Conheça as alternativas disponíveis e como escolher velocidade.
Cada vez mais comum no Brasil, a internet de alta velocidade já ultrapassa os 13,7 milhões de assinantes no país e deve chegar aos 15 milhões de conexões ainda em 2010, segundo pesquisa da Cisco e IDC. Apesar de oferecer uma grande vantagem -- a de navegar com uma velocidade rápida --, a chamada banda larga exige do internauta algumas informações básicas antes da contratação do plano.
         Vídeo ao lado tira dúvidas sobre banda larga; assista       
     
       Se não souber o tipo de conexão e velocidade que         busca, o consumidor pode adquirir um pacote incompatível com a         área onde mora, acabar pagando muito por um serviço que usa         pouco ou contratar uma conexão que deixa a desejar. Para evitar         esses problemas, o G1 traz um guia com         informações úteis para saber como escolher um plano e apresenta         novos tipos de conexão que devem se popularizar no Brasil.
     
       >>> O que é a banda larga?       
       Banda larga é uma internet de alta velocidade que         permite conexão permanente. O Barômetro Cisco no Brasil, um         estudo que mapeia esse tipo de acesso no país, considera banda         larga a conexão com velocidade superior a 128 Kbps (kilobits por         segundo). No ambiente doméstico, os usuários conseguem contratar         até 12 Mbps (megabits por segundo), velocidade suficiente para         baixar uma música no formato MP3 em três segundos.
     
       >>> Quais os tipos de conexão disponíveis?        
       Há diversas alternativas - cada uma com suas         vantagens e desvantagens – disponíveis em diferentes regiões (conheça             aqui características dos diferentes tipos de banda         larga). A conexão pode ser feita via cabo, via DSL (linha         telefônica), rádio, satélite e também via tecnologia 3G. Essa         última alternativa permite a conexão sem fio de dispositivos         portáteis, como celulares e notebooks.
     
       >>> Como escolher um tipo de conexão?       
       Para tomar a decisão, o primeiro passo é saber         quais as opções disponíveis na região onde você mora – muitas         vezes, uma alternativa oferecida no bairro não chega justamente         até a sua rua. A internet a cabo, por exemplo, exige uma         estrutura de cabeamento para levar a conexão até a casa do         internauta. Já a tecnologia DSL precisa de linha telefônica.  
                                   
                   
- Consumidor deve fazer uma boa pesquisa com o vizinho, com a padaria e com a papelaria do bairro para saber que tipo de conexão usam e se o serviço é satisfatório.” Horácio Belfort, presidente da Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar)" 
“O consumidor não deve acreditar no que dizem as propagandas,         geralmente muito bonitas e interessantes. Ele tem de fazer uma         boa pesquisa com o vizinho, com a padaria e com a papelaria do         bairro para saber que tipo de conexão usam e se o serviço é         satisfatório”, aconselha Horácio Belfort, presidente da         Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar).         “Se acreditar só na propaganda, o usuário pode acabar         contratando um serviço que não está sequer disponível em sua         região.”
     
       Depois de descobrir as alternativas que chegam até         sua casa, o consumidor deve considerar fatores como velocidade e         o preço que deseja pagar. Também é interessante fazer um         levantamento com seus conhecidos, para saber se eles estão         satisfeitos com suas conexões ou têm reclamações sobre as         empresas que fornecem o serviço.
     
       >>> Como escolher a velocidade?       
       Se a velocidade da internet não estivesse         diretamente relacionada ao preço cobrado pelas operadoras, a         resposta seria simples: quanto mais rápida a conexão, melhor. No         entanto, como essa vantagem pode pesar no bolso, o internauta         deve levar em conta o tipo de uso que faz da web e se ele         realmente necessidade de muita velocidade. 
                 Internet de alta velocidade já ultrapassa os 13,7                     milhões de assinantes no Brasil.
       Em São Paulo, por exemplo, as principais operadoras fornecem         banda larga a partir de 500 Kbps. Esse tipo de conexão é         suficiente para aqueles que acessam e-mails, páginas de         notícias, redes sociais e não se importam em ter de esperar         alguns minutos até que o vídeo do YouTube carregue para         exibição.
     
