Documentário traz de volta a saudosa TV Manchete - Confira o Teaser

domingo, 5 de julho de 2009

Robôs japoneses cozinham e arrumam casa

Nova geração chega para substituir humanos.


Arrumar a casa e preparar o jantar não é trabalho para qualquer um. Uma nova geração de robôs está saindo das fábricas no Japão para ocupar o lugar dos humanos.

Eles são nossas criaturas, construídos por nós para nos servir, e estão cada vez mais parecidos com os criadores. O robô Kobian, apresentado ao mundo esta semana, demonstra emoções como a alegria e a tristeza. Esperemos que não fiquem bravos quando pedirmos para nos substituírem em certas tarefas...

Conheça agora o sonho de toda dona de casa: a empregada-robô do futuro. Aquele serviço cansativo, pesado e chato de casa, ela faz sem reclamar. O robô começa o serviço pegando a louça que ficou em cima da mesa e levando para lavar. Aquela roupa suja largada no meio da casa é recolhida e levada para a máquina. Tudo com movimentos precisos e delicados.

Enquanto aguarda a roupa ficar pronta, o robô varre a casa e não deixa a sujeira escondida. Remove a cadeira com cuidado para limpar embaixo da mesa.

O robô ainda precisa de seres humanos para comandar seus movimentos. Mas, como explica o professor Kimitoshi Yamazaki, ele, de certa forma, é capaz de “pensar” usando computadores. Sensores e câmeras permitem que o robô enxergue os objetos. Depois, decide como se aproximar e a quantidade de força que deve usar para agarrá-los.

Em uma feira de Tóquio, os visitantes eram recebidos por um simpático e sorridente robozinho que distribuía lenços de papel. A grande atração era o robô-cozinheiro, especialista em fazer um prato japonês chamado “economiaki”, uma espécie de panqueca. Primeiro ele passa óleo na chapa. Depois joga a massa. A parte mais delicada é virar a panqueca sem esparramá-la. Ele faz com cuidado. Enquanto espera, ainda faz piada.

“Está um calor danado aqui, estou até suando”, disse o cozinheiro-robô.

A comida feita pelo robô tem um aspecto bom. É, realmente, bem gostoso. Depois do almoço, se a gente sentir sede, a mesa-robô traz um suco.

O Japão já produz metade dos robôs industriais em funcionamento no mundo e prevê no ano que vem lançar os primeiros para uso doméstico. O que faz os japoneses tão entusiasmados por robôs é a necessidade: a população está diminuindo, envelhecendo e precisará de ajuda. Por exemplo: esqueceu onde deixou algo? Chame um robô que tem quatro câmeras que acompanham tudo que a pessoa faz ao longo do dia.

Se deixarmos uma calculadora dentro de uma gaveta e momentos depois quisermos a calculadora, é só perguntar para o robô e ele vai responder. Na tela de TV, estão as imagens de todos os objetos que o robô viu ao longo do dia e também de uma sala. Se quisermos saber onde está a calculadora, é só apertar o botão que ele informa: dentro da gaveta.

Isso resolve muitos problemas cotidianos. Mas será que vamos ter de conviver o dia todo com máquinas? Talvez seja mais agradável se elas forem feitas a nossa imagem e semelhança.

Na Universidade de Kioto, um projeto está avançado. Lado a lado, ficam o robô e o cientista. Fica até difícil saber qual dos dois se deve cumprimentar. Criador e criatura usam até a mesma roupa.

O professor Ishiguro Hiroshi gosta de bater um papo com o irmão-gêmeo cibernético. E ele responde! A verdade é que o robô ainda não fala sozinho. As respostas e a maioria dos movimentos são do assistente, que fica na sala ao lado. Cada movimento que faz o robô repete.

O professor explica que alguns movimentos, como piscar e mexer os ombros, são automáticos. Ele diz que construiu um robô igual a ele para pesquisar mecanismos que facilitem a convivência de homens e robôs.

“Mas no futuro posso mandá-lo para outro país dar uma palestra no meu lugar”, afirma.

Uma das expressões que esse robô faz é a de quem está pensando. Trata-se de uma habilidade que somente nós humanos temos – por enquanto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário