O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu hoje uma carta enviada por seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, na qual lhe pede apoio para julgar Israel em uma corte internacional por "crimes de guerra" cometidos na Faixa de Gaza, informaram fontes oficiais.
O documento foi entregue pelo ministro iraniano de Assuntos Cooperativos, Mohammad Abbassi, ao assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, confirmaram porta-vozes da Presidência.
A carta também exige o cessar-fogo imediato em Gaza, a retirada do Exército israelense e a reabertura dos acessos à ajuda humanitária na região, explicou Abbassi em entrevista coletiva realizada na embaixada iraniana.
O enviado iraniano disse que o "Holocausto real aconteceu hoje em Gaza", recolheu a Agência Brasil.
Abbassi foi também recebido pelo ministro de Assuntos Exteriores, Celso Amorim, que visitará Israel, a Autoridade Nacional Palestina, Síria e Jordânia entre os próximos domingo e terça-feira.
As autoridades brasileiras reafirmaram a Abbassi a posição do Governo sobre a necessidade de aumentar os esforços por um "cessar-fogo imediato" e pela facilitação da distribuição de ajuda humanitária entre as vítimas palestinas.
Em sua viagem ao Oriente Médio, Amorim se reunirá com representantes dos Governos da região para tentar intensificar suas gestões diplomáticas para encontrar uma saída pacífica às hostilidades.
O ministro ligou para o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para o da Liga Árabe, Amre Moussa, e para seus colegas de Estados Unidos, França, Egito, Turquia, Síria, Espanha e Suíça.
A iniciativa partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou duramente a Organização das Nações Unidas (ONU) por sua falta de "coragem" para resolver o conflito, o que, assegurou, se deve ao poder de veto dos EUA no Conselho de Segurança.
O Israel prosseguiu em sua ofensiva em Gaza após rejeitar o chamado do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo na faixa, onde o número de mortos se aproxima de 800 ao cumprir-se hoje duas semanas de guerra.
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