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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Saiba como escolher um plano de banda larga

Brasil deve chegar aos 15 milhões de conexões rápidas em 2010.
Conheça as alternativas disponíveis e como escolher velocidade.

Cada vez mais comum no Brasil, a internet de alta velocidade já ultrapassa os 13,7 milhões de assinantes no país e deve chegar aos 15 milhões de conexões ainda em 2010, segundo pesquisa da Cisco e IDC. Apesar de oferecer uma grande vantagem -- a de navegar com uma velocidade rápida --, a chamada banda larga exige do internauta algumas informações básicas antes da contratação do plano.

Vídeo ao lado tira dúvidas sobre banda larga; assista

Se não souber o tipo de conexão e velocidade que busca, o consumidor pode adquirir um pacote incompatível com a área onde mora, acabar pagando muito por um serviço que usa pouco ou contratar uma conexão que deixa a desejar. Para evitar esses problemas, o G1 traz um guia com informações úteis para saber como escolher um plano e apresenta novos tipos de conexão que devem se popularizar no Brasil.

>>> O que é a banda larga?
Banda larga é uma internet de alta velocidade que permite conexão permanente. O Barômetro Cisco no Brasil, um estudo que mapeia esse tipo de acesso no país, considera banda larga a conexão com velocidade superior a 128 Kbps (kilobits por segundo). No ambiente doméstico, os usuários conseguem contratar até 12 Mbps (megabits por segundo), velocidade suficiente para baixar uma música no formato MP3 em três segundos.

>>> Quais os tipos de conexão disponíveis?
Há diversas alternativas - cada uma com suas vantagens e desvantagens – disponíveis em diferentes regiões (conheça aqui características dos diferentes tipos de banda larga). A conexão pode ser feita via cabo, via DSL (linha telefônica), rádio, satélite e também via tecnologia 3G. Essa última alternativa permite a conexão sem fio de dispositivos portáteis, como celulares e notebooks.

>>> Como escolher um tipo de conexão?
Para tomar a decisão, o primeiro passo é saber quais as opções disponíveis na região onde você mora – muitas vezes, uma alternativa oferecida no bairro não chega justamente até a sua rua. A internet a cabo, por exemplo, exige uma estrutura de cabeamento para levar a conexão até a casa do internauta. Já a tecnologia DSL precisa de linha telefônica.

Aspas

  • Consumidor deve fazer uma boa pesquisa com o vizinho, com a padaria e com a papelaria do bairro para saber que tipo de conexão usam e se o serviço é satisfatório.” Horácio Belfort, presidente da Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar)"

“O consumidor não deve acreditar no que dizem as propagandas, geralmente muito bonitas e interessantes. Ele tem de fazer uma boa pesquisa com o vizinho, com a padaria e com a papelaria do bairro para saber que tipo de conexão usam e se o serviço é satisfatório”, aconselha Horácio Belfort, presidente da Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido (Abusar). “Se acreditar só na propaganda, o usuário pode acabar contratando um serviço que não está sequer disponível em sua região.”

Depois de descobrir as alternativas que chegam até sua casa, o consumidor deve considerar fatores como velocidade e o preço que deseja pagar. Também é interessante fazer um levantamento com seus conhecidos, para saber se eles estão satisfeitos com suas conexões ou têm reclamações sobre as empresas que fornecem o serviço.

>>> Como escolher a velocidade?
Se a velocidade da internet não estivesse diretamente relacionada ao preço cobrado pelas operadoras, a resposta seria simples: quanto mais rápida a conexão, melhor. No entanto, como essa vantagem pode pesar no bolso, o internauta deve levar em conta o tipo de uso que faz da web e se ele realmente necessidade de muita velocidade.

Foto: Divulgação

Internet de alta velocidade já ultrapassa os 13,7 milhões de assinantes no Brasil.

Em São Paulo, por exemplo, as principais operadoras fornecem banda larga a partir de 500 Kbps. Esse tipo de conexão é suficiente para aqueles que acessam e-mails, páginas de notícias, redes sociais e não se importam em ter de esperar alguns minutos até que o vídeo do YouTube carregue para exibição.

