Autor diz que proibição foi 'equivoco' que viu apenas 'lado político'.Reprodução de site colombiano mostra obra do artista plástico Jorge Méndez que retrata Chávez como o personagem Chapolin Colorado
O Convênio Andrés Bello (CAB) proibiu a instalação, em Bogotá, da mostra em que um artista colombiano retrata o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, como o super-herói Chapolin Colorado, ao considerar que a obra é uma "falta de respeito" ao líder.
A obra do artista plástico Jorge Méndez era patrocinada pelo CAB, organismo de integração criado em 1970 que tem 12 países ibero-americanos como membros, e que depois acabou decidindo cancelar a exposição.
Os convites da mostra apresentavam Chávez vestido como Chapolin Colorado, personagem criado pelo humorista mexicano Roberto Gómez Bolaños na década de 1970.
Em entrevista a um site local, o artista disse que proibir a obra foi um equivoco, alegando que a exposição não foi totalmente vista.
Segundo ele, a direção do instituto cultural não prestou atenção em todos os elementos estilísticos da obra, e olharam apenas o lado político.
O artista explicou que a mostra "Halloween" era formada por várias instalações e um vídeo, em que convocava uma festa com diferentes personagens da vida política colombiana e internacional.
"A obra não se refere a Hugo Chávez, já que não é o protagonista na festa de Halloween. Todos estão disfarçados de seu personagem correspondente em uma metáfora de cada personagem com o imaginário cultural de cada um", contou Jorge Méndez.
Em um quadro de art pop da mostra, de Richard Hamilton, dançam os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez; do Equador, Rafael Correa; da Colômbia, Álvaro Uribe, e dos Estados Unidos, Barack Obama.
Chávez, como Chapolin Colorado, aparece ao lado de Correa, disfarçado de outro personagem da série "Chaves", Quico, enquanto Uribe entra em cena vestido de zelador e Obama, de Papai Noel.
O cantor americano Michael Jackson dança com todos eles vestido como um esqueleto.
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