       Uma empresa que fornece o serviço de banda larga         faz a comparação, para o internauta saber qual velocidade         escolher. Com 1 Mbps (ou 1 Mega), diz, é possível baixar uma         música por minuto ou um filme em cinco horas. Com 2 Mbps, fica         uma música a cada 30 segundos ou um filme em duas horas. Assim         vai até 8 Mega, que permite fazer o download de uma música em         cinco segundos (720 músicas por hora) ou um filme em 30 minutos         (48 filmes por dia).
     
       “Os valores de tempo e quantidade de downloads         podem variar de acordo com a velocidade disponível no momento da         conexão, a performance do PC e o site utilizado para download         das informações”, ressalta o Speedy, da Telefônica, que oferece         esses dados comparativos. Daí a importância de o internauta ter         um “velocímetro” no computador, para saber se está realmente         recebendo a velocidade pela qual paga (confira mais abaixo).
     
       A velocidade indicada é sempre a de downstream,         para visualizar no computador o conteúdo disponibilizado na web.         A velocidade upstream, para publicar fotos e vídeos em sites,         por exemplo, é sempre menor.
>>> Tecnologia 3G
Essa alternativa é específica para dispositivos móveis. Estima-se         que, dos 13,7 milhões de assinantes de banda larga no país,         quase 2,7 milhões tenham acesso a essa tecnologia via         smartphones, notebooks ou netbooks (computadores         ultraportáteis). Essa tecnologia ser disponibilizada em         aparelhos com chip 3G ou ser acessada via modem, que se encaixa         na porta USB do computador.
     
       Segundo a Vivo, a velocidade desse tipo de conexão         chega a 1 Mbps e depende do modelo do aparelho, do modem, das         condições do sinal, da rede, da região, do tráfego e da         quantidade de conexões simultâneas na mesma antena, podendo não         atingir a velocidade esperada. “Caso você esteja em movimento no         momento da conexão, poderão ocorrer variações nas taxas de         transmissão”, explica o site da empresa.
     
       As operadoras oferecem pacotes com limite de dados         (1GB, 500 MB e 50 MB, por exemplo) ou ilimitados para esse tipo         de acesso – quanto maior a oferta, mais caro o plano. Para se         ter uma ideia que 100 MB de dados podem fazer, a Claro         exemplificou a pedido do G1: enviar ou receber 10.240 e-mails;         baixar 2.048 imagens; fazer o download de 26 músicas em MP3 de         quatro minutos cada; assistir a quatro horas de vídeo streaming         ou fazer o download de quatro trailers com cinco minutos cada.         Se ultrapassar o limite do pacote de dados, o cliente paga por         megabyte excedente (o valor depende do plano). 
Sites medem velocidade de conexão da internet
         >>> Como saber se a velocidade que recebo é a             mesma pela qual pago?       
       Existem diversos programas que têm essa função. É         possível conferir a velocidade de sua internet neste site da Intel, no Teste sua velocidade e no Speed test, por exemplo. Também é         possível ver a qualidade da conexão nos sites Numion yourspeed, Velocímetro RJNET e DU meter.
     
       “Ao contratar um plano, é importante imprimi-lo         para saber exatamente qual velocidade foi contratada. Isso         porque as empresas usam nomes que podem ser confusos. Em alguns         meses, o usuário não saberá mais se o plano dele é o clássico, o         ultraclássico ou o hiperultraclássico”, diz Belfort, da Abusar.         “Se for necessário reclamar, o consumidor precisa ter essas         informações para saber exatamente qual o seu plano.”
     
       >>> Quanto custa a conexão rápida?       
       Pelo conforto que ela oferece, seu preço é mais         alto que a conexão discada – segundo o Barômetro Cisco, esse         ainda é um dos inibidores da internet rápida no país. O valor         pago pelo assinante vai depender do tipo de conexão (cabo, DSL,         satélite, rádio ou 3G) e também da velocidade escolhida. As         alternativas mais rápidas podem ficar na faixa dos R$ 200 mensais.
     
       >>> Há alternativas populares de banda larga?        
       O governo de São Paulo anunciou recentemente um         pacote de banda larga popular que custará até R$ 29,80 por mês –         a velocidade da conexão irá variar entre 200 Kbps e 1 Mbps. Para         cobrar esse valor, as operadoras pagarão menos impostos. Os         internautas interessados na alternativa devem entrar em contato         com as operadoras para saber da disponibilidade da alternativa –         apesar de ser voltado para a população de baixa renda, o pacote         pode ser adquirido por qualquer pessoa.
     