Uma empresa que fornece o serviço de banda larga faz a comparação, para o internauta saber qual velocidade escolher. Com 1 Mbps (ou 1 Mega), diz, é possível baixar uma música por minuto ou um filme em cinco horas. Com 2 Mbps, fica uma música a cada 30 segundos ou um filme em duas horas. Assim vai até 8 Mega, que permite fazer o download de uma música em cinco segundos (720 músicas por hora) ou um filme em 30 minutos (48 filmes por dia).

“Os valores de tempo e quantidade de downloads podem variar de acordo com a velocidade disponível no momento da conexão, a performance do PC e o site utilizado para download das informações”, ressalta o Speedy, da Telefônica, que oferece esses dados comparativos. Daí a importância de o internauta ter um “velocímetro” no computador, para saber se está realmente recebendo a velocidade pela qual paga (confira mais abaixo).

A velocidade indicada é sempre a de downstream, para visualizar no computador o conteúdo disponibilizado na web. A velocidade upstream, para publicar fotos e vídeos em sites, por exemplo, é sempre menor.

Notebooks podem ter acesso sem fio à web com o uso de modems 3G.

>>> Tecnologia 3G

Essa alternativa é específica para dispositivos móveis. Estima-se que, dos 13,7 milhões de assinantes de banda larga no país, quase 2,7 milhões tenham acesso a essa tecnologia via smartphones, notebooks ou netbooks (computadores ultraportáteis). Essa tecnologia ser disponibilizada em aparelhos com chip 3G ou ser acessada via modem, que se encaixa na porta USB do computador.

Segundo a Vivo, a velocidade desse tipo de conexão chega a 1 Mbps e depende do modelo do aparelho, do modem, das condições do sinal, da rede, da região, do tráfego e da quantidade de conexões simultâneas na mesma antena, podendo não atingir a velocidade esperada. “Caso você esteja em movimento no momento da conexão, poderão ocorrer variações nas taxas de transmissão”, explica o site da empresa.

As operadoras oferecem pacotes com limite de dados (1GB, 500 MB e 50 MB, por exemplo) ou ilimitados para esse tipo de acesso – quanto maior a oferta, mais caro o plano. Para se ter uma ideia que 100 MB de dados podem fazer, a Claro exemplificou a pedido do G1: enviar ou receber 10.240 e-mails; baixar 2.048 imagens; fazer o download de 26 músicas em MP3 de quatro minutos cada; assistir a quatro horas de vídeo streaming ou fazer o download de quatro trailers com cinco minutos cada. Se ultrapassar o limite do pacote de dados, o cliente paga por megabyte excedente (o valor depende do plano).

Foto: Reprodução

Sites medem velocidade de conexão da internet

>>> Como saber se a velocidade que recebo é a mesma pela qual pago?
Existem diversos programas que têm essa função. É possível conferir a velocidade de sua internet neste site da Intel, no Teste sua velocidade e no Speed test, por exemplo. Também é possível ver a qualidade da conexão nos sites Numion yourspeed, Velocímetro RJNET e DU meter.

“Ao contratar um plano, é importante imprimi-lo para saber exatamente qual velocidade foi contratada. Isso porque as empresas usam nomes que podem ser confusos. Em alguns meses, o usuário não saberá mais se o plano dele é o clássico, o ultraclássico ou o hiperultraclássico”, diz Belfort, da Abusar. “Se for necessário reclamar, o consumidor precisa ter essas informações para saber exatamente qual o seu plano.”

>>> Quanto custa a conexão rápida?
Pelo conforto que ela oferece, seu preço é mais alto que a conexão discada – segundo o Barômetro Cisco, esse ainda é um dos inibidores da internet rápida no país. O valor pago pelo assinante vai depender do tipo de conexão (cabo, DSL, satélite, rádio ou 3G) e também da velocidade escolhida. As alternativas mais rápidas podem ficar na faixa dos R$ 200 mensais.

