Sistemas mecânicos tendem a mudar menos e de forma mais lenta quando comparados aos sistemas elétricos e digitais. Muitos dos objetos baseados em esquemas mecânicos são iguais aos de nossos avôs, exceto pelo design. Pense em guarda-chuvas, abridores de lata, motores de carros e câmeras fotográficas...
Como? Câmeras fotográficas? Pois saiba que até as câmeras de hoje são esquemas mecânicos e evoluíram pouco, desde que foram inventadas no século retrasado. Bom, não estamos falando exatamente de Niépce, em 1826, mas do século XIV, e sim, desde então o conceito básico da fotografia não mudou muito, e a combinação mecânica e óptica continua essencialmente a mesma.
Mas é claro, estes aspectos básicos deixaram de ser tão evidentes nas ultimas décadas, até porque a fotografia digital não nos deixa mais pensar em câmeras como caixas escuras. Com a digitalização do processo fotográfico, surgiram novas utilidades para a fotografia que podem ser interpretadas como alterações de estilo, ou como a grande revolução da fotografia, desde a criação da primeira point-and-shot da Kodak. E a partir daí, o processo digital popularizou a imagem. É claro que isso não significa uma melhoria na qualidade no aspecto físico da foto ampliada ou revelada, mas na relação das pessoas com a imagem e, por consequência, o ato de fotografar.
A fotografia, justamente pela popularização de processos anteriores, é um dos melhores exemplos de como a qualidade técnica se desloca em favor da utilidade pratica dos produtos. Ou seja: melhor uma foto de 2 megapixel no Facebook que uma ampliação de 40 x 60cm jogada atrás do armário. Certo?
Ok, mas, afinal, porque usamos três parágrafos explicando toda essa história? Porque essa é uma das melhores câmeras que você pode comprar:
Sinar P3 (Foto: Divulgação) Mesmo que a Sinar P3 aí de cima custasse 100 x menos, ainda assim a recomendação provável seria essa de baixo:
Nokia N8 (Foto: Divulgação) Quando fazemos comparativos aqui no TechTudo, podemos, algumas vezes, acabar conclluíndo longos artigos dizendo que tudo dependerá do seu gosto e sua necessidade. E isso não significa estar em cima do muro ou ser inconclusivo, mas reconhecer que, mesmo com a possibilidade de comprar o que há de melhor, esse equipamento pode não ser a compra mais indicada pra você.
Quer dizer, mesmo que a Sinar P3 tenha, além de 144 megapixels, um mar de especificações que colocam qualquer DSLR high-end (as melhores câmeras) no chinelo, ela só será uma boa opção se você for um (grande) fotografo de publicidade ou de arquitetura. Caso contrário, provavelmente uma câmera muito inferior tecnicamente será infinitamente mais útil. E prática.
Colocando a questão dentro da nossa realidade, nem sempre uma câmera profissional será melhor que uma semi-profissional, ou uma compacta melhor que a câmera de um celular, apesar da melhoria na renderização de imagens tecnicamente melhores.
Por isso, voltamos a bater na tecla: para que você quer uma câmera?
Então você quer fazer um outdoor do seu filho... É isso?
É importante se perguntar como você usa, quando, onde e quanto. Se você fotografa bastante, sabe como, mas não tem como avançar no controle de alguns parâmetros da sua compacta talvez seja a hora de trocar por uma semi-profissional ou até um profissional. Se você comprou uma profissional mas percebeu que está fotografando menos, talvez seja hora de pensar em um smartphone com uma boa câmera, ou até trocar a atual por um semi-profissional. Não será desta vez que você vai ler um veredito com a câmera dos seus sonhos (na verdade vai), mas preparamos esse guia pra deixar a decisão mais fácil e acertada, ou pelo menos fazer com que você chegue na loja sabendo exatamente o que quer e decidir pelo preço.
Vamos começar pelos aspectos técnicos básicos da fotografia. É aqui que vamos entender porque a quantidade de pixels ou a presença de um zoom digital podem não ser tão importantes assim.
Resolução da imagem
A resolução de uma foto é definida pela distribuição de pontos na imagem gerada pela câmera - ou seja: se a imagem é formada por inúmeros pontos sensibilizados pela luz, podemos crer que quanto mais, melhor, certo? Nem sempre.
Em regras gerais, um número maior na frente do "MP", na caixa ou no corpo da câmera, é uma vantagem, mas ainda assim, uma das melhores câmeras para fotojornalismo, tem o mesmo número de pixels que alguns smartphones, mesmo custando mais de 30 mil reais. Isso porque jornais dificilmente têm fotos maiores que 20x25 cm, e portanto uma câmera de 10 megapixels é o suficiente para uma impressão deste tamanho, e o excedente apenas deixaria o trabalho mais lento e os arquivos mais pesados. Se você raramente reproduz cópias em papel e, quando reproduz, usa tamanhos maiores que o clássico 10x15 cm das antigas fotos reveladas, não existe nenhuma razão para você ter uma câmera com mais de 5 ou 7 megapixels. Neste caso, talvez seja melhor pensar em qualidade, mais do que em tamanho.
O número de pixels e a definição podem ser maiores, mas e a fidelidade da cor? (Foto: Wikimedia)
Sensor
Aqui geralmente não há segredos. Sensores melhores tendem a estar nos equipamentos mais avançados e caros. Além da tecnologia do sensor, dos CCDs aos CMOS mais avançados, também existem variações de tamanho, e em geral, celulares tem sensores menores que as câmeras profissionais, por exemplo.
As diferenças entre tipos de sensores são perceptíveis, mas fica mais complicado perceber a diferença entre sensores do mesmo tipo, ao menos para o olhar médio. Para investimentos mais modestos, o problema do sensor fica um pouco menos importante, mas se puder, prefira câmeras com sensor CMOS, ao invés de CCD.
Sensor CCD de câmera digital (Foto: DPFS) Para quem tem pretensões maiores, o CCD deve ser evitado completamente. A questão que pode surgir é optar por um sensor “full frame”. Câmeras compactas e DSLRs costumam ter sensores menores que o padrão baseado nos filmes de 35mm (cinema tradicional). Já os sensores “full frame” têm a mesma área de um filme comum, e são maiores que os habituais sensores digitais.
No geral, basta entender que quanto maior o sensor, melhor. A diferença é perceptível, principalmente, nas profundidade de campo, no “zoom” da lente e nas distorções causadas pelas lentes. Para entender exatamente como o tamanho do sensor influi nestas e em outras características das imagens, seriam necessários outros artigos, mas em linhas gerais sensores “full frame” são uma vantagem.
Agora você entende a diferença? (Foto: Buying Guide Online) Zoom
É muito comum ver anúncios, caixas ou especificações falando em zoom óptico e/ou digital, principalmente em smartphones e câmeras compactas, mas o que nem sempre fica claro é a diferença entre os tipos de zoom, e qual é a desvantagem de ter um zoom digital.
O zoom óptico é obtido pelas lentes ao diminuírem o ângulo de visão para projetar no sensor uma parte menor do cenário. O uso deste recurso pode causar pequenas (quase imperceptíveis) distorções nas bordas da imagem.
Por outro lado, o zoom digital é uma “falsa” ampliação da imagem, o que reduz a resolução drasticamente. Na verdade, o recurso de zoom digital pode ser obtido no computador, ou até mesmo em câmeras e celulares com algum recurso de edição. Para isso, basta cortar a foto e ampliar a imagem. O resultado acaba sendo o de “pixels maiores” da mesma imagem cortada.
Vamos aproveitar e deixar a dica: se comprar qualquer câmera com zoom digital, evite ao máximo o uso deste recurso. Algumas câmeras têm o zoom digital como “extensão” do zoom óptico, mas desative a função, se for possível, para não prejudicar a qualidade da imagem sem intenção.
O zoom óptico por outro lado é quase sempre bem-vindo. Para câmeras compactas e principalmente as câmeras "bridge", este tipo de zoom é quase indispensável, além de ser um excelente recurso de composição. Para usuários mais experientes e exigentes, no entanto, uma câmera sem zoom óptico talvez seja mais interessante, já que a troca de lentes, como as que se vê com fotógrafos de moda ou de fotojornalismo, reproduzem uma qualidade ainda mais fiel ao cenário capturado.
Qualidade da imagem
Nas faculdades e escolas de fotografia, antes da fotografia digital, é dito duas coisas sobre a qualidade da imagem: lentes e filmes. Fazendo relação com o mercado de vídeogames, por exemplo, existiam as analises técnicas e a "religião" para se eleger a melhor película.
Qual é o melhor: Xbox ou PlayStation 3? Ilford ou Fuji? Cromo ou negativo? Colorido ou preto e branco?
Hoje, não existe mais essa opção em câmeras que não sejam as profissionais. Hoje é dia, é comum comprar lente, corpo e filme (sensor digital), tudo junto em um aparelho só. É como se tivéssemos uma única opção, uma única vez. Não é o fim do mundo, claro, e até alguns aplicativos para celular chegam a simular filmes clássico do tempo dos quartos escuros, que divertem e fazem os saudosistas sorrirem.
Já que estamos fisicamente presos a uma escolha, mas virtualmente livres para alterar cores e até “entre positivo e negativo”, resta saber o que você quer que a câmera faça por você. Se você não faz idéia de como uma árvore vai parar na telinha atrás da máquina, é preferível ficar de olho nas câmeras mais fáceis de operar, com funções claras e evidentes para as condições mais usuais, como fotos de noite, pôr do sol, retratos, ...
Você quer uma foto mais bonita ou mais realista? Novamente, nem sempre as melhores especificações indicam a melhor escolha para todas as pessoas. Câmeras compactas, principalmente as de celulares, tendem a gerar imagens saturadas, com cores alteradas e com contraste pequeno - ou, diríamos, com cores vivas demais e pouca diferença entre claro e escuro.
Mesmo assim, as fotos geradas por câmeras compactas no modo automático tendem a fazer mais sucesso com o público, em geral mais do que as fotos tiradas no automático por câmeras avançadas. A questão é saber qual a sua habilidade e intimidade com o processo fotográfico. No geral, para fotos mais fiéis ao que você enxerga com o olho, só com com equipamentos melhores - e mais caros.
Lentes
Assim como qualquer máquina, sistemas ópticos podem não ser perfeitos, mas a indústria luta a séculos para fazer conjuntos cada vez melhores. Isso pode justificar a fama e o alto preço de algumas lentes no mercado ou que nomes como Carl Zeiss e números como f.1.8 sejam tão admirados. Não é fácil, nem barato fazer uma lente que erre pouco, e isto também explica porque é tão difícil identificar uma boa lente. Distorções e aberrações são inevitáveis, mas elas podem ser reduzidas e praticamente todas as marcas mais conhecidas têm produtos satisfatórios. Quem optar por câmeras DSLR mais avançadas pode dedicar algum tempo pesquisando melhor as lentes disponíveis no mercado, elas são sem dúvida um dos elementos mais importântes do processo e provavelmente já terão custado cinco vezes mais que o corpo câmera até você começar a suspeitar que está obsessivo por lentes.
Quem optar por câmeras mais básicas tem que ficar atento a luminosidade, foco, zoom óptico, e controle do diafragma. Quanto mais luminosa uma lente, menor a chance das fotos saírem tremidas ou granuladas. A grande maioria das câmeras tem foco automático, mas a possibilidade de controlar o foco também é sempre muito bem vinda, assim como alterar a abertura do diafragma da lente que será útil para controlar a profundidade de campo.
Recursos e funcionalidades
Voltando ao começo do texto e percebendo que a fotografia continua sendo basicamente feixes de luz controlados por um sistema óptico que atingem e imprimem a imagem em um suporte sensível a luz, e que tudo isso foi sumindo aos olhos do mundo em meio a telas LCD, botões e ícones, parece que chegamos a uma parte importante que são os recursos e funções de uma câmera. Uma pinhole (caixa escura com um orifício de uma lado e suporte do outro, apenas) pode até gerar uma imagem muito parecida com a de uma câmera avançada, a diferença é que no primeiro caso você irá precisar de muitos cálculos, tempo e experimentos para chegar ao resultado final.
Por isso empresas pagam caro a japoneses, indianos e outros tipos de gênios para fazer todos estes cálculos pra você e transformar tudo em poucos botões. Se um iPhone não faz as melhores imagens que a humanidade já viu, ele certamente é um dos que fazem isto com menos trabalho. Enquanto alguém monta a lente no corpo de um DSLR, faz a medição de luz, escolhe o ISO, regula o foco, a velocidade e obturador e abertura, outra pessoa poderia, em bem menos tempo, estar lendo os comentários sobre a foto já tirada e postada no Facebook pela celular. Se mesmo assim você prefere todo o controle sobre a imagem, não faz sentido comprar uma reflex cheia de desenhos fofos na interface. O que deve estar em evidência são controles básicos de uma câmera manual. Você também deve ficar atento a coisas como velocidade de disparo e sincronia com flash, variação do ISO, duração e tipo de bateria, disponibilidade de assessórios e manutenção.
Do celular ao médio formato
Se você tem um celular com câmera e nunca reclamou da qualidade das fotos, está numa situação confortável para continuar lendo o artigo e entender com que outras pessoas andam gastando dinheiro. Se você tem uma Hasselblad e ainda não está contente, então já deve saber muito bem o que quer. Para todos os outros casos, ainda existem muitas possibilidades. Falamos muito sobre compactas, bridges e DSLR e agora que já sabemos quais e para que servem os recursos mais importantes nos equipamentos em geral, vamos entender o que são e qual desses tipos de câmeras queremos.
No sentido horário, começando de baixo: Compacta, Bridge e DSLR (Foto: Arte) Câmeras compactas são aqueles equipamentos pequenos, com lentes fixas (com ou sem zoom), as mais comuns no mercado. As câmeras bridge são câmeras um pouco mais avançadas e maiores, lembram muito as reflex, mas não possuem espelho e geralmente não permitem troca de lentes, embora permitam maior controle e oferecem maior qualidade de imagem se comparadas as compactas. Por fim, as DSLR (Digital Single Lens Reflex), são as que menos sofreram alterações de visual, tamanho e esquema mecânico se comparadas as SLR analógicas, mas foram as que chegam mais próximas de reproduzir a experiência e qualidade dos rolos de filme. Este tipo de câmera tem um espelho a frente do obturador que permite visualizar na visor exatamente o mesmo enquadramento que será capturado no sensor.
Celulares e Smartphones
Celulares com câmera servem de substitutos? (Foto: Arte) Não conseguimos encontrar nenhuma grande razão para um celular simples substituir uma máquina fotográfica propriamente dita, mas a verdade é que alguns dos smartphones mais avançados têm deixado muitas câmeras compactas no chinelo. O Nokia N8, por exemplo, tem 12 megapixels de resolução, lentes Carl Zeiss de excelente qualidade, e ainda grava vídeos em alta definição. Além de fazer imagens melhor que algumas compactas, estes smartphones permitem que fotos e vídeos sejam compartilhados por email ou redes sociais em poucos cliques. Apesar disto, se a sua idéia é comprar uma câmera, não recomendamos um smartphone principalmente pela autonomia da bateria, capacidade de armazenamento e interface especifica, mas se você já tem um celular com uma boa câmera não há muitas razões para pensar em comprar uma compacta.
Se você estiver decidido a ter um smartphone como câmera deve ficar atendo a resolução da imagem, se o dispositivo tem flash e autofocus e se a capacidade de armazenamento não é muito pequena, ou ainda qual a dificuldade de transferir as fotos de um dispositivo para outro. Com algumas exceções, os smartphones tendem a ter câmeras com resoluções que variam entre 2 e 5 megapixels e custam entre R$ 500 e R$ 2.500.
Smartphones recomendados
Nokia N8 - 12MP - R$ 1.499,00
Sony Ericsson Vivaz - 13MP - R$ 999,00
LG Messager - 5MP - R$ 499,00
Compactas
Compacta (Foto: Divulgação) As câmeras compactas point-and-shot (aponte e dispare) continuam muito populares e mesmo depois da convergência com celulares, estes modelos ainda se mostram muito úteis em relação a smartphones por apresentarem construções melhores do ponto de vista óptico. Elas permitem, sem grandes extravagâncias, o uso de zoom e flash mais potentes e bem posicionados, além de serem mais rápidas e contarem com funções, recursos e interface pensados somente no ato de fotografar e filmar.
Algumas câmeras já permitem compartilhar as imagens na Internet e têm componentes com qualidade e tecnologia bastante avançadas. Compactas high-end podem fazer fotos com a mesma qualidade de muitas DSLRs de entrada, ainda que o resultado final não dependa muito de quem clicou. As compactas podem variar entre 3 e 12 megapixels efetivos e podem custar entre R$ 199 e R$ 3.000, sendo que o preço médio de uma câmera com 12 megapixel é de R$ 400 a R$ 600.
