A Darpa, instituição de pesquisa avançada ligada ao Pentágono, desafiou a indústria aérea a desenvolver um avião de vigilância e comunicação que pudesse voar sem parar por cinco anos movido a uma energia limpa, a solar. É um desafio e tanto: o recorde atual de vôo inimterrupto é do Voyager que, em 1986, voou percorreu quase 25 milhas, durante nove dias, sem reabastecer.
O primeiro projeto inscrito na competição, batizada de Vulture, foi o Odysseus, da Aurora Flight Sciences. Se vencer seus rivais, gigantes do setor, como a Boeing e a Lockhee, a empresa vai poder tornar real o projeto. O super-avião é gigante – tem 150 metros de largura, mais do que o dobro do Antonov, maior avião existente no mundo – e vai poder voar com uma velocidade de 225 quilômetros por hora, a 21 mil metros de altitude. O tamanho é o segredo para se manter mais tempo no ar: a superfície do Odysseus é coberta de painéis solares, que vão garantir energia para manter o voo. Apesar de ser grande, o Odysseus é leve: deve pesar pouco mais de 3 toneladas, quase uma tonelada a menos do que o Voyager.
Segundo o projeto, o super avião decola dividido em três partes, para se juntar já no céu, possivelmente usando a mesma tecnologia que a Nasa utiliza para conectar os módulos de suas naves. As partes podem formar ângulos diferentes para aproveitar ao máximo a luminosidade solar. A Aurora ainda está pesquisando os melhores meios de armazenar a energia para manter o avião no ar, mas pode usar uma série de baterias dispostas por toda a estrutura da aeronave.
O Odysseus que, a olho nu, deve ficar parecido com uma estrela, pode ser usado para fins militares, como a vigilância de áreas de fronteira. Segundo a empresa, porém, a aeronave também pode ter fins civis, como monitorar a formação de tempestades, as mudanças climáticas e a camada de ozônio.
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