Capcom poderá patrocinar campeonato de jogo de luta no Brasil em 2010.
Os fãs dos jogos de luta estão divididos. Alguns reclamam que é cedo para “Street fighter IV”, lançado em fevereiro deste ano, receber um novo título em disco, e não por download, que trará batalhas mais equilibradas, mas poucos personagens novos. Outros comemoram a chegada da maior atualização já feita na franquia de luta da Capcom que será lançada em março de 2010 nos Estados Unidos. O jogo trará tudo o que a maioria dos fãs sempre desejou como novos modos on-line e o preço reduzido de US$ 40.
O G1 conversou com exclusividade com Seth Killian, gerente de comunidade sênior da Capcom e que trabalha na produção de “Super street fighter IV”. Ele conta os detalhes da produção e que a empresa poderá trazer um campeonato mundial de jogos de luta em julho do ano que vem ao Brasil. O jogo é produzido para PlayStation 3 e Xbox 360.
G1 – Como foi feita a escolha para os novos personagens no jogo? Os pedidos dos fãs serão atendidos?
Killian – A inclusão de Dee Jay e T. Hawk veio do desejo de Ono –san [o produtor Yoshi Ono] de ter todos os personagens de “Street fighter II” em “Street fighter IV”. Entretanto, isso não foi possível no primeiro jogo. Em relação aos outros personagens, sim, tivemos grande influência dos fãs do game e, certamente, atenderemos a maioria dos seus pedidos.
Um dos novos lutadores de 'Super street fighter IV',Dee Jay, ganha a batalha do veterano Rufus.
G1 – Alguns jogadores estão reclamando que “Super street fighter IV” não é um conteúdo por download de “Street fighter IV” e, sim, um jogo novo que será lançado em disco. Por que o time de produção optou por este caminho?
Killian – O que estamos fazendo é diferente de adicionar um chapéu para Chun-Li ou algumas cores novas para a roupa do Ken. Além de trazer novos personagens, inclusive alguns que não foram revelados, estamos refazendo todo o modo de jogo on-line, os modos off-line, o sistema de menus e muito mais. É praticamente um jogo novo em folha e eu acredito que, com todo o conteúdo que estamos criando e que será lançado a um preço reduzido “Super street fighter IV” será um grande título. É a maior atualização na história de “Street fighter”.
G1 – Os jogadores também reclamaram que os lutadores Seth e Sagat são muito fortes em “Street fighter IV”. Como a Capcom trabalha no equilíbrio dos personagens na nova versão? Como esse novo equilíbrio afetará as batalhas no jogo?
Killian – A Capcom está trabalhando muito para equilibrar tanto os lutadores novatos como os que estão retornando nesta versão. Embora esse equilíbrio seja aprimorado e afetará o ranking das disputas on-line, “Street fighter IV” é considerado o game de luta mais equilibrado pelos jogadores de luta veteranos. Se você observar seus rankings verá que, embora personagens como Sagat estejam no topo, eles são “levemente” melhores do que os outros personagens em qualquer batalha. Isso significa que lutar contra eles não é tão injusto assim. Com isso, quero dizer que qualquer bom jogador irá vencer a maioria das batalhas on-line sem importar qual personagem for escolhido.
Na nova versão do game de luta, as batalhas serão mais equilibradas.
G1 –No modo de partidas on-line, será possível os jogadores que possuem “Street fighter IV” jogar contra aqueles que têm “Super street fighter IV”?
Killian – Infelizmente, não. Realmente refizemos o jogo quase do zero e, com isso, os dois acabaram se tornando títulos distintos. Além dos problemas técnicos de unir as duas versões, de uma perspectiva de jogo, jogar contra Guile de “Street fighter IV” e o mesmo Guile de “Super street fighter IV” será uma experiência muito diferente. Mesmo que fosse tecnicamente possível, isso não se encaixaria em nosso objetivo de equilibrar os lutadores e de mudar o game como estamos tentando fazer.
G1 - O “Capcom fight club”, evento que aconteceu no final de outubro em Nova York, teve grande repercussão entre os fãs de jogos de luta. É possível que este evento viaje o mundo e venha para o Brasil?
Killian – Realmente nosso “clube da luta” foi um sucesso. Sabemos da existência de campeonatos de jogos de luta no mundo e damos suporte para alguns. Definitivamente, planejamos fazer mais “clubes da luta” nos Estados Unidos. Mas um “clube” internacional é algo que eu adoraria ver. Eu conheço de perto a dedicação e a habilidade dos jogadores brasileiros de “Street fighter”. No próximo verão [nos Estados Unidos] eu irei participar do meu primeiro torneio internacional em São Paulo. Mas ainda não posso falar sobre isso.
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