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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Suspeita de vender emprego para Copa terá quebra de sigilo pedida

Notícia do G1

Além da Copa, suspeita também oferecia falsos empregos para Olimpíadas.
Candidatos tinham que pagar até R$ 2 mil para concorrer às vagas, diz vítima.

Um dia após a prisão de uma mulher suspeita de vender falsos empregos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, a Polícia Civil informou, nesta terça-feira (19), que vai pedir a quebra de sigilo dos emails dela. Segundo as investigações, as vagas prometiam cargo de chefia e salários altos.

Para validar a negociação, de acordo com as investigações, a suspeita criava emails falsos e reproduzia conversas fictícias com supostos funcionários do setor de Recursos Humanos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Ainda segundo a polícia, antes de oferecer as vagas, Simone Neves fazia uma exigência: “Ela me cobrou R$ 2 mil para o agenciamento”, conta um microempresário, que não quis se identificar, que caiu no golpe.

Para conquistar confiança, Simone apresentava um currículo exemplar na internet e dizia que trabalhava na Petrobras. E foi justamente em frente a um dos prédios da empresa, que a acusada foi presa na segunda-feira (18). Ela havia acabado de receber R$ 1 mil de um candidato a uma vaga na organização dos jogos olímpicos, vaga que nunca existiu.

Inquérito
A polícia já sabe que Simone agia com a ajuda de uma cúmplice. O inquérito foi instaurado para identificar e localizar outras vítimas e saber se a golpista participou de outros crimes.

A Petrobras informou, na tarde de terça-feira (19), que Simone Fernandes Neves é funcionária da BL Informática LTDA, uma prestadora de serviços da Petrobras. A companhia já acionou a empresa contratada, solicitando o desligamento da funcionária.

O COB informou que a mulher presa não é funcionária do comitê Rio 2016, e que não cobra qualquer taxa em processos seletivos. Já a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que não tem vínculo com a organização da Copa de 2014.

A mulher, que se apresentava como funcionária do COB, já teve passagem pela polícia por estelionato. O delegado Fernando Vilapouca explica como não cair neste tipo de golpe: "A pessoa deve primeiro checar junto à entidade se há algum tipo de recrutamento. Depois, verificar se a pessoa que se propõe a esse serviço é de fato funcionária da entidade", explicou ele.

Outro crime
Em setembro de 2010, a polícia prendeu uma mulher que falsificava a assinatura da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim. De acordo com a polícia, ela tinha uma empresa de consultoria e marketing esportivo e agenciava profissionais das áreas de saúde, esporte e estética com garantia de trabalho no clube.

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