Maior feira de eletrônicos do mundo exibe televisores de LED, em 3D, com acesso à internet, ecoeficientes e com imagens cada vez melhores
Cada vez mais as pessoas vão a sites para assistir a séries e a filmes. Em vez de ficarem reclamando da “ameaça online”, Samsung, Philips e Panasonic resolveram incorporar a rede mundial de computadores em novos modelos. As três empresas exibiram televisores embutidos com processadores que se conectam a internet via cabo ou Wi-Fi. É possível usar widgets, programas simples de serviços como informações metereológicas ou de últimas notícias, e navegar em portais pré-selecionados, como o popular site de vídeos YouTube, e sites comuns. O controle remoto assume as vezes na seleção do conteúdo a ser exibido. Os televisores testados por Época NEGÓCIOS ainda deixam a desejar no quesito velocidade. A “programação” selecionada demora para carregar, o que exige um pouco de paciência. Mas isso tende a evoluir. A vantagem é poder conferir o conteúdo em telas com dimensões muito superiores às dos PCs, sem precisar fazer conexões via um emaranhado de cabos.
LED PARA VALER
Por enquanto, apenas a Samsung tem um modelo com LED à venda no Brasil. Mas, na IFA, todas as grandes empresas exibiram uma vasta seleção de modelos com iluminação provida pelas lâmpadas de diodos orgânicos acionadas por correntes elétricas. A maior parte ainda conta com um conjunto de lâmpadas que reveste a borda por trás da camada de vidro da tela. Os feixes são estendidos para o restante da tela, o que promove melhor contraste (leia-se branco mais branco e preto mais preto). Isso graças a um melhor controle da graduação de luz das LEDs. Mas o próximo estágio dessa tecnologia já estava à mostra no estande da Philips. O Direct LED incorpora as pequenas lâmpadas em toda a tela, divididas em segmentos. Com isso, diferentes partes da tela podem ser acesas ou apagadas separadamente, o que acentua ainda mais o contraste. O ponto fraco das LEDs – e do Direct LED - ainda é o preço, muito superior aos das TVs de LCD comuns.
Junto com as LEDs, que consomem menos energia, todos os televisores passaram a exaltar seu reduzido consumo de energia. Esses diodos orgânicos só emitem luz quando uma corrente elétrica passa por eles para gerar imagens mais escuras ou claras. Já os modelos de LCD tradicionais contam com luzes fluorescentes que permanecem sempre ligadas e têm a sua luminosidade aumentada ou diminuída para gerar contraste. Os índices de redução de energia giram em torno de 50%, o que representa um grande avanço nesse quesito em relação às gerações anteriores. Além disso, os gabinetes dos aparelhos usam cada vez mais materiais recicláveis, como alumínio e plástico, e adesivos eletrônicos para logomarcas e outras informações, o que dispensa o uso de cola e outros materiais químicos danosos ao meio ambiente. O manual de papel também é um item em extinção. No lugar, há versões eletrônicas acessíveis pelo controle remoto. Não dá para esquecer das embalagens, que também são cada vez mais minimalistas e reaproveitáveis. A ecoeficiência é uma tendência que já virou realidade.
3D NA SALA DE ESTAR
Não houve fabricante que não mencionasse o 3D. A Panasonic foi a primeira a exibir um modelo com imagens em três dimensões. A Philips exibiu um protótipo em seu estande. A Sony anunciou que irá produzir televisores do gênero a partir de 2010. A tecnologia é apontada como o grande atrativo capaz de reverter a queda na venda de TVs de alta definição gerada pela crise. Realmente, assim como no cinema, a técnica dispensa de vez os truques e saltos de elementos da tela, para conferir uma profundidade maior às imagens, como se a tela fosse uma janela para algo que está acontecendo a sua frente. No entanto, todas ainda exigem o uso de óculos capazes de fundir as imagens duplas exibidas na tela, o que é um tanto incômodo. Sem falar nos preços nas alturas, todos na casa de milhares de euros, o que torna os modelos proibitivos até mesmo para mercados de ponta, como os países europeus. O 3D chegou com força na IFA e cheio de promessas de invadir o mercado em 2010, mas esses dois fatores deixam em questão se, passado o próximo ano, a tecnologia ainda continuará a ser isso, uma promessa.
A BUSCA PELA IMAGEM PERFEITA
Para todo lado que se olhe, cada empresa apresenta diferentes métodos de melhorar a qualidade da imagem. Há meios de aumentar o contraste, diminuir as distorções de cenas em movimento, reduzir a granulação e tornar mais reais as cores exibidas. Tudo porque esse ponto, qualidade de imagem, é apontado por consumidores em pesquisas como o mais importante fator na hora de decisão de compra. Basta pensar no último modelo que você ou seu amigo comprou para ver que essa é mesmo a realidade. Os artifícios para obter isso variam de estande para estande da IFA. Mas uma coisa é certa: estamos cada vez mais próximos da imagem perfeita.
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