>>> Há alternativas populares de banda larga?
O governo de São Paulo anunciou recentemente um pacote de banda larga popular que custará até R$ 29,80 por mês – a velocidade da conexão irá variar entre 200 Kbps e 1 Mbps. Para cobrar esse valor, as operadoras pagarão menos impostos. Os internautas interessados na alternativa devem entrar em contato com as operadoras para saber da disponibilidade da alternativa – apesar de ser voltado para a população de baixa renda, o pacote pode ser adquirido por qualquer pessoa.

>>> A qualidade da banda larga no Brasil é boa?
Não, se comparada com a de outros países analisados em uma pesquisa das universidades de Oxford e Oviedo. Em uma lista com 66 nações, o Brasil ficou na 45ª posição. Ainda de acordo com o estudo, os nove países mais bem colocados -- Coreia do Sul, Japão, Suécia, Lituânia, Bulgária, Letônia, Holanda, Dinamarca e Romênia -- já possuem banda larga com qualidade para aplicações que exigem conexões rápidas, como a TV de alta definição.

>>> Quais os novos tipos de conexão adotados no país?
Há duas alternativas: WiMax e internet via rede elétrica (também chamada de BPL, sigla em inglês para broadband over power lines). Veja abaixo detalhes sobre cada uma delas.

- WiMax
Essa opção para uso residencial já começou a ser usada em algumas áreas do país, como a região metropolitana de Florianópolis (a Embratel só tem a opção para pequenas e médias empresas). A transmissão de dados em alta velocidade tem maior alcance do que o Wi-Fi, usado somente em curtas distâncias: no caso do WiMax, a conectividade tem um raio típico dos celulares: de 3 km a 10 km entre o assinante e a estação base (antena). A velocidade de conexão é de 1 Mbps a 5 Mbps, segundo o WiMax Forum.

No sul do país, a tecnologia oferecida pela empresa GlobalWave é chamada de pré-WiMax, que oferece portabilidade, mas não a mobilidade. Isso significa que o usuário consegue conectar seu computador em casa e no centro da cidade utilizando o mesmo login e senha, por exemplo, mas não terá conexão quando estiver dentro do carro, em movimento. Para entrar na web, basta procurar a rede da empresa (como faz quando procura sua rede doméstica) e digitar seus dados pessoais.

“Por causa do custo da antena, por enquanto só oferecemos o serviço para condomínios residenciais e empresas. Essa alternativa é ideal para lugares aonde outras formas de conexão não chegam, pois é possível levar acesso de qualidade a regiões remotas”, afirmou Edson Porto, diretor geral da GlobalWave. Os 2,5 mil clientes residenciais da companhia pagam de R$ 50 a R$ 100 pelo acesso (de 1 Mega a 3 Mega).

Em testes realizados em São Paulo no ano passado, três estações de rádio enviaram o sinal para internautas da região de Pinheiros e Jardins – a velocidade da conexão era de até 2 Mbps para download e 600 Kbps para upload. Para participar dos testes, os voluntários tiveram de conectar um modem WiMax à tomada e então receber o sinal, enviado ao computador.

A principal vantagem dessa tecnologia, segundo as companhias envolvidas em sua oferta, é justamente a disponibilização de banda larga em lugares de difícil acesso ou que não tenham estrutura como cabos e fibras óticas.

- Internet via rede elétrica
O uso da tecnologia já foi autorizado pela Anatel e Aneel – segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, as distribuidoras devem agora implantar o sistema que permite a transmissão de dados por meio de sua rede de distribuição. A principal vantagem dessa tecnologia, que fornecerá acesso à web pela tomada, é o fato de ela aproveitar uma estrutura já existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis.

Os preços e velocidade desse serviço ainda não estão definidos. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 megabits por segundo (Mbps), mas essa velocidade não será, necessariamente, repassada em sua totalidade para os consumidores.

Para adotar essa alternativa, os futuros usuários de BPL não precisarão fazer substituições no sistema elétrico -- a não ser que ele já esteja bastante deteriorado. O único investimento extra necessário para esse internauta é o modem BPL (com visual parecido ao de uma fonte para carregar bateria de notebooks), que leva a conexão da tomada até o PC. Veja abaixo como funciona essa alternativa.

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