Câmeras compactas recomendadas
Sony Cyber Shot W320 - 14.1 MP - R$ 599,00
Canon Power Shot - 12.1 MP - R$ 499,00
Kodak Easyshare M530 - 12.2 MP - R$ 399,00
Bridges
Bridge (Foto: Divulgação) Se compararmos as câmeras com navegadores de Internet, a bridge seria o Ópera, ou seja, a melhor que (quase) ninguém usa. Este tipo de câmera sempre acaba caindo, e ficando, na mão de quem usa DSLR, mas “precisa de algo mais prático, só agora, só por hoje, prometo...”. As vantagens em relação as compactas são grandes: variações de zoom que chegam a 20 ou até 30x, melhor construção óptica, visor ocular, LCD grande, flash embutido mais eficiente e um corpo robusto e confortável o suficiente para ter um grip que guarda as baterias, que precisam ser fortes.
As bridges também costumam ter a interface mais voltada para o usuário que quer ajustar manualmente os parâmetros da câmera, além de permitirem mais controle sobre mais recursos, ainda que recheada de presets para facilitar as fotos mais urgentes. Esta categoria de câmera costuma ter entre 8 e 15 megapixels e o preço pode variar entre R$ 800 e R$ 1.900.
Câmeras bridge recomendadas
Fuji Fine Pix S1800 - 12MP - R$ 899,00
Canon Power Shot SX20 IS - R$ 699,00
Nikon Cool Pix P100 - 10.3 MP - R$ 1.799,00
DSLRs
DLSR (Foto: Divulgação) Também conhecidas simplesmente como reflex, são a continuidade natural das velhas e famosas câmeras “profissionais” analógicas. Obrigatoriamente tem um conjunto de espelhos que permitem visualizar na ocular exatamente a mesma imagem que será capturada nos sensores, por que ambas passam pela objetiva, que na grande maioria dos casos pode ser trocada. Eis uma das grandes vantagens, que revela outra diferença importante, o diafragma (abertura que controla a quantidade de luz) fica na lente, e não no corpo. Isso permite variar a gama de abertura da câmera, além da possibilidade de alternar entre teles e grandes angulares. Esse tipo de câmera costuma contar com sensores melhores e as vezes maiores que as encontradas em compactas ou bridges, assim como processadores e a própria construção dos equipamentos. Embora alguns modelos de entrada venham com flash embutido, todas elas permitem flash externo. São estas também as câmeras que vão apresentar menor ruído em ISO maior que 400 ou 800, além de mais possibilidades em velocidade de disparo, controle de fotometria e simulação de filmes diferentes.
A grande maioria das câmeras reflex não faz vídeo, as que dispõem de tal recurso costumam ser bem, bem mais caras, mas apresentam desempenhos comparados a de uma filmadora HD profissional. Começando pelos modelos de entrada temos resoluções entre 10 e 12 megapixels com preços que variam entre R$ 2.500 e R$ 3.500 em kits com lente. As topo de linha passam dos 32 megapixel e podem custar mais de R$ 25 mil.
DSLRs recomendadas
Sony A330 - R$ 3.299,00
Nikon D60 - 10.2MP - R$ 3.899,00
Canon EOS Rebel XS - 10.1MP - R$ 2.799,00
Conclusão A
Se você chegou até aqui é porque está realmente interessado em saber qual a melhor compra, e neste caso, sou obrigado a dizer que a melhor opção é a bridge mais barata que você encontrar com 10 megapixels e zoom de pelo menos 15x.
Conclusão B
Tente usar essa fórmula: veja o quanto quer e/ou pode gastar, some com a habilidade que você tem com a fotografia, as chances de num futuro próximo querer saber mais sobre técnica e a importância que você da a qualidade em detrimento da praticidade. Quanto maior o número final, mais perto você estará de uma DSLR. Se sua nota ficou alta até o meio do questionário, pense em uma bridge. Se sua nota parou de crescer no item orçamento, pode ser interessante pensar em um smartphone bacana.
Por último, se você ainda não faz ideia de qual comprar, mas ainda assim quer adquirir uma máquina fotográfica, faça uma pesquisa de preços e compre uma câmera de 5 megapixels da marca que você mais confia. Aqui mesmo no TechTudo você pode conferir avaliações individuais de algumas das câmeras mais populares do mercado, ou então acompanhar o blog de fotografia com o Julio Preuss.