com capacidade cognitiva para visitar um site somos nós, o Homo sapiens. Para os donos das mascotes, a diversão é incorporar o espírito dos bichos, escrevendo como se fossem eles. Assim, a dona de um pequinês não avisa as amigas que vai viajar para a praia. Quem dá o recado é a Fifi: “Minha mamãe vai viajar semana que vem e vai me levar. Ela não entrará na internet nos próximos dias”.

As redes sociais animais servem para conectar pessoas. Elas proporcionam s uma série de serviços aos donos de animais. A PlugPet tem um canal para tirar dúvidas, respondidas por um veterinário e um adestrador. Há também um mural para achar bichos para compra e adoção. No caso da procura de animais para procriação, a vantagem é poder escolher o “namorado” ou a “namorada” olhando as características em seu perfil.

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