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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Fabricantes de automóveis apostam no câmbio automatizado

Em julho, o sistema de transmissão chega a cinco modelos.
Veja quais são as novidades e como a tecnologia funciona.
O câmbio automatizado não é novidade por aqui, mas começa a despertar mais interesse de montadoras e consumidores. O sistema nasceu em 1989, na Fórmula 1 e começou a ser utilizado em carros de passeio na Europa em 2000. No Brasil, foi adotado de fábrica no Chevrolet Meriva em 2007. No ano seguinte, passou a equipar o Fiat Stilo, depois o sedã Linea e até o final de julho estará disponível também no Palio, Palio Adventure, Siena e Idea. Outra novidade que chega este mês é o Polo I-Motion, primeiro modelo da Volkswagen no país a trazer a tecnologia.

Foto: Divulgação

Os câmbios automatizados Dualogic e Easytronic

O sistema automatizado não é automático, nem manual. É um pouco dos dois, como um carro flex, que roda tanto com álcool quanto com gasolina e quem escolhe qual usar é o motorista. Quando a opção automatizada é selecionada, uma central eletrônica atua na embreagem e no câmbio. Por meio de sensores de velocidade e rotação do motor, essa central escolhe o melhor momento e efetua a troca das marchas - por isso não há o pedal de embreagem.

O condutor também pode fazer as mudanças manualmente, de forma sequencial, na própria alavanca. Nos câmbios automatizados há a opção de modo de condução mais esportivo, comum nos automáticos. Ao pressionar a tecla “S”, as trocas de marchas passam a ser efetuadas em um giro mais alto e em um tempo menor, aproveitando melhor a potência do motor.

O que muda de um sistema de uma marca para outro é basicamente o nome. A GM chama de Easytronic, a Fiat de Dualogic e a Volkswagen de ASG. “O conceito tecnológico do câmbio automatizado da Fiat e da Volkswagen é o mesmo, mas como há diferenças entre os modelos o sistema foi adaptado para cada marca”, diz Eduardo Campos, engenheiro e gerente comercial da Magneti Marelli Power Train, fabricante de sistemas e componentes automotivos que desenvolveu a tecnologia para as duas marcas. Em relação ao Easytronic, a diferença é que o sistema, desenvolvido pela Luk, é elétrico enquanto o da Magneti Marelli é hidráulico o que, segundo a engenharia, dá mais precisão e rapidez nas trocas de velocidade.

Mas qual é a vantagem do câmbio automatizado? Preço e comodidade, segundo as montadoras. Um câmbio automático custa em média R$ 4.500, enquanto o Dualogic, por exemplo, sai por cerca de R$ 2.400. No Stilo e no Linea a Fiat oferece ainda como opcional as borboletas atrás do volante, que faz parte de um pacote que inclui comandos de rádio no volante e acrescenta R$ 3.641 no valor do carro. Neste caso, o custo ultrapassa R$ 6 mil e perde o apelo do preço. No Meriva, o sistema é oferecido nas versões equipadas com motor 1.8 que partem de R$ 45.879.

Outro ponto levantado pelas fabricantes é a economia de combustível. “O consumo varia muito de acordo com o modo de condução do motorista, mas é possível economizar entre 5% a 10% quando comparado a um câmbio automático de 4 marchas que exige mais energia do motor”, diz Campos.

Ao volante

Rodando, as diferenças entre um câmbio automatizado e um automático são bastante perceptíveis. Para motoristas de primeira viagem, os trancos nas trocas de marcha causam certo incômodo e estão muito distantes da suavidade das trocas dos automáticos de última geração e da delicadeza do câmbio CVT. A dica para “sofrer” menos com as pancadas é aliviar o pé do acelerador durante as passagens. Outra diferença está no gerenciamento eletrônico dos engates. Em geral, o câmbio automatizado demora a responder. É como se ele estivesse meio perdido. Ao afundar o pé no acelerador, por exemplo, o sistema não sabe se reduz uma ou duas marchas.

Caso o motorista opte por fazer a redução manualmente, se ela for muito brusca, da quinta para a segunda marcha, por exemplo, o sistema não permite a troca e avisa o motorista por meio de uma mensagem no quadro de instrumentos e um alerta sonoro. O mesmo acontece se o condutor tentar engatar uma marcha maior em uma velocidade ou rotação muito baixa.

Por outro lado, o câmbio automatizado facilita o anda e para do trânsito já que, no modo manual, o motorista não precisa reduzir as marchas ao parar em um semáforo. Isso porque a central eletrônica reconhece a rotação mínima de cada marcha e faz as trocas automaticamente, reduzindo as velocidades até voltar para a primeira marcha.


A mudança do modo automático para o mecânico ou vice-versa pode ser feita a qualquer momento, com o carro parado ou em movimento. Para fazer a troca, é necessário dar um toque na alavanca para deslocá-la para a esquerda (manual) ou direita (automático).

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