Especialista mostra na pista o que é mais indicado. Assista ao vídeo.
A manutenção preventiva do carro envolve, principalmente, os pneus. Neste período de férias, quando os motoristas utilizam estradas e rodovias com mais frequência, o cuidado com esses componentes deve ser redobrado.
Para evitar dor de cabeça e garantir a segurança de todos a bordo, o indicado é fazer o rodízio dos pneus a cada 10 mil km, no máximo. Desta forma, o motorista garante o desgaste homogêneo dos quatro pneus.
No entanto, é muito comum que um par sofra um desgaste maior do que o outro e, por isso, na hora de fazer a troca o proprietário do veículo compra apenas dois pneus. Então surge a dúvida: o mais indicado é colocar o par novo no eixo dianteiro ou no traseiro?
Para responder a esta pergunta, o G1 foi ao campo de provas da Pirelli, no interior de São Paulo, e convidou o piloto de desenvolvimento César Urnhani para fazer o teste. Assista ao vídeo.
Antes, um alerta. “Se um par sofreu um desgaste maior do que o outro, significa que o motorista não obedeceu o prazo correto do rodízio ou nem o fez”, afirma o piloto. “O momento da troca é indicado por um ponto de borracha que fica entre os sulcos na direção da inscrição TWI, localizada na lateral do pneu. Se este ponto está encostando no chão é sinal que está na hora de fazer a troca."
Mas se a dica chegou tarde e somente dois pneus estão desgastados, vamos para pista fazer o teste. Na primeira volta, o piloto optou pelos pneus usados na dianteira e os pneus novos na traseira. "Muita gente afirma que está é a configuração mais segura para o carro", diz Urnhani. Logo na primeira curva, em quarta marcha, a 70 km/h e em pista molhada, é possível sentir o carro perdendo a aderência. "Por meio do volante o motorista é informado de que a dianteira está querendo sair, mas o veículo não chega a fugir do controle."
Na segunda curva do circuito, um pouco mais fechada, o piloto dá um 'golpe' no volante e tira o pé do acelerador. Mesmo com o carro forçando um pouco a dianteira, o veículo conclui a trajetória sem escapar.
De volta à oficina, a ordem é invertida. Os pneus bons vão para a dianteira e os pneus meia vida para a traseira. "A sensação de segurança é muito melhor do que na situação anterior, porque o volante transmite a aderência das rodas dianteiras para quem guia", afirma o piloto. Mas ao entrar na primeira curva o carro já sai de traseira e exige habilidade do condutor para evitar que o veículo rode na pista. "A diferença neste caso é que o motorista não sente a traseira escapando e quando vê já é tarde."
Na segunda curva, rodar foi inevitável. "Ainda bem que estamos em um campo de provas. Se fosse na estrada nós estaríamos em uma situação bem ruim", diz Urnhani. "Portanto, os pneus novos devem ser colocados no eixo traseiro do carro e os pneus usados na dianteira e essa recomendação serve tanto para os veículos com tração dianteira, quanto para os de tração traseira."
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