Mesmo o telespectador mais descompromissado percebeu que diante de si estava uma - ou talvez A melhor – interpretação da tv brasileira. A Flora de Patrícia Pillar é uma personagem de tamanha complexidade, nuances e dubiedades. Mesmo em momentos de extrema vilania, Flora não é caricaturada. Enfim, não há uma lacuna sequer em sua magistral interpretação.
Em seu site, o filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. faz interessante texto sobre as atuações. O título é "Flora a Rainha, Patrícia a trabalhadora”. Aqui vai alguns trechos:
"Patrícia Pillar e Ary Fontoura já estavam consagrados como atores. Mas, em “A Favorita”, eles ultrapassaram todos os limites da perfeição profissional.”
“Dizem que Patrícia Pillar deixa a Globo louca, pois quer refazer cada cena até chegar à perfeição. E chega.”
“ Mas, no caso de Patrícia, ela irradia capacidade para além de Flora. Dodi pega isso. Silveirinha não precisa pegar, basta ter Flora para ele ser quem ele sempre foi – a criação também com vida feita por Ary Fontoura, um ator para além de qualquer limite.”
“É como se não existisse Patrícia Pillar, e somente Flora. Não é um trabalho de atriz dando vida a um personagem. É o trabalho de um personagem que tem vida.”
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