Além da Copa, suspeita também oferecia falsos empregos para Olimpíadas.
Candidatos tinham que pagar até R$ 2 mil para concorrer às vagas, diz vítima.
Para validar a negociação, de acordo com as investigações, a suspeita criava emails falsos e reproduzia conversas fictícias com supostos funcionários do setor de Recursos Humanos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Ainda segundo a polícia, antes de oferecer as vagas, Simone Neves fazia uma exigência: “Ela me cobrou R$ 2 mil para o agenciamento”, conta um microempresário, que não quis se identificar, que caiu no golpe.
Para conquistar confiança, Simone apresentava um currículo exemplar na internet e dizia que trabalhava na Petrobras. E foi justamente em frente a um dos prédios da empresa, que a acusada foi presa na segunda-feira (18). Ela havia acabado de receber R$ 1 mil de um candidato a uma vaga na organização dos jogos olímpicos, vaga que nunca existiu.
Inquérito
A polícia já sabe que Simone agia com a ajuda de uma cúmplice. O inquérito foi instaurado para identificar e localizar outras vítimas e saber se a golpista participou de outros crimes.
A Petrobras informou, na tarde de terça-feira (19), que Simone Fernandes Neves é funcionária da BL Informática LTDA, uma prestadora de serviços da Petrobras. A companhia já acionou a empresa contratada, solicitando o desligamento da funcionária.
O COB informou que a mulher presa não é funcionária do comitê Rio 2016, e que não cobra qualquer taxa em processos seletivos. Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que não tem vínculo com a organização da Copa de 2014.
A mulher, que se apresentava como funcionária do COB, já teve passagem pela polícia por estelionato. O delegado Fernando Vilapouca explica como não cair neste tipo de golpe: "A pessoa deve primeiro checar junto à entidade se há algum tipo de recrutamento. Depois, verificar se a pessoa que se propõe a esse serviço é de fato funcionária da entidade", explicou ele.
Outro crime
Em setembro de 2010, a polícia prendeu uma mulher que falsificava a assinatura da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. De acordo com a polícia, ela tinha uma empresa de consultoria e marketing esportivo e agenciava profissionais das áreas de saúde, esporte e estética com garantia de trabalho no clube.
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