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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Fiesta, o carro que bateu o Golf

Sucesso absoluto na Europa, nova versão do hatch tem tudo para repetir as boas vendas no Brasil a partir de 2011. Veja como anda a versão 1.6 com motor Sigma
 Divulgação
Ford Fiesta

O novo Fiesta pode ser pequeno, mas carrega uma grande responsabilidade: ser o carro de volume da Ford no mundo todo. Na Europa, onde chegou às lojas no fim do ano passado, o compacto é sucesso. Em março, ele desbancou ninguém menos que o tradicional líder VW Golf no ranking de vendas do mercado europeu, com 52.805 unidades. Sinal de que a marca do oval azul acertou a mão nesta novíssima geração do hatch.

Você que é leitor assíduo da Autoesporte já sabe do potencial do novo Fiesta. Afinal, andamos nele na edição de outubro do ano passado. Mas nossa primeira impressão havia sido com uma versão a diesel. Agora, conseguimos avaliar o modelo 1.6 16V a gasolina, equipado com o motor da família Sigma que fará sua estreia no Brasil no final deste ano, sob o capô do Focus. Além dele, o novo Fiesta nacional também terá um inédito 1.0 no lugar do Zetec RoCam (confira os detalhes na seção Área Restrita). O início da produção em Camaçari (BA), antes previsto para 2010, ficou para 2011. A versão sedã, que será importada do México, vem em seguida.

É impossível falar do Fiesta sem citar o design Kinetic. O formato agressivo revela-se muito bem acabado ao olhar mais próximo. Com uma plataforma totalmente nova, o compacto cresceu (chegou a 3,95 m de comprimento) e ainda perdeu peso em relação ao anterior. Mas mesmo assim ele se equipara aos melhores da classe nos crash-tests. Na Europa, vem com sete airbags e, na maioria das versões, traz controle de estabilidade ESP. Por aqui, terá ao menos os airbags frontais e os freios ABS de série — já de acordo com as novas normas de segurança.

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O interior se manteve praticamente o mesmo do conceito Verve, com materiais caprichados. O painel tem linhas que prendem a atenção. Não há preocupações em termos de espaço na dianteira, e a coluna de direção ajusta em altura e profundidade. Também há espaço adequado para as cabeças atrás, mas a acomodação das pernas nunca se equivalerá à oferecida pelo monovolume Honda Fit. A Ford desenhou o Fiesta para ser estiloso, não para dispor de um grande espaço interno.

O console central hospeda os comandos do computador de bordo, rádio, iPod e do Bluetooth, entre outros recursos. Tudo lógico e fácil de aprender. O desenho dos bancos e das portas foi inspirado em roupas modernas, e o painel é coberto por um material macio e brilhante — um contraste notável sobre o Fiesta brasileiro atual.

O motor 1.6 16V tem duplo comando variável e atinge 120 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, valores mais que adequados para um carro leve — a Ford declara 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e máxima de 193 km/h. E tirar o melhor dele é um prazer. Os números do conta-giros ficam vermelhos a partir de 6.000 rpm, mas o corte da injeção só aparece em 6.600 rpm e foi frequentemente visitado durante o teste, porque o motor gira suave e macio. Seus ouvidos nunca clamam por uma troca de marchas mais cedo, e então você pode se jogar rapidamente nas curvas com o motor cheio.

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Outra vantagem de ser leve é o consumo. O 1.6 é o motor mais beberrão de todas as versões na Europa, mas ainda assim faz bonito: 13,7 km/l na cidade, garante a Ford. Por aqui, vai ganhar injeção flex para funcionar também com álcool.

Quando o assunto é dirigibilidade, aí é que o Fiesta se destaca. Como nos demais Fords europeus, a direção é progressiva e precisa, e o chassi é completamente previsível. Há ainda um pacote Sport opcional com pneus 195/45 R16 e uma suspensão mais firme. Nessa configuração, o Fiesta pode acabar com a disciplina de amortecimento se o piso começar a ondular. Mas também apresenta um excelente nível de conforto na versão com acerto mais macio. Seja qual for a calibragem adotada no Brasil, dificilmente se perderá a elogiada dirigibilidade.

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A direção é firme, parcialmente graças à assistência elétrica — programada para aproximar a direção do centro ao detectar uma inclinação na pista. O ruído dos pneus e suspensão é incrivelmente baixo. Dessa forma, ouve-se apenas o barulho do vento em altas velocidades. O único pequeno intruso nessa condição vem da curta relação de marchas, que faz o giro subir (são 4.500 rpm a 145 km/h). Mas nada que um ligeiro aumento no volume do rádio não resolva.

A Ford ainda precisa fazer algumas coisas antes de lançar o carro no Brasil. Algo como deixá-lo com preço competitivo, na faixa do modelo atual, que deixará de ser produzido. O maior problema do novo Fiesta, porém, é que ainda teremos de esperar até 2011 para tê-lo nas lojas

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