Por mais banho gelado que tome, chega uma hora em que o sujeito apaga. Literalmente. "Fazer greve de sono é impossível. Em média, após 96 horas de privação, o indivíduo não aguenta e sofre um rebote de sono", diz a pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, da Associação Brasileira do Sono. E, segundo a neurologista Andréa Bacelar, da Sociedade de Neurofisiologia Clínica do Rio de Janeiro, não há café, mate ou guaraná que dê jeito. E por um motivo simples: tais substâncias, explica ela, não têm efeito acumulativo. "É importante não brigarmos nunca com esse fenômeno fisiológico involuntário chamado sono porque, nessa briga, só existe um vencedor. E, dependendo da atividade que estivermos realizando, podemos colocar a nossa vida e a de terceiros em risco", diz Andréa.
Mesmo assim, contrariando as previsões médicas, o finlandês Toimi Soini bateu, em 1964, o recorde mundial de privação do sono: 276 horas (ou 11 dias e meio). A façanha foi reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, em 1989, mas a categoria foi extinta pouco depois. Motivo? Causava muitos males à saúde dos candidatos.
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