Já pensou em viajar o mundo inteiro sem entrar de gaiato no navio? Uma rede social promete ajudar a resolver este problema de uma forma inovadora. É o CouchSurfing, ou na tradução literal: surfando no sofá.
O movimento começou em 1999, com o norte-americano Casey Fenton. Ele arranjou um bilhete barato para passar um fim de semana prolongado na Islândia. Só havia um problema: onde se hospedar? Sem muito dinheiro, Fenton enviou mensagens a 1,5 mil estudantes islandeses, perguntando se poderia apenas dormir no sofá. E deu certo! Várias pessoas não só ofereceram abrigo, mas também se prontificaram a mostrar a cidade de Reiquejavique ao visitante.
Ao voltar aos Estados Unidos, Casey Fenton decidiu que nunca mais iria ficar preso a hotéis e à vida de turista sempre que tivesse que viajar. Então, a ideia surgiu. Ele se juntou com outros três amigos e criou o site.
Hoje, com quase 1,5 milhão de cadastros, o objetivo é organizar uma grande rede social interessada não somente em viajar de forma mais barata, mas também em conhecer outras culturas.
Andréa Ramos, de 30 anos, conheceu o serviço através de fóruns na internet. Ela afirma que, além do baixo custo, o CouchSurfing facilita o verdadeiro intercâmbio cultural; o viajante acaba conhecendo a rotina dos moradores locais. “Já hospedei mais de 100 pessoas do mundo inteiro. E já viajei para Alemanha, Suécia, Áustria, França e Estados Unidos”, relembra.
E a conta fica realmente mais barata. Cesar Valentim, de 30 anos, descobriu o CouchSurfing há cinco anos. Ele afirma que um dos pontos positivos é poupar em alojamento e refeições. “Já usei o serviço mais de 500 vezes. Fui apresentado aos ‘truques’ de cada país por quem me hospedou. Então, descobri restaurantes mais baratos, pontos turísticos mais acessíveis. Um exemplo: pegar um barco no Rio Tamisa, em Londres. O turista comum pagaria por um bilhete de excursão convencional; eu não. Ou então pagaria por um guia nos museus; eu fui guiado pelos meus amigos”, explica.
Além de oferecer o sofá, os couchsurfers também podem se prontificar a mostrar seu país para os visitantes. “Nem todos que participam do CouchSurfing necessariamente viajam ou hospedam pessoas. Muita gente se disponibiliza a somente encontrar os viajantes, dando uma de guia turístico, aproveitando para praticar outros idiomas e conhecer outras culturas. É uma forma de fazer intercâmbio sem sair de casa”, brinca Arlindo Pereira, de 20 anos, que já foi hospedado em Hannover, na Alemanha.
QUER PARTICIPAR DO COUCHSURFING? CONHEÇA A REDE SOCIAL!
VEJA ALGUMAS DICAS DADAS POR QUEM É PROFISSIONAL EM SURFAR NO SOFÁ
1) Antes de viajar, cheque as referências dos anfitriões. Sempre entre em contato com antecedência por bate-papo, webcam, telefone. É prudente ter plano B, C e D, caso você não possa ser hospedado de última hora.
2) Apesar de viajar de forma mais barata, sempre há custos. Reserve dinheiro para compras no supermercado, transporte, passeios. E claro, faça um agrado ao anfitrião antes de ir embora. A maioria dos couchsurfers dá um presente ou oferece um jantar de despedida.
3) Se você viaja pelo sistema de CouchSurfing, seria interessante também abrir as portas da sua casa para os visitantes de outros países. Caso isto seja impossível, ofereça para mostrar sua cidade ou tomar um chope num lugar descolado.
4) Viaje com espírito de descoberta. O objetivo principal do serviço é a troca cultural.
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