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terça-feira, 2 de junho de 2009

ESPECIAL: 15 ANOS SEM AYRTON SENNA


Há 15 anos, a despedida forçada do ídolo

Acidente fatal a 300km/h na Itália encerrou de forma abrupta a carreira de um dos maiores ícones do automobilismo em todos os tempos

Divulgação / Divulgação

Há exatos 15 anos, em 1º de maio de 1994, uma curva traiçoeira mudou a história do esporte. Quando a Williams de Ayrton Senna passou reto na Tamburello a mais de 300km/h, o Brasil perdeu um de seus maiores ídolos. Da batida forte no muro de proteção à notícia da morte, algumas horas depois, o país inteiro sofreu. E 15 anos não foram suficientes, nem de longe, para apagar da memória os feitos extraordinários do piloto.

Agência/Getty Images

Quinze anos depois de sua morte, Ayrton Senna ainda é apontado por muitos como o melhor da história

O tricampeão mundial de Fórmula 1 (1988, 1990 e 1991) largou na pole position do GP de San Marino, em Imola. Quando sofreu uma quebra na barra de direção, o carro perdeu o controle na curva e bateu forte no muro. Um dos braços da suspensão dianteira foi projetado contra o capacete de Senna. A angústia chegou ao auge quando a morte foi confirmada no Hospital Maggiore, em Bolonha (Itália), após frustradas tentativas dos médicos.

A imagem que ninguém queria ver: a Williams de Senna destruída após o acidente fatal

Naquele domingo, o torcedor brasileiro viu pela TV o fim abrupto de uma trajetória brilhante que começou bem antes da Fórmula 1. Senna passou pelo automobilismo inglês e conquistou títulos em todas as categorias: F-Ford 1600, 2000 e F-3 Inglesa. No principal palco do automobilismo, o tricampeão venceu 41 vezes e fez 65 pole positions para garantir seu lugar entre os maiores nomes da história, num prestígio que ultrapassa as fronteiras do Brasil e até do próprio automobilismo.

Além da competência nas pistas, Senna também ficou conhecido pela generosidade fora delas. Ele iniciou obras filantrópicas que deram origem ao Instituto Ayrton Senna, que hoje atende cerca de 400 mil crianças e jovens em todo o Brasil. Viviane, sua irmã, toca o projeto desde sua criação.
Divulgação/Divulgação

O ar preocupado de Senna chamou atenção


Sua importância para a Fórmula 1 se reflete nos elogios rasgados que arrancou ao longo da carreira – e nas polêmicas em que se envolveu vez por outra. O chefão da categoria, Bernie Ecclestone, não tem dúvidas em afirmar quem foi o maior da história. Para ele, nem o multicampeão Michael Schumacher chega perto.

- Ayrton tinha um carisma que Schumacher não foi capaz de transmitir. Fernando Alonso ainda tem tempo para conquistar isso, mas ainda está muito longe de transmitir emoções parecidas com as que Senna despertava nas pessoas – afirmou Ecclestone há dois anos.

Confira, em números, a vitoriosa carreira de Ayrton Senna
Títulos na Fórmula 1 3 (1988, 1990 e 1991 - todos com McLaren-Honda)
Vitórias 41
Pole positions 65
Pontos 614
GPs disputados 161
GPs finalizados 105
Pódios 80
Voltas na liderança 2.987
Quilômetros na liderança 13.676
Total de voltas percorridas 8.219
Total de quilômetros percorridos 37.934
Largadas na primeira fila 87
Vitórias com pole position 29
Vitórias de ponta a ponta 19
Voltas mais rápidas 19
Máximo de poles conseguidas em uma só temporada 13 (em 1988 e 1989)
Pole positions consecutivas 8, nos seguintes GPs: Espanha, Austrália, Brasil, San Marino, Mônaco, México e EUA (1988) e Brasil (1989)

Grande legado do tricampeão, Instituto Ayrton Senna completa 15 anos em 2009


Agência/AP

Vivane Senna preside o Instituto Ayrton Senna

Nos primeiros meses de 1994, Ayrton Senna confidenciou à sua irmã Viviane que gostaria de criar uma organização para ajudar crianças e adolescentes a desenvolver seus potenciais. Infelizmente, o fatídico dia 1º de maio daquele ano não deixou que o piloto testemunhasse a realização deste objetivo. Há 15 anos, em novembro de 1994, era criado o Instituto Ayrton Senna (IAS).

divulgacao/Divulgação

Ayrton e Bruno Senna tomam café na casa do tricampeão em Angra dos Reis

Sob o comando de Viviane Senna, presidente do IAS, a entidade lutou para combater as causas dos males educacionais, como a reprovação, a distorção idade/série, o abandono e o baixo desempenho dos alunos. Os projetos transformaram a vida de 11.640.930 crianças e jovens, em 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, com 553.512 educadores capacitados. Desde 1994, foram investidos R$ 203.417.308 nos programas educacionais.

Ainda na Lotus, Ayrton conquistou sua primeira vitória nas ruas de Monte Carlo em 1987

- O trabalho com o Instituto está ótimo. Nosso trabalho visa dar a oportunidade que o Ayrton teve para que a criança desenvolva seus potenciais. O gerenciamento de todo o processo da educação é o fator predominante para o sucesso de crianças e jovens, desde que ocorra em quatro esferas: aprendizagem, ensino, rotina escolar e política educacional. Isso fez com que todos os nossos programas tivessem como um dos objetivos preparar equipes voltadas para a busca de resultados, com base em informações quantitativas e qualitativas de fácil acesso e uso – diz Viviane Senna.

Para Viviane, o Instituto é uma forma de propagar os valores que Ayrton Senna teve em sua vida às crianças. É dar a motivação necessárias para que surjam campeões, não no esporte, mas na vida.

- Os valores que estavam por trás das vitórias foram mais importantes. Você pode ser campeão no esporte, no trabalho, na família, se tiver determinação. Os valores do Ayrton estão muito presentes, como a busca pela excelência. Isto é muito importante para as crianças.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciências e a Cultura (Unesco) concedeu ao Instituto Ayrton Senna a Cátedra em Educação e Desenvolvimento Humano, reconhecendo-o e posicionando-o como uma referência mundial nessa área. Ele é a primeira organização não-governamental em todo o mundo a receber este título, normalmente concedido a Universidades e centros de excelência de conhecimento.



Na temporada de 1988 foram oito triunfos. Entre eles os GPs da Hungria...

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