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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Cientistas europeus criam robô que assimila conceitos matemáticos e físicos


BERLIM - Cientistas do projeto de pesquisa europeu XPERO criaram um robô capaz de aprender conceitos matemáticos e físicos e utilizá-los para se locomover, informou nesta terça-feira a Universidade de Bonn-Rhein-Sieg, que fica em Sankt Augustin (oeste de Alemanha). Trata-se de um processo de aprendizagem mecânico, e o robozinho humanóide se movimenta graças a conceitos como localização e orientação por sistema de coordenadas.

De início, a máquina anda sem rumo e registra dados sensorias, que emprega posteriomente para produzir um modelo. A partir daí, ela consegue antecipar a localização de objetos e como eles mudam de posição enquanto ela se move.

Os autores do projeto, Jure Zabkar e Ivan Bratko, da Universidade de Ljubljana (Eslovênia), afirmam que "o que para uma pessoa é algo trivial, para um robô pode ser uma dificuldade enorme". Eles explicam que robôs normais têm menos conhecimentos que um bebê e que não distinguem objetos, mas apenas manchas de cor e cantos.

- Eles não tem a noção do que é um objeto, nem de sua posição num sistema de coordenadas ou de como esse sistema varia em função de seus próprios movimentos - explicam.

Por isso, os cientistas desenvolveram um mecanismo que permite à máquina estabelecer uma rotina que serve para extrair dados sensoriais e traduzi-los em um modelo que ajuda a explicar e antecipar sua rota. Graças a esse mesmo algoritmo, o robô "compreende" também conceitos físicos como a "flexibilidade" de um objeto e seu "grau de liberdade de movimentos".

O que de início era considerado um problema acadêmica tem na verdade uma relevância enorme, diz o coordenador do projeto Erwin Prassler, da Universidade alemã de Bonn-Rhein-Sieg.

O XPERO cria as bases que permitirão que no futuro se desenvolva uma tecnologia que dará origem à nova geração de robôs de serviço, que possam limpar a casa, cortar a grama ou engraxar sapatos.

Os andróides criados até agora não têm inteligência, pois são aparatos pré-programados, incapazes de exportar dados que não conhecem nem empregar sistemas que não tenham sido programados anteriormente.

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