       >>> A qualidade da banda larga no Brasil é boa?
       Não, se comparada com a de outros países analisados em         uma pesquisa das universidades de Oxford e Oviedo. Em uma lista         com 66 nações, o Brasil ficou na 45ª posição. Ainda de acordo         com o estudo, os nove países mais bem colocados -- Coreia do         Sul, Japão, Suécia, Lituânia, Bulgária, Letônia, Holanda,         Dinamarca e Romênia -- já possuem banda larga com qualidade para         aplicações que exigem conexões rápidas, como a TV de alta         definição.
     
       >>> Quais os novos tipos de conexão adotados no país?       
       Há duas alternativas: WiMax e internet via rede         elétrica (também chamada de BPL, sigla em inglês para broadband         over power lines). Veja abaixo detalhes sobre cada uma delas.
     
       - WiMax       
       Essa opção para uso residencial já começou a ser         usada em algumas áreas do país, como a região metropolitana de         Florianópolis (a Embratel só tem a opção para pequenas e médias         empresas). A transmissão de dados em alta velocidade tem maior         alcance do que o Wi-Fi, usado somente em curtas distâncias: no         caso do WiMax, a conectividade tem um raio típico dos celulares:         de 3 km a 10 km entre o assinante e a estação base (antena). A         velocidade de conexão é de 1 Mbps a 5 Mbps, segundo o WiMax Forum.
No sul do país, a tecnologia oferecida pela empresa GlobalWave é chamada de pré-WiMax, que oferece portabilidade, mas não a mobilidade. Isso significa que o usuário consegue conectar seu computador em casa e no centro da cidade utilizando o mesmo login e senha, por exemplo, mas não terá conexão quando estiver dentro do carro, em movimento. Para entrar na web, basta procurar a rede da empresa (como faz quando procura sua rede doméstica) e digitar seus dados pessoais.
“Por causa do custo da antena, por enquanto só oferecemos o serviço para condomínios residenciais e empresas. Essa alternativa é ideal para lugares aonde outras formas de conexão não chegam, pois é possível levar acesso de qualidade a regiões remotas”, afirmou Edson Porto, diretor geral da GlobalWave. Os 2,5 mil clientes residenciais da companhia pagam de R$ 50 a R$ 100 pelo acesso (de 1 Mega a 3 Mega).
 Em testes realizados em São Paulo no ano passado, três estações         de rádio enviaram o sinal para internautas da região de         Pinheiros e Jardins – a velocidade da conexão era de até 2 Mbps         para download e 600 Kbps para upload. Para participar dos         testes, os voluntários tiveram de conectar um modem WiMax à         tomada e então receber o sinal, enviado ao computador.
     
       A principal vantagem dessa tecnologia, segundo as         companhias envolvidas em sua oferta, é justamente a         disponibilização de banda larga em lugares de difícil acesso ou         que não tenham estrutura como cabos e fibras óticas.
     
       - Internet via rede elétrica        
       O uso da tecnologia já foi autorizado pela Anatel         e Aneel – segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, as         distribuidoras devem agora implantar o sistema que permite a         transmissão de dados por meio de sua rede de distribuição. A         principal vantagem dessa tecnologia, que fornecerá acesso à web         pela tomada, é o fato de ela aproveitar uma estrutura já         existente para chegar a regiões onde outras alternativas de         acesso rápido ainda não estão disponíveis.
     
       Os preços e velocidade desse serviço ainda não         estão definidos. Testes já realizados no país mostram que a         conexão pode chegar a 21 megabits por segundo (Mbps), mas essa         velocidade não será, necessariamente, repassada em sua         totalidade para os consumidores.
     
       Para adotar essa alternativa, os futuros usuários         de BPL não precisarão fazer substituições no sistema elétrico --         a não ser que ele já esteja bastante deteriorado. O único         investimento extra necessário para esse internauta é o modem BPL         (com visual parecido ao de uma fonte para carregar bateria de         notebooks), que leva a conexão da tomada até o PC. Veja abaixo         como funciona essa alternativa.
 



 
 
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